Eu escrevo e te conto o que eu vi

Um blog sobre tudo e sobre nada.

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Local: São Paulo, SP, Brazil

Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

sábado, abril 29, 2006

Inutilidade matinal

SANTA BÁRBARA (ai meu joelho) - Muita gente simplesmente não consegue fazer nada de manhã. Eu sou uma dessas pessoas. Não presto para absolutamente nada antes do meio-dia. Na verdade, eu sou uma ameba de manhã. Eu me levanto e não consigo falar nada, com ninguém. E quase sempre minha mãe me acorda fazendo um monte de perguntas: "tem que fazer o quê hoje?", "você lava meu carro hoje?", "você vai na academia?", "o que você quer de almoço?"... E por aí vai.

Porra, deixa eu acordar antes! Você nem consegue se levantar por causa do peso das perguntas, que te jogam de volta ao colchão. Aí eu saio do quarto com meu pijama, a empregada dá risada da minha cara de perdido, vou ver o jornal e depois vou tirar as ramelas. Eu odeio essas pessoas bem-humoradas de manhã, que vem querendo te animar a qualquer custo.

Tem uma comunidade no orkut, se não me engano, é a que mais tem gente: "Eu odeio acordar cedo", com 1,8 milhão de cadastrados. E tem uma frase muito interessante, de uma música do Chico Buarque, acho, que diz "porque faço samba e amor até mais tarde e tenho muito sono de manhã". Corretíssimo. Só que eu trabalho até mais tarde e tenho muito sono de manhã.

Durante toda semana, eu acordo por volta das nove, dez horas. É mais que suficiente pra dormir bem, visto que chego do jornal lá pelas 23 horas, quase sempre, umas vezes mais cedo, outras mais tarde. Só que sábado é o que mata: tenho curso de francês das oito às dez horas. Aí é foda.

Ontem à noite eu tava fazendo lição pra entregar. E me dei conta de que eu não tava entendendo picas do que tava fazendo. Porque de manhã eu não assimilo nada! Repito: de manhã eu não presto pra nada! Sou um inútil! E fui dormir mais cedo, pra acordar e ir pra aula.

Dormia eu o sono dos inocentes quando, por volta de 1h30, eu me viro de bruços. E eis que minha cama simplesmente desaba. Desabou! Caiu tudo! Puta merda! Bati o braço, o joelho, minha mãe achou que eu tinha chegado bêbado em casa e tinha caído. Peguei o colchão, puto da vida, e levei pra sala, mas às 6h30 já tinha um sol desgraçado rasgando a minha cara.

E fui pra aula.

Pergunta se eu assimilei alguma coisa.

quinta-feira, abril 27, 2006

Papo Aranha

AMERICANA (cada coisa...) - A notícia abalará o mundo animal. As aranhas-machos preferem acasalar com as fêmeas gordinhas, pequenas e virgens, porque, além de melhores de cama - ou teia? -, são menos perigosas. A bomba foi revelada pela Estação Experimental de Zonas Áridas do Conselho Superior de Pesquisas Científicas, na Espanha.

E o aranho (sic) chega à teia-balada e vê a gordinha dando mole.
Estufa o peito.

- Oi, vem sempre aqui?
- Ai... só às vezes, bonitão. Me paga um drink?
- Ah, quer provar do meu veneno, é?
- Vamos sair daqui...

Vazam da teia-balada e vão pra teia-apartamento dele. Após o rala-e-rola, alguns drinks e looooooongas preliminares, consumam o fato.

- Dói, mas é gostoso!
- Isso, baby...

E o aranho cumpre vitoriosamente seu objetivo da noite de sábado. Pegou um peixão, ou uma aranhona, como queiram. Sobreviveu e foi, todo contente, contar a "fita" pros amigos. E eles pagaram mó pau pro cara, mano!

No mundo aracnídeo, como se sabe, a coisa é canibal - e animal, obviamente. Muitas vezes a fêmea literalmente come seu macho depois de ser comida no sentido figurado. As pequenas-gordas-virgens, indicam os cientistas, oferecem menos perigos aos seus "aranhos" porque raramente os devoram depois do sexo.

Agora, vem cá. Quem dá grana pra uma pesquisa destas, hein?

terça-feira, abril 25, 2006

Que pena...

AMERICANA (até que enfim) - Eu tenho pena de quem não vence. Mas também tenho pena de quem não perde nunca. Eu tenho pena de quem só faz o necessário, de quem não vai além. Eu tenho pena de quem não acredita em si mesmo. Eu tenho pena de quem não curtiu o Bozo na infância. De quem não jogou bola descalço na rua, de quem não levou chinelada da mãe, de quem nunca brincou de esconde-esconde. Eu tenho dó desse povo.

Eu tenho dó de quem está preso, mas não na cadeia, e sim de quem está preso há tempos a um amor infrutífero e sofrível, a um emprego medíocre. Eu tenho pena de quem não viu o mundo lá fora. Tenho pena de quem não se arrisca, de quem não bebe, não xinga, não fala palavrão, de quem jamais carregou uma dose de maldade no coração, por menor que fosse. De quem nunca soltou os cachorros e externou sua revolta. Eu tenho pena de quem nunca disse “vá à puta que o pariu”. Tenho pena de quem não desabafa, de quem não chuta o balde, o pau da barraca.

Eu tenho pena de quem não trabalha, mas também tenho pena de quem trabalha e não é feliz no emprego que tem. De quem não faz o que gosta. Tenho pena de quem não tem medo, de quem só se arrepende do que não fez. Tenho dó de quem não chora e de quem só ri. Dó de quem não sofre, não chorou por um amor, de quem nunca tomou um porre. De quem nunca ficou de bode, de quem não se apaixonou. De quem nunca se acabou ouvindo uma música triste e pensou na distante amada. De quem não pensa em Deus antes de dormir, de quem não pensa na mulher dos sonhos antes de dormir. Tenho pena de quem não sonha, nem dormindo, nem acordado. Tenho uma dó imensa de quem não consegue cair no sono.

Pena de quem nunca transou no banheiro, na piscina, na rede pendurada, na cozinha, no carro. De quem nunca levou a namorada pra passear de bicicleta, com ela na garupa ou mesmo no cano da bike. Dó de quem opta sempre pela segurança, de quem vive uma vidinha medíocre que não quer nem sofrer e nem gozar, nem perder e nem ganhar, de quem nunca correu da polícia. Tenho dó de quem nunca viajou pra longe com uma mochila nas costas. Tenho pena de quem nunca se aventurou, de quem nunca enfrentou o medo, de quem nunca desceu uma cachoeira alta pendurado apenas por uma corda. Tenho pena de quem nunca soube o que é a sensação de velocidade, de vento na cara, de liberdade. De quem não vibra, não chora por uma vitória.

Tenho pena de quem nunca conheceu os avós, não experimentou da melhor comida do planeta, não brincou com o avô. Tenho dó de quem nunca raspou a cabeça. De quem só reclama do chefe, de quem não se mexe para melhorar. Tenho pena de quem não dança, mesmo sem saber dançar – porque aí que fica legal. Tenho dó de quem não conta piada, mesmo sem saber contar. Tenho dó de quem tem um coração preso e fica no quarto esperando, e não vai curtir a vida, mesmo com o peito sufocado. De quem não cai na farra de vez em quando, de quem não faz novas amizades, de quem nunca beijou uma desconhecida, quem nunca fez uma loucura que fosse na vida, de quem não faz amigos virtuais, de quem nunca foi ao cinema sozinho. De quem não foi ao cinema com uma amiga só pela companhia.

Tenho dó de quem não é um bom ombro para chorar. Tenho dó de quem não valoriza o verdadeiro amigo. Tenho dó de quem só pensa em dinheiro. Tenho pena de quem nunca disse um “foda-se”, de quem nunca topou uma aventura, por mais louca e irreal que fosse. Eu tenho dó de quem é politicamente correto. Eu tenho uma puta dó de quem nunca pulou numa piscina gelada no inverno, de quem nunca tomou chuva, de quem nunca se mijou de rir, de quem jamais foi a um show de rock, de quem nunca foi numa exposição de arte e ficou com aquela cara de “ah, entendi”, sem saber picas do que se tratavam os quadros.

Tenho pena de quem não lê, de quem não vibra por seu time, de quem não xinga o juiz, de quem nunca foi processado, de quem jamais acordou tardão de ressaca, de quem nunca faltou ao trabalho, nunca falsificou um atestado, nunca parou na sala de emergência do hospital, de quem não tomou anestesia geral. De quem não bagunça, de quem não brinca, de quem não volta à infância, de quem não ouviu “Super Fantástico” numa balada e ficou pulando. Eu tenho pena de quem é responsável demais, de quem não volta às origens. De quem não chupa manga e se lambuza todo. De quem não gosta de farinha láctea.

Eu tenho uma puta dó de quem não tem sobrinhos ou filhos, ou um primo pequeno, de quem nunca foi acordado pelo cachorro a lhe lamber as orelhas ou pela sobrinha te cutucando “acorda, titio”. De quem, vez ou outra, não acorda mal-humorado, de quem nunca quebrou de raiva algo que não funcionava direito, que nunca jogou nada contra a parede, de quem não andou a cavalo, não pisou na terra, não brincou em construção.

Eu tenho dó desse povo todo. Criança, eu? Nada, só vivo a vida. E tenho histórias pra contar. Você tem? Se não tem, eu tenho dó é de você.

domingo, abril 23, 2006

Fucking Holiday

MOGI MIRIM (direto do mundo da lua) - Faz tempo que não escrevo aqui. Ando de saco cheio. E com dor no púbis. Muita dor. Dói demais. Vai levantar da cama, dói. Vai sair do carro, dói. Vai andar um pouco mais rápido, dói. Uma bosta. Pelo menos era meu feriado de folga. Mas pra dizer a verdade, não descansei nada. E me arrependi de ter folgado. Só fizeram cagada na edição de domingo do jornal. Nem vou enumerar, pra não me estressar ainda mais.

Começou pelo fato de que era pra eu estar em Porto Alegre neste feriado, mas a corrida foi cancelada, como os parcos leitores assíduos deste citado blog viram alguns posts abaixo.

Não tô de bode, mas tô cansadão. Sábado teve um churrasco. Reencontro da turma que se formou na oitava série em 1996. Dez anos que não via minha turma da 8a C. Muitos deles são meus amigos até hoje, mas tinha muita gente que eu não via havia dez anos. E foi legal reencontrá-los. Apesar de não admirar muito o meu passado. Gosto mais do meu futuro. Tenho atração pelo incerto.

Enfim, tomei uns gorós. Na verdade, foi um porre épico.

Mas melhorei logo. E fui no cinema com duas amigas. Foi massa. Filminho-comedinha-romântica-bobinha. Mas legal. Eu gosto desse gênero. Domingo cedo, Fórmula 1, internet, macarrão e frango assado, brincar com a sobrinha, um pequeno cochilo.

À tarde, pegar as coisas e vazar pra Mogi Mirim. Tive que cobrir Santos 2x0 Atlético Paranaense, no Brasileirão. Jogo com portões fechados, sem torcida. Foi legal. E o Luxemburgo tava de bom humor. Cheguei e fui no Habib´s com duas amigas (as mesmas do cinema) falar bobagem, comer lanche e tomar milk shake.

Outra hora escrevo mais. Tudo que eu quero agora é me estatelar no sofá. Quero ficar largado.

quinta-feira, abril 20, 2006

Prazer, eu mesmo.

Quem tiver paciência, é só copiar e mandar para meu e-mail: cleber@berettajr.com.br. Ou só comentem mesmo, narrando o quão grande é a minha falta de criatividade pra responder uma bizarrice dessas...


Nome?
Cleber Bernuci.

Data de nascimento?
06/11/1981.

Local de nascimento?
Americana, SP. Hospital São Francisco.

Residência?
Santa Bárbara d'Oeste-SP.

Olhos?
Cor de mel. Verdes no sol. Mas ultimamente venho percebendo que estão ficando verdes sempre. Será que, quanto mais velhos, mais bonitos ficam meus olhos?

Cabelos?
Castanho-claro. Bem bagunção. Um topete safado feito com o secador e nada mais. Faz tempo que não vejo um pente. E, a julgar pelos meus avôs, minha sina é ser careca.

Altura?
1,91 metro.

Destro ou canhoto?
Mãos, destro. Pernas, ambidestro (chuto com as duas).

Ascendência?
Italianíssimo.

Signo e ascendente?
Escorpião. Ascendente? I don't give a shit.

Sapatos que usou hoje?
Mizuno cinza claro com detalhes em preto.

Fraqueza?
Comida, mulher bonita e corrida de automóvel.

Medos?
Morte de gente que eu ame, ou doença. Ou sofrer uma acusação grave da qual sou inocente, já vou avisando...

Objetivo que gostaria de alcançar?
Sucesso, amor recíproco e verdadeiro, e ser repórter da Autosport inglesa ou da Autosprint Italiana. Mas me contento em cobrir o Mundial de Fórmula 1, in loco, pra quem quer que seja. Desde que pague as viagens e a hospedagem.

Frase que mais usa no MSN Messenger?
Faaaaaaaaaaaaaaaala fulano! Firmeza?

Melhor parte do corpo?
Cérebro. Hehe. Quer o quê? Tenho 2,5 graus de astigmatismo, sou magro igual um caibro, vou ficar, tenho 60% da audição do ouvido direito... Não há muita coisa que me faça gostar dessa carcaça.

Pepsi ou Coca?
Sem gás, tanto faz.

McDonalds ou Bob's??
McDonalds.

Café ou capuccino?
"Chafé".

Palavrão?
Caralho, e puta merda.

Perfume?
Joop! e Hugo Boss.

Canta?
No carro, e pra irritar os outros.

Toma banho todo dia?
Se não cortarem a água, sim. Até mais de uma vez por dia.

Gostava da escola?
Eu era feliz e não sabia.

Quer se casar?
Sim. Mas não agora. Não achei a guria certa.

Acredita em si mesmo?
Até demais, às vezes.

Tem fixação com saúde?
Não muita, mas me cuido.

Se dá bem com seus pais?
Sim.

Gosta de tempestades?
Eu curto. Sempre comemoro quando acaba a energia.

No último mês...
Bebeu álcool: Sim.
Usou drogas: Não.
Fez saliência: Que é isso?
Foi ao shopping: Sim.
Comeu um pacote inteiro de Oreos: Não.
Comeu sushi: Sim.
Subiu ao palco: Não.
Levou um fora: Não.
Fez biscoitos caseiros: Não.
Pintou o cabelo: Não.
Roubou algo: Não.

Já tomou um porre?
Um não. Dois!

Já apanhou?
Já. Do meu pai, no meu aniversário de seis anos.

Já bateu?
Já, e e o filho da puta merecia mais.

Número de filhos?
Nenhum, a não ser minha cadela Cindy. Branquinha como o pai.

Como você quer morrer?
Como meu bisavô, dormindo. Não gritando desesperado, como os passageiros do ônibus que ele dirigia...

Onde você fez faculdade?
Universidade Metodista de Piracicaba. E um curso de um mês na UCEL, na Argentina.

Piercings?
Nada. Ainda não tenho opinião formada sobre o penduricalho.

Tatuagens?
Quando eu sair de casa, um pica-pau em alta velocidade.

Quantas vezes seu nome apareceu em jornal?
Todos os dias. Eu escrevo em um e assino as matérias.

Cicatrizes no corpo?
No corpo e no coração (ô dó!). Sobrancelha esquerda (um portão caiu na minha cabeça quando eu tinha oito anos) e uma na cabeça (uma paulada que levei aos 12).

Do que você se arrepende de ter feito?
Muitas coisas. Algumas vezes, de ter nascido.

Qual sua cor favorita?
Chumbo.

Me fale sobre um talento ou habilidade que você tem e que eu ainda não vi ou descobri.
Sei cozinhar, e cuidar de criança. E digito rápido como ninguém. Aqui no jornal me chamam de "o dedo mais rápido da ala oeste".

Qual sua disciplina favorita na escola?
Redação.

Diga um lugar no qual você nunca esteve, mas que gostaria de visitar algum dia (aqui ou no exterior).
Londres, Nova York, Sidney, Mônaco e Fernando de Noronha.

Você é uma pessoa matutina ou noturna?
De manhã eu não presto pra nada.

Os astronautas pousaram mesmo na Lua ou foi tudo armação?
Armação. Com certeza. Não venta na Lua.

O que você tem no bolso?
Celular e um lenço de pano.

Em 10 anos, você se vê... (termine como quiser)
No espelho! No mínimo, fora de Americana. Casado, bem casado, e com um belo trampo.

Falta energia e você não tem um gerador. Isso quer dizer nenhum eletrônico: computador, TV, vídeo, aparelho de som, etc. O que você faz para se manter aquecido, contente e entretido?
Se acompanhado da "patrôa", não preciso nem dizer... É só acender uma velinha.

O que você jamais comeria?
Cachorro. E merda.

Quanto tempo de TV você assiste por dia?
Umas duas horas, no máximo.

Se tivesse que escolher, você preferia estar com muito frio ou com muito calor?
Frio, sempre.

Um dia haverá um evento em sua vida tão grande que lhe arrancará da obscuridade e fará seu nome conhecido em todo mundo. Especule sobre o que vai lhe trazer seus 15 minutos de fama.
Ah, não sou dado a essas coisas. Mas um prêmio Esso, ou um Pulitzer, ou até mesmo um Nobel de Literatura despertariam o monstro que é o meu ego.

Qual seria a sua última refeição se você estivesse no corredor da morte?
Feijão preto, purê de batata, macarrão farfale com tomate seco e molho de rúcula.

Qual sua lembrança mais antiga?
Quando vi meu primo João Victor pela preimeira vez. Eu tinha 2 anos.

Se você tivesse direito a 3 desejos, qual seria o terceiro?
Uma Mercedes E180 chumbo-claro.

Qual seu vegetal favorito?
Agrião e rúcula.

O que você queria ser quando era criança?
Eu queria ser bonito. Porque eu era feio pra diabo. Profissão? Queria ser advogado. Ou goleiro.

Qual o seu time, e por quê?
São Paulo. Porque eu era criança e o tricolor ganhava tudo que disputava.

Qual sua canção favorita no momento?
Walk Away, do Franz Ferdinand.

Onde você morou?
Só em Santa Bárbara, na mesma rua. Se contar o mês que fiz curso na Argentina, então, Rosário.

Quando criança, quais eram o seu brinquedo, livro, programa de TV e personagem de desenho animado favorito?
Brinquedo: Comandos em Ação.
Livro: Nenhum.
Programa de TV: Bozo.
Personagem de desenho animado: Pica-pau.

Mostre-nos uma foto de como você era adorável quando criança.
Não. Tem uma no meu aniversário de 3 anos. Tá eu e meu irmão. Eu tô olhando meio desconfiado pra ele...

Se você pudesse roubar algo, certo de que não seria pego, o que seria?
Uma Mercedes C180 chumbo-clara.

Se você pudesse vandalizar algo sem medo de ser pego, o que seria?
Fuzilaria uma viatura da Guarda Municipal de Americana.

Se você pudesse entrar em um lugar onde não tivesse permissão e ninguém descobrisse, qual seria?No box da Mariana Ximenes. Enquanto ela toma banho.

Você testemunhou contra a Máfia e tem que deixar o país. Aonde você iria para começar sua nova vida, e que carreira iria tentar?
Alemanha. Tentaria a carreira de piloto de teste de alguma montadora.

Qual foi a última coisa que você comeu?
Bolo de fubá, da mamãe.

Primeira coisa que você nota no sexo oposto?
O decote. Depois a beleza. Depois a inteligência e o senso de humor.

Bebida favorita?
Iced Tea.

Bebida alcoólica favorita?
Jack Daniels.

Instrumentos que toca?
Violão, guitarra e bateria. Todos medianamente.

Internação em hospital?
Infecção intestinal (1996), operação de fimose (1999), e cirurgia de desvio de septo - septoplastia - em 2002.

Qual seu aparelho eletrônico favorito? E qual aparelho você gostaria de ter?
Meu notebook. Queria um I-Pod e um aparelhod e telefone daqueles antigos que fazem triiiiiiiim!

quinta-feira, abril 13, 2006

Luto

Pirata, minha cadela vira-lata de 12 anos, faleceu hoje, às 17h45, de falência múltipla dos órgãos. Tinha câncer de mama e havia ficado cega há 10 dias. Vá em paz, Piratinha.

Espuma Negra

AMERICANA (dear FUCKING diary) - Já vou avisando: estou malecidente hoje. Disse Zuenir Ventura em seu livro Inveja - Mal Secreto (não nessa mesma ordem): "A preguiça se derrama, a gula engorda, o orgulho brilha, a luxúria se oferece, a soberba engrandece, o ódio espuma; só a inveja se esconde".

Não é, no entanto, sobre a inveja que quero discorrer aqui. É sobre o ódio. Que sinto agora. Um ódio preto, maldito, espumante, sangrento, possuído, fedido, ácido, horrendo, marrom, com gosto de suco gástrico, de fel, destruidor. E o que mais vocês possam achar de ruim. Estou babando sangue e meus punhos querem achar algo para dar um soco bem dado. Quero que todos morram.

Por que, menino?, perguntam vocês, incrédulos de eu ter perdido minha peculiar calma e paciência. Por quê? Porque os filhos da puta da Renault pediram o cancelamento da etapa do Speed Show em Tarumã, Porto Alegre. Eu ia pra lá no próximo feriado cobrir a Fórmula 3. E a merda foi "adiada". Caralho!

Vou soltar cobras e lagartos neste post, mesmo. Puta-que-o-pariu! Ia ser num feriado, eu não ia trabalhar no jornal, ia viajar, rever os amigos, me divertir. M-E-R-D-A-!!!

E sabe por que cancelaram? Porque inventaram uma nova categoria mandraque, a Super Clio, que ainda não tem piloto suficiente para encher o grid. Por isso cancelaram todas as outras categorias, os desgraçados. Todos à merda, pois! Estou espumando. Meus olhos estão meio fechados, estou cego de ódio, estou com a boca bem fechada e de bico, com cara de predador se preparando para pegar a presa. Meus punhos estão cerrados.

Nem chegue perto de mim hoje. Estou puto. Emputecido.

Dá vontade de falar praqueles bichas da PPD: "Ei, Renault, vai tomar no...!".

Pelo menos vou ter o final de semana pra tirar esse ódio do meu coraçãozinho.

quarta-feira, abril 12, 2006

Pense nisso

Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até onde os outros foram.

Graham Bell.

Dear Diary...

SANTA BÁRBARA (PPdP - Puta Preguiça da Pêga!) - Olha, faz tempo que não faço isso, mas quero escrever. É o momento "meu querido diário". Mas veja bem, eu não tenho o que escrever. É aquele velho papo: quero bater os dedos no teclado, mas tudo está muito tedioso. Já escrevi isso em outro blog, outro dia. "Eu quero escrever. E o teclado, coitado, quer ser maltratado. É uma sinergia, um conjunto de vontades. Eu quero bater, e ele quer apanhar. Os dois querem, ninguém briga. Mas não basta só bater os dedos aqui, tem que sair alguma coisa além desse blá-blá-blá que já dura algumas linhas".

Não esperem nada de criativo aqui. Não quero falar de Fórmula 1, não quero falar do trabalho, muito menos de futebol. Acho que estou meio entediado (e com vontade ZERO de trabalhar). É porque a correria deu uma cessada. Como não tenho mais curso em São Paulo e nem jogo pra cobrir de domingo, nem muita coisa pra ajudar meu piloto e minha equipe, eu tô meio sossegado, acordando tarde, alugando DVD e me matando na academia (antes que perguntem, tá dando resultado, finalmente).

Então, minha rotina está entre o jornal e minha casa. Bom pra colocar a fofoca em dia - e pessoalmente, não no MSN - com os amigos mais chegados. Estou buscando isso. Se der, vou dar até um pulinho lá na faculdade onde estudei pra rever os professores mais queridos. Sinto saudade daquele ambiente.

Ah, hoje comprei nove pares de meias. Acordei e quando abri a gaveta, entrei em desespero. Tudo velha, tudo arrebentada e furada. Nojo! Aí fui comprar. Aproveitei pra trocar as cordas da minha raquete, e também o grip dela. E ganhei um ovo de páscoa no jornal.

Um chocolate pra compensar o tédio não é de todo ruim.

terça-feira, abril 11, 2006

Eu Hooligan

AMERICANA (Porto Alegre, me aguarde!) - Domingão teve final do Campeonato Gaúcho. Grêmio x Internacional, o popular Grenal. Uma rivalidade pior que Palmeiras x Corinthians, pior que Flamengo x Vasco, pior que Brasil x Argentina. Pior que Deus x diabo.

Como a primeira partida ficou em 0 a 0 no Olímpico, um empate sem gols no Beira Rio (casa da Inter) levaria a decisão aos pênaltis. Empate com gols, o título era do Grêmio (que marcaria gol na casa do adversário). Sou tricolor de coração, são-paulino não muito praticante. Mas de uma essência tricolor. E tri-campeã mundial, diga-se.

Então, em qualquer outro canto do planeta, eu serei tricolor. No Rio, sou Fluminense, em Salvador, Bahia, em Curitiba, Paraná Clube, e por aí segue. No Rio Grande do Sul, sou Grêmio. Entretanto, não nego que torci como louco para a Inter naquele jogo contra o Corinthians, ano passado no Brasileirão. Quando o Márcio Rezende meteu o foice nos gaúchos ao não dar aquele pênalti em cima do Tinga. Enfim, foi-se.

Mas no Sul eu sou Grêmio.

E vi divagações e comemorações de gaúchos sobre o título gremista. Uma coisa absurda no bom sentido, como o futebol gaúcho e em geral deve ser.

"Quero que o jogo termine em 1 a 1 e que o gol de empate do Grêmio venha aos 52 minutos do segundo tempo feito com a mão enquanto o centroavante tricolor pisa na cabeça do goleiro, só para os colorados ficarem 7 anos reclamando desse jogo". Esse era o pensamento mais sarcástico do torcedor tricolor.

É importante uma pequena digressão didática a respeito do ludopédio nos pampas. O futebol gaúcho apenas pode ser conceituado como "futebol" num sentido muito generoso e abrangente da palavra, pois ele é, na verdade, uma espécie de rugby que evita conduzir a bola com as mãos.

No Rio Grande, falta é regra e um Ronaldinho Gaúcho uma total aberração. Praticamente só vale gol de cabeça, por atropelamento ou fratura exposta e ganha o time que terminar a partida com mais de sete sobreviventes em campo. Boleiro gaúcho mesmo, de verdade, não calça chuteiras. Usa ferradura.

O Inter, invicto há dois meses, líder de sua chave na Libertadores, buscando o pentacampeonato, enfrentava em seu estádio lotado o Grêmio, um time limitado, recém-eliminado da logo na segunda fase da Copa do Brasil pelo inexpressivo 15 de Novembro. Porém, todo clássico é um momento de singularidade.

E assim foi, o Inter mesmo não jogando muito bem, dava caneta, dava chapéu; o Grêmio só na base do carrinho. Cumprindo cegamente seu papel no augúrio, o Internacional fez o seu gol em uma bela troca de passes na área, comemorou uma barbaridade, tudo dentro dos conformes, tudo como mandara o script do então favorito.

E para a profecia se realizar completamente só faltava aquele meio-gol gremista, e ele veio, de cabeça, em uma cobrança de falta, uma meia-cabeça, um gol de nuca, praticamente com a cervical, um gol tosco, como manda a etiqueta de uma final gaúcha. A maldição e o prenúncio do torcedor gremista se cumpriram finalmente e neste dia o pôr-do-sol na Redenção foi azul.

Pois está escrito que campeonato gaúcho nunca será vencido pelo melhor, mas pelo time mais gaúcho.

*Texto em homenagem à minha amiga Vivi, a são-paulina-gremista-gaúcha-paulistana-de-olhos-azuis

segunda-feira, abril 10, 2006

Releitura de mim mesmo.

SANTA BÁRBARA (é bem isso mesmo) - Versos de Vander Lee (é o filho da Rita?) que achei num site qualquer, numa fuçada qualquer. Vem a calhar. Apesar dessa minha lida insana, essa correria desandada (adoro essa expressão), me observo muito. A cada começo, ou a cada fim, até mesmo a cada meio, paro, penso, faço uma releitura de mim mesmo e vejo o que está certo, o que está errado, o que tenho que mudar, o que tenho que manter, para o quê tenho que dizer foda-se. Versos simples e gostosos. Como a vida deve ser.

Meu jardim

(Vander Lee)
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minha fonte, meus favores
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Estou cuidando de mim

Jornalismo Barato

SÃO PAULO (Botafogo, Botafogo, campeão, desde 1910) - Está na capa da última edição da Conta Mais - aliás, que ótimo nome de revista - que vi jogada em um canto da Redação: "Deborah Secco não suporta Maria Rita".

Noooooooooooooooossaaaaaa!!!

A terra treme.

As pombas fogem para o Sul.

Os tubarões migram para o Nordeste (Pernambuco, especificamente).

O preço do barril de petróleo dispara.

O dólar sobe.

O mercado prevê período de instabilidade.

Veja bem, Deborah Secco não suporta Maria Rita. Corro para entender a dramática situação. Páginas 14 e 15, tudo resumido em um texto minúsculo de duas colunas, ao lado de cinco fotos. A atriz da Globo estaria, como se diz, puta (gosto mais de emputecida) com a amizade do namorado, Falcão, vocalista d'O Rappa, com a filha da Elis Regina. Aliás, Maria Rita (e não irrita. Desculpem, não me segurei e tive que fazer o trocadilho infame) faz um som muito bom.

Não há sequer uma declaração apurada pela revista, a não ser uma frase do ano passado de Deborah Secco. Negando. A capa da revista é baseada em um fato sem nenhuma base concreta. Há somente a citação de uma nota publicada pela jornalista Fabíola Reipert no jornal Agora.

Sensacionalismo vazio. E ainda anunciam com estardalhaço, na capa: "preço promocional: R$ 2,90".

Fosse de graça! Ainda seria caro.

sexta-feira, abril 07, 2006

Jornalista. Graças a Deus

AMERICANA (direto da redação. Os mesopotâmios inventaram a escrita) - Hoje é Dia do Jornalista. Dê-me os parabéns, pois! Legal que para minha profissão há dois dias dedicados: hoje, 7 de abril, e o 16 de fevereiro, que é dia do repórter (e aniversário da minha ex-sogra. Não sei por quê, mas sempre lembro do niver dela. Gente boa, afinal). É que não sou mais criança, mas também não sou pai. Então, juntando com o meu aniversário, eu tenho três dias só meus. E ninguém tasca.

Gosto muito do que faço e não há nada que gostaria mais de fazer do que jornalismo. Aliás, tem sim, uma coisa só: eu queria ser piloto. De fato sou, por graduação, porque fiz um curso pra isso. Mas gostaria de exercer. É uma paixão que, aliada à impossibilidade de ser por mim exercida, me levou ao jornalismo. E graças a Deus, além de ser repórter, trabalho perto de pilotos, carros, bandeiras quadriculadas e em autódromos uma vez por mês. É onde eu me divirto e ganho uns trocados.

Dia do jornalista. E pergunto-me: o que fiz nesses últimos quatro anos que me levem a acreditar que um dia inteiro deva ser dedicado ao que faço? O que construí, o que produzi, o que vou deixar? Vivo da palavra. Que, na prática, é o bem mais importante e rico da espécie humana. Só não sou um chimpanzé porque sei falar e escrever.

Poderia ter nascido uma minhoca, um cachorro, um macaco, um urso, um morcego, ou um suricato. Mas não, nasci homo sapiens, aquele que sabe, que fala, escreve, traduz o mundo em linguagem. Vivo da palavra, que é uma coisa até nobre, visto pelo que passamos nessa profissão. Porém, creio que eu poderia contribuir bem mais: podia ser um engenheiro (se soubesse fazer contas), um médico (se não tivesse pavor de agulhas); poderia construir coisas, inovar, trazer alguma coisa últil à humanidade do que algumas magras linhas.

Vivo da palavra, mas na prática nada sou, porque palavra vale pouco, é banal, é vaga. É nosso maior bem, mas não se compara a um helicóptero, um Stilo Schumacher, uma BMW ou a uma TV de plasma.

Eis no que se transformou nossa espécie: aquela que despreza seu maior dom, sua dádiva, que hoje só serve para traduzir o que se tem, e o que se tem é o que conta. Como não tenho TV de plasma, muito menos uma BMW (acho que nunca terei, afinal, jornalismo é voto de pobreza), nada sou. Fui escolher viver da palavra. É uma escolha nobre. Mas faz de mim um nada. E nela seguirei.

Afinal, no princípio, era o Verbo.

quinta-feira, abril 06, 2006

Rio de Janeiro pra inglês ver...

NOVA ODESSA (cada uma que me aparece) - A governadora Rosinha, pensando nos gringos que vêm ao Rio de Janeiro para os Jogos Pan-Americanos de 2007, já mandou escrever as placas de sinalização dos bairros da cidade em duas línguas. Versão feita com o maior carinho pela própria governadora, com o auxílio de seu Garotinho, que com sua turpe evangélica, deve mais uma vez concorrer à presidência:

German Mountain - Morro do Alemão
Big Field - Campo Grande
Nice to meet you - Encantado (só esta já valeria a pena)
Will go now - Irajá (essa é muito boa)
To walk there - Andaraí
Dry Square - Praça Seca
Set fire - Botafogo (óóóótima!)
Customers - Freguesia
Set black people free - Abolição (sem comentários...)
Very very holy - Santíssimo
Wait a minute - Paciência
Setting free - Livramento
Good Success - Bonsucesso
Very deep island - Ilha do Fundão
Grandson Rabbit - Coelho Neto
Hard Cover - Cascadura
Priest Michael - Padre Miguel
Mercy - Piedade
It's very cheap! - Pechincha
Nice stay - Benfica
Bless you - Saúde
Flag Square - Praça da Bandeira
Little Farm - Rocinha
Holy Cross - Santa Cruz
Hello, smile - Olaria (1º lugar)
Mango Tree - Mangueira
Inside Mill - Engenho de Dentro
Alligator to the water - Jacarepaguá (excelente!!!)

Não basta fazer a cagada que estão fazendo no autódromo de, hum, Alligator to the Water... Eles agora querem sentar em cima da merda e espalhar com a bunda. Cada uma que me aparece.

quarta-feira, abril 05, 2006

Jukebox - I

AMERICANA (um cansaço amargo) - Tem músicas que se prendem à nossa mente em determinados dias. Na maioria das vezes é uma bem chata, bem fútil, um funk, um pagode, um sertanejo bem meloso. Aquela merda que irrita. Só que também tem músicas que você ouve e te sensibilizam, dizem muito sobre uma situação ou algo que você viveu naquele mesmo dia. Hoje foi um desses dias. No radinho da minha cabeça toca...

SKAP
(Zeca Baleiro)

"Pois toda essa beleza que te veste, vem do meu coração que é teu espelho...O meu bem é bem melhor que tudo posto."

Quando você pinta tinta nessa tela cinza
quando você passa doce nessa fruta passa
quando você entra mãe-benta amor aos pedaços
quando você chega nega fulô boneca de piche
flor de azeviche

você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho

quando você fala bala no meu velho oeste
quando você dança lança flecha estilingue
quando você olha molha meu olho que não crê
quando você pousa mariposa morna lisa
o sangue encharca a camisa

quando você diz o que ninguém diz
quando você quer o que ninguém quis
quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz
quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis
quando você faz a minha carne triste quase feliz

você me faz parecer menos só
menos sozinho
você me faz parecer menos pó
menos pozinho

E não é verdade mesmo?

SANTA BÁRBARA (não sei, só sei que foi assim) - "O desacordo entre o sonho e a realidade nada tem de nocivo se, cada vez que sonha, o ser humano acredita seriamente em seu sonho, se observa atentamente a vida, compara suas observações com seus castelos de ar e, de uma forma geral, trabalha conscientemente para a realização de seu sonho. Quando existe contato entre o sonho e a vida, então tudo vai bem".

Vladimir Lênin