SANTA BÁRBARA (deixa ser como será, eu vou sem me preocupar) - Adoro os começos, as pequenas revelações de cada dia. Adoro os desabafos, os medos, a carência consciente de que será saciada de imediato. Adoro a dependência do teu abraço, de buscar a minha mão a toda hora, de não pegar de um jeito automático, mas sempre com um carinho diferente, um distinto entrelaçar de dedos, como que tentando se adaptar à minha mão cheia de calos e a pele seca do inverno.
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Adoro quando buscas o meu abraço, o meu colo. O teu suspiro tranqüilo de olhos fechados, como quem já encontrou o seu lugar naquele perímetro quente e cheio de curiosidade. Dos beijos sem rotina e com sabor, o selo do pacto pela busca da felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
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Adoro a tua preocupação enquanto dirijo. Quando não se faz de rogada, pega o travesseiro, o edredon, deita o banco e se cobre na noite fria que guio no meio da neblina, calma, tranqüila, segura. Faz-me sentir forte e capaz de te dar proteção. Adoro isso.
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A gargalhada quando pensamos juntos, falamos juntos, ou descobrimos uma meia furada. Vontade de fazer compra junto, ouvir nossa música secreta, andar de bicicleta num sábado à tarde, da pizza com vinho branco no sábado à noite com os amigos, de servir um ao outro como companhia, proteção, respaldo e melhor amigo.