Na cozinha com o Creco (2)
SÃO PAULO (dançando a Tarantella e salvando o molho de tomate) - Trouxe de Americana uma tupeware (tapoer, para os mais íntimos) cheia do macarrão que minha mãe havia feito no domingão. Popuaria o trabalho de cozinhar outra panelada - até porque o gás em casa está acabando, e como estou de mudança, não trocarei o pequeno botijão.
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Pois bem. Fui fazer ao menos o molho, pra dar aquela melecada. E gosto do processo de fazer o molho. Bati dois tomates no liquidificador com um pouco de água. Fritei uma pastinha que fiz de cebola e alho no azeite para depois colocar o molho em cima. Tutto posto.
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No que abro a geladeira para pegar a lata de extrato de tomate, crente que o elefantinho verde estaria lá. Ácido engano. Ricardo, o roomate que já vazou para Gotham City, o havia usado com manteiga para providenciar um molho - ato heróico que não me arrisquei a experimentar o resultado. E não me perguntem como ele fez.
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A latinha não estava na geladeira. E não havia outra na dispensa. "Fodeu", pensei com meus indignados botões. O molho ia ficar ralo e raro, porque só bati dois tomates. Resolvi bater mais dois. Só que pus muita água. Ficou aquele sopão. Argh!
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Ódio. E a idéia.
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Num copo com água, misturei farinha Dona Benta e chacoalhei bem forte com um garfo, para misturar mesmo. Feito o creme, plaft!, joguei na panela. Deu certo. O caldo havia engrossado substancialmente.
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Mas ficou aquela coisa rosa, horrenda. E sem gosto algum (ao menos não tinha gosto de farinha). "Merda", pensei novamente, "dessa vez não vai dar pra salvar essa porcaria".
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Mas brasileiro que sou, não desisti. Assisti ao filme Retroceder Nunca, Render-se Jamais e peguei o tubo de catchup, que estava em seu quarto final, coloquei um pouco de água, misturei e joguei na panela. Mas o aspecto continuava esbranquiçado. Apelei para um pouco de molho de pimenta. E, enquanto eu bebericava de uma taça de vinho tinto seco - argentino -, eureka! Joguei um pouco de vinho no molho. E sua cor se restabeleceu.
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Faltava adicionar gosto à coisa. Um pouco de sal, um pouco de pimenta-do-reino, um pouco de tempero pronto da Arisco. E nada. Um pouco mais de molho de pimenta. E... Orégano! Sim! E manjeiricão!
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Pronto. Molho salvo. Macarrão delicioso.
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Creco, o McGiver da cozinha.
4 Comentários:
Jamais me convide para jantar. Retiro o que tinha dito antes...ahahaha, seu fracassado que só sabe fazer carne com molho de cerveja lecker!
Adeus
Meu Deus... esses blogueiros na cozinha...
Querido, vc estará em Gotham City este fim de semana??? Tem virada cultural em Campinas. Pegue a sua doce e vamos ao show do Tom Zé e do Cordel!!!
Beijos.
Já disse na versão 1:
"Ana Maria Braga que se cuide"...rs
bjo
* boa mudança amanhã!
vixi
q perigo!
imagina a dor de barriga depois do molho (quase) vermelho.
;)
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