Eu escrevo e te conto o que eu vi

Um blog sobre tudo e sobre nada.

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Local: São Paulo, SP, Brazil

Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Corra, Lola. Corra!

SÃO PAULO (ruuuuuuuun!) - Miguel Costa Junior é o fotógrafo oficial do GT3 Brasil, categoria que, ao lado de Rodolpho Siqueira e Caio Moraes, assessoro e divulgo. Miguelito, para os íntimos, é fotógrafo dos bons. Já fotografou tudo o que se movimenta sobre rodas, inclusive várias temporadas de Fórmula 1.
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Pois eu dizia sobre Miguel, que fez regime, emagreceu e, em toda corrida que a gente vai, ele aproveita o final do dia para fazer cooper no traçado do autódromo visitado. Ao pisar na sala de imprensa a nós reservada, um espaço no mínimo gigantesco - era a sala de imprensa da Fórmula 1 em Interlagos - falei a Miguel:
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- Porra Miguel, olha o tamanho dessa sala! Hoje você pode fazer seu cooper aqui mesmo.
- Não não. Hoje eu tava na corrida de kart cedo e corri lá. Já tô com o cooper feito.
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O que cada um faz com seu cooper é problema de cada um.

Ô... caminheiro...

SÃO PAULO (direto de Interlagos) - Gosto mais das corridas longe de casa. Interlagos não tem mais graça. Primeiro porque eu tomo meu café em casa, e não mais em hotéis. Segundo porque eu durmo na minha casa e tenho que fazer meu próprio jantar, enquanto no hotel eu teria certeza de que saborearia no mínimo um belo filé mignon ao molho madeira. E nem molho madeira eu sei fazer. Terceiro, porque meu banheiro não tem ducha superpotente. E em quarto e último lugar porque eu pego o meu carro - e não um alugado - e dirijo por cerca de 15 minutos até o autódromo. Coisa de seis quilômetros.
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O autódromo é gigantesco. A sala de imprensa fica no segundo andar. Em todas as outras pistas que eu ia, ou era no térreo ou, no máximo, no primeiro andar. Aqui não, tem que ser no segundo. E as escadas parecem não ter fim. Tem que ir no box tal pra falar com alguém? É uma longa caminhada. Nas outras pistas, era logo ali.
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Mas pelo menos aqui o meu guarda-roupa não é uma mala. E não preciso pegar avião.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Se contar, eu nego

SÃO PAULO (semana [de] corrida) - Faz tempo que esta seção está desatualizada. Não que tenha causado a alta do dólar, mas como estou sem nada para escrever (na verdade eu tenho o que escrever, mas é do trabalho, não cabe neste blog. Até cabe, mas em uma outra hora), vou reavivar o "se contar, eu nego".
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É um vídeo da banda Scissor Sisters. Pouco 'macho' e muito retrô, admito, mas achei esse som legal pra caramba. Mas se contar, eu nego.
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quinta-feira, novembro 22, 2007

Apagão do pão

SÃO PAULO (espere, minha mãe, estou voltando...) - São 10h40 no exato momento em que inicio estas linhas de desabafo. Não tem pão na padoca daqui debaixo. Eram nove horas, me levantei e liguei lá. "Acabou, mas vamos pedir mais". Tá bom. Em meia hora chegam meus quatro francesinhos branquinhos e quentinhos.
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9h30:
- Chegou?
- Ainda não. Acabamos de pedir.
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Merda. Já tomei um Nescauzinho. E uma caneca de Activia.
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Duas coisas com as quais ninguém deve se atrever a mexer comigo. A primeira é meu sovaco, porque morro de cócegas. A outra, e principal, é o meu estômago. Mexendo com ele, você corre risco de vida. Fico mais perigoso que o Capitão Nascimento. (Aliás, ele deveria estar na padaria gritando para os pães no forno: "pede pra sair! pede pra sair!").
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10 horas. Cleber, o que não sou eu, acorda, cruza a sala com seu samba-canção de bolinhas e liga lá. Ainda nada. DEZ E QUARENTA. Nada, ainda. Justo hoje, que tenho manteiga Aviação, Filadélphia Cream Chease e um saboroso patê de peito de peru.
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Tô começando a perder a esportiva.

terça-feira, novembro 20, 2007

200

SÃO PAULO (vou correr no Ibirapuera) - Faltam 200 dias para a afirmação. Para acordar num sábado frio de junho e ensolarado, espreguiçar e dizer "é hoje!". E para depois encarar o dia-a-dia de uma forma inteiramente diferente. Fazer a barba, experimentar a roupa, comer bem, tomar um banho quente e demorado, beber uma dose de uísque pra evitar a tremedeira e esperar um anjo de cabelos loiros e sorriso esplendoroso descer as escadas num lindo vestido branco.
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Eu não vou nem pestanejar. Vou dizer 'sim' três vezes. Duzentas vezes.

sexta-feira, novembro 16, 2007

Vontade de fazer nada

AMERICANA (quase lá, quase lá) - Melhorando. A garganta agora só dói de vez em quando, o que me leva a refletir sobre o tamanho da infecção - que dura uma semana e dois dias - e se o tempo que passei sem ficar doente ou o estresse acumulado me levaram a este quadro (tem coisa velha nessa bola de pus, tem coisa muito velha). Mas cá estou, em Americana. A noiva trabalha. Aproveito para trabalhar um pouco, ver os amigos, as sobrinhas, jogar tênis e tomar meus últimos antibióticos.
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Ah, e colocar crédito no celular.

terça-feira, novembro 13, 2007

Próóóóóóópolis!

SÃO PAULO (dói) - Desde quarta-feira passada. Uma dorzinha incomodava o lado esquerdo da garganta. Uma afta, pensava eu, já que infecção mesmo eu não tinha havia uns cinco anos. Beleza. Só uma afta. Quatro dias e sara.
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Sara, sim. Espera pra ver...
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Sexta-feira. Viviane, a noiva farmacêutica, tira o termômetro do jaleco e resolve checar a quantas ferve o noivo. "37. Não é febre, mas é estado febril". E a dor piorando. Sábado pela manhã resolvemos ir no médico.
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A 'dotôra' botou o palitinho na minha garganta - quase vomitei nela - e sentenciou: "Não é afta não. Você tá é com uma bela bolota de pus aí, meu filho", e deu um tratamento bem água com açúcar pro meu gosto. Remedinhos por sete dias. Vá pra puta que pariu! Essa merda tá doendo desde quarta-feira!
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Tudo bem que o efeito não é imediato, mas pelo menos não é pra dor aumentar. Pois é. Aumentou. E muito. Acordei num belo mau humor dominical chuvoso. E voltamos pro hospital. Outro médico. Parecia o Kid Vinil. Ele olhou e já fui pedindo:
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- É o seguinte: desde quarta a garganta dói. Eu pensava que fosse afta, mas vim aqui ontem e a outra médica viu que não era. Mas passou um tratamento muito fraquinho pro meu gosto. E a dor tá piorando. Então, 'dotô', não tem como o senhor me dar um tratamento de choque não? Umas injeções, um negocinho mais punk? Porque amanhã eu tenho que trabalhar!
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Ele alisou o bigode e pude ler o que se passava na cabeça do Dr. Kid Vinil: "Tá com dorzinha, é? Quer tratamentinho de choque? O senhor é um fanfarrão, senhor 901 [era a minha senha]! Então o senhor vai ter seu tratamento de choque". Dava até pra ver um certo sorriso sacana brotando no canto esquerdo de sua boca, logo abaixo do bigode grisalho.
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- Fim do corredor à direita. Uma na veia e outra no músculo.
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Ui. Doeu, mas parece que tirou a da garganta com a mão. No dia seguinte, mais uma injeção, desta vez aplicada por Viviane, a não-tão-Doce-quando-com-uma-seringa-na-mão. E aqui continuo, à base de própolis, cataflan e amoxicilina.
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Inferno.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Vai ter mau gosto assim lá na...

SÃO PAULO (canseira!) - Chamadinha "bombástica" de capa do Terra: "Menina-polvo se recupera de cirurgia". É o caso de uma criança de dois anos que nasceu com quatro braços e quatro pernas, devido a uma má-formação no útero e a não sobrevivência, ainda no ventre da mãe, de uma gêmea siamesa.
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Ela foi submetida a uma cirurgia de mais de 40 horas na Índia. Mas daí chamarem a coitada da guria de "menina-polvo" é um pouco demais pra minha cabeça.
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E tenho dito.

segunda-feira, novembro 05, 2007

Amanhã. Mas quando fizer 27...

SÃO PAULO (It's been a hard day's night) - Vou acordar mais velho. Mais maduro, mais gordo, mais experiente, mais esperto, mais engraçado, mais calmo, mais afim, mas enfim. O que vou fazer? Nada. O que se faz quando se aniversaria no meio da semana - ou no início, o que é pior ainda? Vou acordar, trabalhar, fazer meu almoço e escrever o dia inteiro.
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Vinte e seis. Ventisei. Twenty-six. Lembro de quando fiz 16. Não via a hora de fazer 18, tirar carta, ter meu carro, ir pra onde quiser, essas coisas. Hoje tenho tudo isso, valorizo e prezo por isso. Amanhã vai ser a última vez que aniversariei, espero, que acordarei sozinho na cama.
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Vinte e seis é só um número. Contudo, é o encerramento de uma fase. É engraçado: primeiro você se diverte com fotos das formaturas dos amigos no ginásio; depois, no colegial; depois, na faculdade. E de repente você se depara dançando bêbado no casamento dos seus amigos.
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Acho que quando eu fizer 27 vai ser mais gostoso. Vou comemorar deitado.

domingo, novembro 04, 2007

Perca-se em Goiânia

GOIÂNIA (não deu pra segurar a barra) - Goiânia é fácil. De se perder. Deve ter sido minunciosamente planejada para isso. Cheia de rotatórias. Não sei contar quantas vezes entrei na contramão. E só percebi quando vi que o semáforo estava virado para o outro lado. Fomos a um restaurante na sexta-feira. Saímos rodando a esmo e no primeiro lugar simpático que vimos nós paramos.
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Comida boa. Música sertaneja. Chopp bom. Eu gosto, ué.
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Para voltar? Ah, para voltar... Rodamos por uma hora, peguei várias ruas na contra-mão e ainda tomei uma multa por atravessar sinal vermelho. Maldito flash. Uma hora rodando para achar o hotel. Um trajeto que, normalmente, levaria não mais que 15 minutos. A gente só acerta o caminho do autódromo. Até na volta a gente se perde. Foi do aeroporto pro hotel, do autódromo pro hotel, do restaurante pro hotel.
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Goiânia é uma perdição só.

sexta-feira, novembro 02, 2007

No Orkut...

GOIÂNIA (um tempinho para respirar ar seco) - Aproveito a manhã ensolarada de Goiânia, ainda no ar-condicionado do meu quarto de hotel, para dar uma atualizada no meu orkut. Eis que, para meu espanto, vejo coisas que eu não havia colocado ali.
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Primeiro, vejo em meu perfil: "Orientação sexual: gay". Como assim? Viviane, a Doce, adorou. "Assim não fica mulher nenhuma te mandando recadinho". Mulher nenhuma fica me mandando recadinho. Até porque na primeira linha do meu perfil está lá "NAMORANDO". Quem foi o(a) filho(a) da mãe? Tenho desconfianças.
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Depois, vejo que uma comunidade que eu tinha (são 200) e não sei qual era, apareceu uma daquele cantor Akon. Eu tenho askon daquele cara (bom, o trocadilho. Vou patentear). "O que diabo esse cara tá fazendo aqui?". É o mala que foi no Faustão e canta aquela musiquinha irritante "nobody wanna see us togheeeeeeeeeeeeeeeeeter"... Argh! Asco!
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Caí fora na hora. Comunidade lixo.
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Aí procuro por algo para substituí-la. Capitão Nascimento, porque não?
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Tem umas 200 do cara. "Capitão Nascimento para Presidente", "Capitão, bota o Lula no saco", "Chuck Norris, o senhor é o novo xerife!", "O senhor é um fanfarrão, senhor 02!". E a insuperável: "Capitão Nascimento Matou Taís".
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Tá na minha lista.