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Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

quinta-feira, julho 02, 2009

Francês de 'merde'

SÃO PAULO (ça va?) - Nos meus últimos tempos de "O Liberal", estudei francês. Fiz um ano de curso. Mas a bagaça era as 8 da madrugada de um sábado, em que ou eu me recuperava de uma ressaca ou tinha dormido tarde por causa do 'pescoção' no jornal. Fatos que levam a concluir que o meu francês é tão bom quando o meu coreano.
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Mas até que sai alguma coisa. Aí hoje eu tenho que manter contato com um assessor de imprensa na Europa. Vejo o telefone, e é na França. Sei que uma secretária atende, então decidi dar uma chance ao idioma de Proust e Prost.
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Uma simpática mocinha atende:
- Alo?
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E eu, me achando fluente no biquinho, mando:
- Bonjour, je porrais parler à Yan, s'il vous plaît?
(Bom dia, eu poderia falar com o Yan, por favor?)
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Fiz isso na fé que a guria fosse simplesmente passar o maldito telefone para o Yan. Mas não. Ela desandou a falar um monte de coisas em francês, tentando me explicar algo. Pra eu não mudar pro inglês e ficar feio, eu só concordava: "oui, oui" (sim, sim). No que ela terminou de explicar, mandei um "mercy" (obrigado), e desliguei.
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Mais tarde liguei de novo e perguntei em inglês mesmo. Yan me atendeu, e pediu desculpas da primeira vez porque ele estava em outra linha.
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Não precisava se explicar. Eu tinha entendido tudo o que a secretária havia dito antes.

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