Eu escrevo e te conto o que eu vi

Um blog sobre tudo e sobre nada.

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Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

terça-feira, outubro 30, 2007

Hello! País errado!

SÃO PAULO (É noite o carro está rugindo parecendo fera) - 30 de outubro. Halloween! Uuhh! Meda! Estava eu, sossegado em meu apartamento, cansado de mais uma jornada de trabalho, lendo minha Playboy, hum, digo, F1 Racing no aconchego do meu lar, quando toca a campainha. Boto a cara no olho mágico e vejo um monte de baixotes com sacolas na mão.
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Ahhhhhh, Halloween!
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Trick or treat?
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Penso em aprontar uma. Mas não tenho nada assutador além da minha cara. Logo, desisto. Então, boto uma camiseta, vou à cozinha e vejo o que tem de doces. Minhas paçocas? Não. Meu potinho de Nutella? NÃO! Meu saco de Sonho de Valsa Trufado? NEM FODENDO! Olho, procuro... Vejo um saquinho com cubos de doce de leite e um potinho cheio de balas que nunca me arrisquei a tirar nenhuma de seu plastiquinho.
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Abro a porta. Cinco crianças. Duas meninas (uma gordinha e outra magrinha) e três garotos. Um de diabinho, outro de vampiro, o resto não lembro, e um de... Batman. Batman?
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"Gostosura ou travessura?". Oh! Por essa eu não esperava!
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Advinha quem pegou o doce de leite?
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O pote de balas eu fui distribuindo e vi o sorriso de quem foi sorteado com alguns Bis murchos que caíram em suas sacolinhas plásticas. Agradeceram e saíram. O que seria de mim se tivesse escolhido travessura?
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Me senti o maior tiozão. E voltei à minha Playboy, digo, F1 Racing.

quarta-feira, outubro 24, 2007

O senhor é um fanfarrão!

SÃO PAULO (go wash the fucking dishes!) - Quarta-feira, chuva, frio. Cleber, aquele jornalista magrelo alto, que fala rápido, tem um Polo e não sou eu, está de folga. Eu trabalhando na tradução de um texto em italiano, de 28 mil toques, fora duas matérias para a GT3 e o início de um ensaio sobre a Stock Car para a revista F1 Racing.
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Deitado no sofá, está vendo Oprah neste exato momento, arrepiado por um caso de bigamia consentida. Americanos doidos. E fica aqui pedindo pra usar o computador. Eu estou trabalhando; ele, de folga.
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Enquanto isso, tem louça para guardar (que EU lavei), um pouco de louça para lavar e o lixo para levar na lixeira, no subsolo. Mas não, vai ficar sentado no sofá. Tá com nojinho, o 02.
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É um fanfarrão, esse 02.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Capitão Nascimento é o cara!

SÃO PAULO (foi um looooongo fim de semana) - Depois de Chuck Norris e Jack Bauer, nada mais justo que render homenagens ao Capitão Nascimento, comandante do Bope em "Tropa de Elite". Afinal de contas, o cara é foda porque:
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1. Deus disse que iria fazer o mundo em 7 dias Capitão Nascimento disse bem alto: “Faça em 6, sr. 01!”
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2. Capitão Nascimento dorme com a luz acesa, não porque ele tem medo do escuro, mas o escuro teme ele!
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3. Na verdade, o Capitão Nascimento não dorme. Ele espera.
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4. Capitão Nascimento joga roleta russa com uma arma inteiramente carregada, e ganha.
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5. A farda do Capitão Nascimento é preta porque nenhuma outra cor quis ficar perto dele.
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6. Capitão Nascimento dorme com um travesseiro debaixo de uma arma.
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7. Principais causas de morte no Brasil:
1º Ataque do coração
2º Capitão Nascimento
3º Câncer
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8. O Capeta queria entrar no BOPE, mas o Capitão Nascimento fez ele desistir apenas dizendo: “666, Você é o novo xerife!”
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9. Capitão Nascimento é a razão de Bin Laden ainda estar se escondendo.
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10. Capitão Nascimento não sai de lugar nenhum devendo nada a ninguém. Sempre põe na conta do Papa.
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11. Capitão Nascimento não tem medo da morte, a morte é que tem medo dele.
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12. Quando Deus disse “Que se faça a luz!”. Capitão Nascimento falou “Tá de sacanagem, Sr. 01? Tá com medinho do escuro, Sr. 01? O senhor é um fanfarrão, senhor 01!”
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13. Getúlio Vargas não cometeu suicídio, ele só pediu pro Capitão Nascimento: “Na cara não, pra não estragar o velório.”
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14. Quando Deus resolveu criar o Universo foi pedir permissão ao Capitão Nascimento e ele respondeu: “Senta o dedo nessa porra!”
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15. A roupa do Super-Homem era preta até o Capitão Nascimento dizer: “Tira essa roupa preta porque você é moleque!”
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16. Capitão Nascimento trabalhou como negociador da polícia. Seu trabalho era ligar para os seqüestradores e dizer: “Pede pra sair!”.
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17. Capitão Nascimento projetou a ilha de Lost.
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18. Capitão Nascimento não lê livros. Ele só diz "eu não quero te machucar" e consegue toda a informação de que precisa.
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19. Capitão Nascimento não usa relógio. Ele decide que horas são.
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20. Depois de um exame de urina para detectar esteróides dar positivo, Capitão Nascimento riu ao receber a informação: "e de onde você acha que eles retiram matéria-prima? Quem manda nessa porra aqui sou eu!".
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Eu poderia fazer isso o dia todo.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Gosto de corrida, mas...

Foto: Agência Efe
Uma vaia. Uma vaia que foi suficiente para despertar cinco monstros que vagavam pelo Maracanã. Na verdade, 80 mil vaias em uníssono que injetaram algum combusível, alguma droga, alguma nitroglicerina para fazer explodirem as arquibancadas do Mário Filho por seis vezes. Sim, seis vezes. O que aquele moleque fez com o zagueiro antes do gol do companheiro não se faz nem com o pior inimigo. Foram dois gols em um.

segunda-feira, outubro 15, 2007

É bala!

SÃO PAULO (de volta do Barretão) - Acabo de ver "Tropa de Elite". Se você é daqueles que gosta de tiroteio e de ação na tela, certamente vai gostar. Não tem como não gostar. E traz várias reflexões. Da "elite branca" definida por Cláudio Lembo, que sai em passeata nas ruas quando algum filho de empresário é morto "pela violência", do "Cansei", das dondocas enfadadas, dos colarinhos brancos dizendo que "todas as providências estão sendo tomadas" e dos "direitos humanos" (deveria haver também os "deveres humanos") dizendo que "isto é um absurdo, isso não pode continuar". Blá.
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Ninguém diz nada quando o bacaninha tá lá fumando o baseadinho dele, dando o 'tirinho' dele na balada ou tomando o 'E' na rave. Ninguém faz passeata pelas crianças que entram no tráfico pra sustentar o vício da burguesia, das socialites, dos cineastas, dos intelectuais.
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Somos um bando de hipócritas, isso sim. E tenho dito.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Já comeu jiló?

SÃO PAULO (vamo pro Barretão!) - Risquei um item da lista de coisas que eu não comeria nem sob tortura. Jiló. É. Acredite. Jiló. Eu não sabia nem se era com G ou com J. Eu não conheceria se visse um pela rua. Só ouvi da fama. Ruim, amargo, péssimo, credo, arhg!, ergh!, horrível. Foram os adjetivos mais amigáveis que ouvi sobre esta hortaliça verde redondinha, do tamanho de um limão mas com a casca num verde-rajado (existe essa cor?) que lembra uma melancia.
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Mas eu não sabia que o Jiló (obrigado, Google) é altamente recomendado a pessoas em regime de redução de peso, que tem cálcio, fósforo, ferro e vitaminas C e B5. A vitamina C, entretanto, se perde no cozimento. Quer mais? Cem gramas fornecem apenas 78 calorias.
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Até aí tudo bem. Mas e a fama de mau?
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Viviane, a Doce, me veio com essa. Descasque o jiló e corte-o em fatias finas. Em seguida, pegue gengibre. Você tem a opção de cortá-lo em fatias bem finas ou em ralar mesmo, sobre o jiló. Esprema um limão e derrame molho shoyu à vontade.
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Não perde a vitamina C porque não cozinha e, por consequência, não fica aquele gosto horroroso que todo mundo fala. E o gengibre dá um toque especial e refrescante à salada. Fora que é um ótimo acompanhamento para uma cervejinha.
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Experimente aposentar o amendoim um dia.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Que nem mosquito na bosta

SÃO PAULO (põe mais um na mesa de jantar, que hoje vou praí te ver) - Voltei a ter uma sensação que não sentia havia pelo menos uns três anos. Aqueles tempos de recém-formado, de foca deslumbrado, de participar de todo processo de composição e carregar o produto pronto como se fosse um filho, orgulhoso de ver seu nome impresso ali, bem pimpão.
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Todo o deslumbre acabou com o passar dos anos, com a chegada de certa experiência, com as decepções a que você é submetido. Nada como novos ares. Poluídos, mas ainda assim, novos ares. Uma semana corrida de tudo. O cansaço da viagem a Curitiba e o fechamento da revista F1 Racing, a revista de Fórmula 1 mais lida do planeta.
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Estou envolvido na produção da versão brasileira do periódico. Então, escrever sobre pistas e carros de corrida para mim não chega a ser um grande esforço. Faço com grande prazer. E quando se faz as coisas com prazer, as chances de dar certo são enormes.
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Foi um fechamento difícil. Um parto complicado. A diagramadora doente, o revisor viajando, a tradutora envolvida com um livro. Desfalques que fizeram este pobre, magro, empolgado e mequetrefe escriba se virar em quatro contando, claro, com a ajuda do editor e da diagramadora convalescente.
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E aqui estou eu, babando ao ver meu nome assinando um texto da GP2 e a edição de uma matéria de Stock Car e outra de Fórmula 1. Nunca quis mudar o mundo, fazer justiça. Não vim com esse discurso na faculdade quando o professor perguntou "por que jornalismo?". Desde moleque, preguei: "meu negócio é carro de corrida".
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O que só me faz perceber que a grana não é grande coisa, mas que a satisfação é parte do salário.

segunda-feira, outubro 01, 2007

É disso que o povo gosta!