Eu escrevo e te conto o que eu vi

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Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

terça-feira, março 07, 2006

A costela

Adão devia achar o mundo muito chato antes de Eva ser feita de sua costela.

Bendito pecado. Bendita maçã.

Mulheres, mulheres... Inevitável e delicioso clichê. Como conseguem despertar tanta atenção, tanto desejo, tanto amor? Como elas nos deixam tão mudados? A essencial e repetitiva pergunta: o que seria de nós, homens, sem elas? Ou sem o amor delas?

Existem quatro mulheres pelas quais eu morro de amores: minhas duas avós, minha mãe e minha sobrinha de quase dois anos. A pequenina é uma fofura. Estão sempre ali, uma mais longe, uma na casa ao lado, outra na cozinha me chamando de longe e a menorzinha, que só precisa atravessar a rua pra chegar em casa.

Tive a sorte de conhecer mulheres incríveis. Minhas amigas são incríveis. É a elas que recorro na dor e na felicidade, enquanto não tenho ninguém pra dividir um edredon numa noite de inverno com pipocas e vídeo-cassete. Por telefone mesmo, por computador, ou tomando um café num domingo à tarde qualquer, em uma esquina qualquer, falando sobre bobagens quaisquer.

Minhas amigas são espetaculares. De personalidade intocável - algumas até com coração que é mais uma rocha (porque elas precisam se defender) - uma determinação ímpar e uma beleza angustiante. Levam ao céu e ao inferno. Dizem a verdade, por mais dolorida que seja. Umas somem para nunca mais, outras reaparecem depois de um longo intervalo, e outras que estão sempre ali pra te ouvir ou só pra te dizer um alô.

Mulher tem suas manias, suas vaidades, suas neuras. Seus muxoxos quando acordam. Não há música melhor numa manhã preguiçosa. A espreguiçada remelenta, descabelada, desmaquiada e encantadora. As brigas com a balança, o espelho e o guarda-roupa. Quando a gente fala "tá linda, não te preocupa" é porque está charmosa mesmo. Afinal, a beleza não está nos olhos, nem nas curvas, nem na cor dos cabelos, mas no que sentimos.

Não há nada mais gracioso que o riso escandaloso e tímido de uma fêmea. Mulher tem que fazer cócegas, provocar, dizer que a gente é péssimo no futebol, que dirige mal, que nosso cabelo está feio. Nos incentivam a melhorar para elas e para nós mesmos.

Sábio Nelson Rodrigues: Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível.


* Uma pequena homenagem adiantada deste pobre, magro e mequetrefe escriba às mulheres pela burocracia de seu dia. Porque, afinal, elas fazem nossos dias mais temperados.

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