Sertões - 7o dia
BALSAS-MA (bye, Jalapão) - Se chegar no Jalapão foi difícil, sair foi ainda mais complicado, porém recompensador. A noite na barraca foi tranquila. Às seis da manhã, todos já de pé para seguir viagem. Fomos novamente em comboio. Mas o detalhe desta vez é que não seria uma simples estrada de terra: seriam trilhas que nos anos anteriores serviram de especiais (trechos cronometrados) para os competidores no Rally dos Sertões.
.
Nas três primeiras horas de viagem percorremos apenas 90 quilômetros sem fazer uma só parada. Havia trechos em descida em que todos tinham de descer das L200 para que o motorista passasse pelos obstáculos com tração 4x4 reduzida. O visual, no entanto, era fantástico. A poeira também era enorme, o que no rali chamamos de "talco": o vento não dispersa e fica aquela nuvem de areia no ar, dificultando muito a visão de quem vem atrás.
.
Levamos seis horas e meia para chegar ao asfalto, já na divisa com o Maranhão. O guia oficial do rali nos orientava a voltar para Palmas na saída de São Félix, para então seguirmos até Balsas (passando pela balsa, inclusive, que ligava a cidade de Filadélfia a Carolina). Ignoramos e fomos bem no espírito 4x4. Levou mais tempo, mas menos do que seria indo por Palmas. Fora que a quilometragem percorrida foi BEM menor.
.
Mais duas horas de meia de asfalto, chegamos a Balsas. Outro lugar bem quente, mas com um hotel honestíssimo e o melhor peixe que já comi na vida. Foi lá no Peixe & Cia, onde pedimos Filé de Surubim com molho scabeche (acho que é assim que se escreve), outro com molho de camarão, e outro à milanesa. Um melhor que o outro.
.
Mas fomos dormir cedo - cinco homens no quarto. Imagina só os roncos dos mais gordos. Porque no dia seguinte a viagem a Teresina seria bem longa.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial