Eu escrevo e te conto o que eu vi

Um blog sobre tudo e sobre nada.

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Local: São Paulo, SP, Brazil

Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Boooooua!!!

da série Frases Que Circulam Na Internet:
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"Foi só mandarem um brasileiro para o espaço que já sumiu um planeta."
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Só faltava o cara ser corintiano.

quarta-feira, agosto 30, 2006

Bete, a feia

AMERICANA (é você se olhar no espelho e saber que é humano, ridículo, limitado e que só usa 10% da sua cabeça, animal) - Há pouco mais de uma semana, sou um cara que dorme na diagonal. Sim, agora sou um rapazinho que consegue caber em sua própria cama. A minha antiga estava já tirando carteira de motorista, 18 anos sustentando o corpo deste magricela que vos discursa, e deixando pés e braços de fora (e me derrubando de vez em quando, estrado maldito). Pois é, agora eu tenho uma cama de casal.
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Todo o jogo do quarto da minha mãe foi passado para o meu. Mas algo me incomoda. Cutuca, transforma em tormenta a quietude e a profundeza do lago que é o meu ser. Algo ali me deixa inquieto, me faz pensar "isso não está certo, isso não está legal". É uma senhora feinha de tudo, coitada. Igualmente velha, como a minha cama de solteiro.
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Ela é esquisita, a Bete. Ela é baixinha, atracada, com os quadris abertos, pernas curtas, joelhos gordos e um olho (um só) enorme, oval. E fica me vigiando a noite toda, de frente para o meu sono. Causando verdadeiros sustos ao denunciar minha cara de perdido ao despertar. Aquele olhão oval, que explicita, joga na minha cara toda a feiura de um ser ao acordar, me incomoda. Às vezes, chego a pensar que aquele olho enorme irá me tragar para uma outra dimensão, aquele fundo que fica girando, como no clipe de "Groove is in the heart".
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Ela tem gavetas longas, mas rasas. E tem um banquinho de madeira, com as pernas tortas (à la Garrincha) e um estofadinho verde. Às vezes serve para que seja jogado sobre ele uma calça, uma camiseta. Mas a real finalidade dele é estar no caminho para acertar-me a canela. Havia um banquinho no meio do caminho; no meio do caminho, havia um banquinho.
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Contudo, quem me transtorna é a Bete, a feia. Eu não a uso para nada. Ela me usa. Ela me espanta, me assusta, ela estraga o meu dia e me faz sentir o mais cambaleante e perdido ser andante que desperta numa manhã preguiçosa. Ela é feia, ela é horrorosa. Eu não quero ela no meu quarto.
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Eu odeio aquela penteadeira.
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.Nota do Editor: A pedidos, intimações, boletins de ocorrência registrados no segundo ditrito policial de Santa Bárbara d'Oeste, ameaças de bomba e uma liminar expedida pela segunda vara de família da comarca barbarense, a penteadeira Bete, a feia, foi retirada do meu quarto. Contribuindo, assim, com o 'desfeiamento' do cômodo e a redução de taquicardias matinais deste pobre, magro e assustado escriba.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Odeio ciúme

SANTA BÁRBARA (o rebaixamento de Plutão desregulou meu signo) - Por que essa cara? Faz assim não, mulher. Tu sabes que gosto é de ti, que não tens que ficar se preocupando com o que acham, o que pensam. Pára com isso. O que importa somos nós. A gente se gosta e se entende, não é? Então não tem que fazer esse drama.
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Pra que esse ciúme? Algum dia eu te dei motivo? Acho que não. E se eu dei, você deveria ter me dito na hora, que aí a gente resolvia a questão logo de cara. Não tens que se preocupar com esse sentimento besta. Eu sou teu, fióta, e ninguém tasca. Tu sabes quem é a dona de quem. Tu sabes que eu me importo é contigo, que faço de tudo pra te ver bem, pra te ver sorrindo, pra te ver contente. E não é esforço nenhum. És a minha recompensa.
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Não sabes o valor que dou pro teu companheirismo, quando estás do meu lado, quando abres a boca em arco com a minha chegada. O teu motiva o meu. Sabes que a recompensa de estar do teu lado é ver o teu sorriso, o teu riso e quando fecha os olhos pra uma risada inocente e solta. Aquela risada de quem ama, sabe?
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Eu tenho amigos e amigas, sim. Mas mulher eu só tenho uma, e essa é tu. É contigo que me importo, é tu que me arrepias a espinha toda manhã me acordando manhosa, me mordendo, pedindo por um bom dia mais quente. E é só a ti que correspondo esquentando o bom dia, te fazendo o café da manhã, o ovo com gema mole, do jeito que gostas, do sucrilhos com iogurte.
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Dos alongamentos que faço em ti quando chegas cansada e suada da academia. De quando te ouço trazendo lamúrias do trabalho e eu só ouço, ouço, ouço e, quando terminas, te dou um abraço e digo que tudo vai dar certo. É porque no final vai dar mesmo.
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Então chega de paranóia, guria. Já tá tarde e a gente tem que trabalhar amanhã. Boa noite, linda.
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Ah, e não esquece: eu te amo, tá? Agora dorme.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Pobre Plutão

MUNDO DA LUA (aqui quem fala é da Terra) - "A União Astronômica Internacional excluiu hoje Plutão como um planeta de pleno direito do Sistema Solar, após longas e intensas controvérsias sobre esta resolução", diz o lead da agência de notícias EFE, da Espanha. Acreditem, meus caros. Acreditem.
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Plutão não é mais planeta. Porra, como assim? Tá lá e agora dizem que não é mais planeta, a bagaça? Acho injusto, só porque é o mais nanico do "Grupo dos Nove". Mas tem diâmetro menor que o da Lua. E daí? A Lua gira em volta da Terra. E Plutão gira em torno do Sol, cacete. Só porque lá é pequeno, longe e frio? Então desconsiderem a Antártida como continente. Lá támbém é pequeno, frio e longe. Baixinho é invocado, mas nem por isso deixam de considerá-lo gente.
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O que será do zodíaco? Como vou ler meu horóscopo? Como vai ficar a influência de plutão sobre o meu signo? Estaremos todos desregulados, entrando em uma TPM atrológica/astronômica. Nossos signos nada mais dirão sobre nossas personalidades.
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E a seqüência que a gente decorou a duras penas na escola? Era como a tabuada do 2: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Vai ser a tabuada sem o 2x10=20. Rasguemos nossos livros de geografia, pois! Vou ter que fazer um limpa na minha velharia escolar.
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Acho ridículo, isso. Plutão, agora vai virar coisa do arco da velha.
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Nossa, meu filho, na minha época Plutão ainda era planeta!, dirá o pai, demonstrando que os anos trazem experiência e bagagem. Vish, essa piada é velha, hein! Essa é da época em que Plutão ainda era planeta!, dirão outros, indignados com as piadas infames e sem-graça dos amigos.
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Deveríamos fazer um abaixo-assinado virtual. www.savepluto.com
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É o fim dos tempos.

sexta-feira, agosto 18, 2006

O mito Diógenes

AMERICANA (direto da redação) - Trabalhar em jornal é paulera. Mas às vezes tem aqueles momentos em que um está esperando um retorno de ligação, o outro não consegue falar com sua fonte, um breve momento de cerão, que eu nem ousaria chamar de dolce far niente. Ontem, falando de futebol, entra na conversa o editor de Opinião do jornal, Diógenes Gobbo, um senhor de 77 anos, sãopaulino e com um senso de humor apuradíssimo. Ele é calmo, quieto. É praticamente um Cláudio Carsughi da política americanense. Eis que ele revela o espírito de contestador - que todo jornalista deve ter, nunca se conformar:
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- Eu não tô entendendo mais nada. O time do Dunga empata e fica por isso mesmo. O meu empata e perde o título? O que está acontecendo com o mundo, Deus meu?
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O Diógenes é um mito.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Rádio só tem um ouvinte

AMERICANA (com meu ouvido coladinho no radinho) - Rádio é um negócio espetacular. Já trabalhei nesse veículo, mais dinâmico que redação de jornal diário. É a fonte de todas as pautas, eles furam o mundo. De vez em quando, cai um idiota que não manja nada e quer dar pitaco. Dar não, impor. Rádio paga mal, o que eu acho um absurdo, porque o patrão ganha igual tanto no rádio quanto no jornal (olha, até rimou). O diálogo que segue abaixo é baseado em fatos reais e foi extraído da coluna do jornalista José Paulo Lanyi, no portal Comunique-se. E segue o texto:
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Profissional 1 (editor-chefe de um novo programa de rádio e oriundo da TV):
-Olha, muda aí, “você vai ouvir” pra “vocês vão ouvir”.
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Profissional 2 (especialista em rádio):
-Mudar pra quê?
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Profissional 1:
-Muda, a gente tá falando pra várias pessoas.
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Profissional 2:
-Claro, eu sei, mas em rádio não se usa plural pro ouvinte, isso é básico.
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Profissional 1:
-Em TV a gente usa os dois, singular e plural. Qual é o problema?
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Profissional 2:
-Bicho, rádio é “eu e você”. Não tem essa história de falar pra um monte de gente.
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Profissional 1:
-Como não? Tá louco?
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Profissional 2:
- Meu amigo, você já viu alguém dizer: “Bom, pessoal, é hora de ouvir rádio!” ou “Vamos todos ouvir rádio agora”? Isso não existe!
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Profissional 1:
-Já ouvi, sim.
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Profissional 2:
-Quando?
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Profissional 1:
-Na hora do futebol.
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Profissional 2:
-Isso é exceção, eu falo de programa. Imagina a cena. Todo mundo na sala, batendo papo, de repente um cara diz: “Fulana, pega o rádio, vamos lá no quarto ouvir o programa do Bolota Júnior”.
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Profissional 1(rindo):
-Bolota Júnior?
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Profissional 2 (diverte-se):
-É, Bolota Júnior, nome fictício. Um amigo meu usou na novela dele.
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Profissional 1:
- Sei... E aí?
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Profissional 2:
-Ninguém faz isso, bicho, ninguém convida ninguém pra ouvir rádio hoje em dia.
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Profissional 1:
- Ah, mas nos confins do Brasil...
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Profissional 2:
- Nos confins do Brasil é televisão, meu amigo! Televisão. Nego não tem grana pra comprar comida, não tem banheiro, mas tem televisão. Tem rádio também, mas esse não é o ponto, não tem isso de convidar pra ouvir. Se acontece é raro, é exceção, e exceção não conta.
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Profissional 1:
- Tudo isso por causa de um plural.
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Profissional 2:
- Pra você é bobagem porque não conhece o veículo, desculpa a sinceridade. O cara que ouve rádio ouve sozinho, no carro, na cozinha, o cara tá sempre fazendo outra coisa. O rádio é o companheiro, é a outra ponta do diálogo, entendeu? O ouvinte tá na rua, no trabalho, no raio-que-o-parta, tá sempre ocupado, você tem que chamar a atenção dele, o cara não pára só pra ouvir. (ironiza) Bom, só na hora da oração da Ave-Maria, né. Aí, sim, o cara pára tudo. Mas sozinho. Não é missa, é falar com a santa, entendeu?
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Profissional 1:
-Tá legal, deixa no singular mesmo.
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Profissional 2:
-Beleza.
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Profissional 1:
-Me diga uma coisa.
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Profissional 2 (saindo):
-Fala.
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Profissional 1:
-Você ouve a Ave-Maria?
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Profissional 2 (bem-humorado):
- Às vezes...
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Bom, deixa eu ir. Tá na hora da Ave-Maria.

Villeneuve é o cara

AMERICANA (tirou as palavras da minha boca) - Matéria do site Grande Prêmio (www.grandepremio.com.br) coloca uma entrevista dada por Jacques Villeneuve disparando contra Schumacher. Basicamente, ele chamou o rival e desafeto de "sujo". O que não deixa de ser verdade. Não mesmo. Villeneuve foi dispensado da BMW no mês passado. É um cara legal. Roqueiro, meio bad-boy, já foi campeão, bom piloto, ganhou as 500 Milhas de Indianápolis (em 1995), e é filho de ninguém menos que o grande Gilles Villeneuve, o melhor piloto que já passou pela Fórmula 1. Seguem abaixo alguns trechos da matéria.
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"Ele é um piloto, mas é apenas isso, nada além. Por isso, quando pendurar o capacete, será facilmente esquecido. Senna, por outro lado, jamais será esquecido. Um pouco pelo fator 'James Dean', já que ele morreu no auge e durante uma prova, mas não apenas por isso. Não acho que Schumacher será tão forte nas memórias das pessoas quanto é Alain Prost e certamente não será como Nigel Mansell. Esses caras chegaram a um nível de heróis, o qual Michael não tem e jamais será".
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"Michael simplesmente não é um grande campeão porque ele faz muitas manobras sujas e porque não é um grande ser humano. Sim, Senna também foi sujo, mas ele o fez com classe, com integridade. Quando ele tirou Prost de Suzuka, em 1990, ele disse que iria fazê-lo antes mesmo da corrida. Diferentemente de Michael, que ridiculamente insiste que estava certo em Mônaco este ano, Senna diria 'sim, eu fiz. Mas avisei antes da corrida que o faria'. Isso é muito diferente do que Michael fez Mônaco, em Jerez (em 1997, quando jogou o carro para cima de Villeneuve, mas não ficou com o título), e em Adelaide (1994, quando jogou o carro para cima de Damon Hill e não foi punido. Ficou com o título).
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Falou e disse.

quarta-feira, agosto 16, 2006

Merecido.

E fim de papo.

Quem, eu?

AMERICANA (alô, alô, marciano) - Revirando minha papelada em casa - e tem MUITO papel mesmo - encontrei um teste vocacional que fiz quando estava na sétima série. Foi feito na escola, no distante ano de 1995. E como de graça vale até ônibus errado, eu fiz a parada, embora já tinha decidido ser jornalista. O que são as raízes e a criação, né mesmo? Onze anos depois, concordo com as definições - e não com as observações.
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"Intuição Introvertida com Sentimento
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É perseverante, original e comprometido com as coisas e com as pessoas. O maior esforço é voltado para o trabalho, onde faz o melhor em ambiente pouco agitado. Consciencioso e preocupado com os outros, é notado pelos seus firmes princípios e tende a liderar um grupo por suas claras convicções de como melhor servir o bem comum. Sua palavra-chave é a intuição. Místico, possui facilidade para relacionar fatos passados com o presente e o futuro, compreende fenômenos psíquicos, possui liderança e valoriza a vida interior."
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Agora, notas do editor:
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Perseverante
teimoso;
Voltado para o trabalho
eu só comecei a trabalhar no ano seguinte;
Faz o melhor em ambiente pouco agitado
Tá bom. Numa redação de jornal?
Tende a liderar um grupo por suas claras convicções de como melhor servir ao bem comum
Leia-se: quer bem feito? Faça você mesmo!
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O que me intriga, na letrinha miúda no final da folha: "Cleber, precisamos conversar. Seus índices foram um pouco baixos. Talvez você precise de uma ajuda mais individualizada, ok?"
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Não, não tá ok, cacete. Eu sabia que queria ser jornalista desde os dez anos de idade. Ou eu não levei a bagaça a sério, ou essa psicóloga tava era querendo ganhar com sessões de terapia. Enfim, anos depois, passei a fazer. Mas não com essa daí. Humpf...
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Enfim, eu sou estranho. Pronto.

Quem viver, sobreviverá

SANTA BÁRBARA (e praquele que provar que tô mentindo, eu tiro meu chapéu) - Nesse final de semana vai ter mais aventura. A mesma corrida de aventura que disputei em maio, mas desta vez em Atibaia. É a terceira etapa do Caloi Adventure Camp. Agora vou com outra equipe (que ainda não conheço os integrantes), mas reformei minha bike e tô muito mais treinado. É o que acho, pelo menos. Porque já ouvi dizer que o percurso dessa prova é um dos piores. É bom mesmo estar preparado.
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Segunda-feira, se eu estiver vivo, conto pra vocês, com fotos e tudo.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Sobrevivi

SANTA BÁRBARA (me apego facilmente ao que desperta o meu desejo) - Passei incólume pelo plantão de sábado, ufa. Claro que teve uma história engraçada, de um imbecil dum ladrão que tava solto no indulto do Dia dos Pais (ou salvo-conduto, como queiram) e foi pego com uma porçãozinha de cocaína. Ao ver os policiais, o cabra-esperto engoliu a droga, mas o PM ainda viu algum resquício branco na língua do infeliz.

Como desgraça pouca é bobagem, ele foi liberado um tempinho depois na delegacia. Porte de entorpecente não dá cadeia. Aí, duas horas depois, durante a madrugada, a PM é chamada por um senhor que ouve alguém nos fundos da casa forçando uma porta, tentando furtar algo. Eis que OS MESMOS POLICIAIS baixam na casa e quem eles pegam em flagrante? Nem preciso dizer, né não?


Ainda deu pra pedalar um pouco depois, mas sem trilhas. À noite, bar com os amigos. Programa marida na veia, como há muito tempo eu não participava com meus semelhantes: Ganso, Pedro, Luizinho (Huguinho e Zezinho não puderam comparecer. Eles foram tentar arrombar o cofre do Tio Patinhas). Não tinha um solteiro na mesa. Antes, sempre tinha um, e era sempre eu. Rá.
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Escrevo praticamente à meia-noite de terça-feira, mas como a segunda não foi nada de espetacular e anormal, coloco esse cartaz aí em cima, que Ms. Von Claire sabe de onde tirei, né não, loura? Tenho que acordar pouquinho antes das sete horas da madrugada, porque eu e meu primo vamos pegar trilhas de mountain bike... Preciso de treino. O grande dia está chegando. Depois, com paciência e sem sono, eu explico o que é.
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Boa noite.

sexta-feira, agosto 11, 2006

Porque mamata dura pouco

AMERICANA (e você, pendurou hoje?) - É, termina mais uma semana. È finita. Eco. Pra você, porque pra mim, na-na-ni-na-não. Estava eu todo contente, achando que ia entrar pro plantão do jornal somente à tarde, para cobrir um jogo de futebol, e eis que me engano redondamente e sou informado quase ao final do expediente (vai ver que era para não trabalhar puto, o que certamente aconteceria): vou entar às 11 horas para fazer o noticiário policial.
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Não sei se vocês sabem, mas o PCC tá atacando mais que Israel e pra ajudar um pouquinho (um pouquinho só), o Estado liberou 11 mil detentos para o Dia dos Pais. Contanto que eles voltem na segunda-feira (rá, vai esperando, vai). Só hoje já prenderam três aqui na paróquia. E amanhã eu vou fazer polícia.
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Não sei se vocês sabem, mas eu peguei hoje cedo a minha bicicleta, que ficou a ser reformada por durante três dias. Ficou linda de tudo. Uma belezura só. Trocou os freios, colocou amortecedor na frente, trocou as catracas do câmbio, a corrente e os pneus. Agora tá em ponto de bala pra fazer trilha, que é o que eu tinha planejado para amanhã cedo.
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Pelo visto, não vai dar.

Porque japonês também sabe das coisas

AMERICANA (torce, retorce, procuro mas não vejo) - Algo que eu não sabia, e é interessante. Toyota e Honda têm uma altíssima rotatividade de mecânicos na Fórmula 1 (não necessariamente em funções vitais). Mandam os funcionários de suas fábricas para trabalhar um ou dois anos nas corridas, e depois os trazem de volta para as linhas de montagem.
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O objetivo não é fazer com que aprendam nada em especial sobre controle de tração ou amortecedores de massa, mas sim inseri-los num ambiente hostil e competitivo para que ao voltar apliquem conceitos de competitividade nas suas atividades do dia-a-dia. Para que apertem um parafuso na fábrica com a mesma gana, responsa e tensão com que trocam um pneu num pit stop, em resumo.
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Na visão japonesa, a F-1 não serve só para fazer propaganda e vender mais carros. Serve para aperfeiçoar seus operários, também.
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Não é fantástico?
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*Fonte e texto by: Blig do Gomes - www.bligdogomes.blig.ig.com.br

Porque mulher sabe das coisas

SANTA BÁRBARA (doce e suave veneno) - Vi esse texto abaixo num blog, e nem me lembro qual. Mas é algo que mostra o quanto uma mulher é sensível e inteligente. Até mesmo na hora da vingança. Se isso realmente aconteceu, eu não sei. Mas que é fantástico, isso é.
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Ela passou o primeiro dia empacotando todos os seus pertences em caixas, engradados e malas. No segundo dia, ela chamou os homens da transportadora que levaram a mudança. No terceiro dia, ela se sentou pela última vez na bela mesa da sala de jantar, luz de velas, pôs uma música suave e se deliciou com uns camarões, um pote de caviar e um garrafa de Chardonnay.
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Quando terminou, foi a cada um dos aposentos e colocou alguns pedaços e cascas de camarão, besuntados com caviar, nas cavidades dos varões das cortinas. Depois ela limpou a cozinha e se foi.
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Quando o marido retornou com a nova namorada, tudo estava um brinco nos primeiros dias. Depois, pouco a pouco, a casa começou a feder. Eles tentaram de tudo: limpando, lavando e arejando a casa. Todas as aberturas de ventilação foram verificadas a procura de possíveis ratos mortos e os tapetes foram limpos com vapor. Desodorantes de ar e ambiente foram pendurados em todos os lugares. A empresa de combate a insetos foi chamada para colocar gás em todos os encanamentos, durante alguns dias, durante os quais tiverem de sair da casa, e no fim ainda tiveram de pagar para substituir o caríssimo carpete.
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Nada funcionou.
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As pessoas pararam de visitá-los...
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Os funcionários das empresas de consertos se recusavam a trabalhar na casa. A empregada se demitiu. Finalmente, eles não suportavam mais o fedor e decidiram se mudar. Um mês depois, apesar de terem reduzido o valor da casa em 50%, eles não conseguiram um comprador para a casa fedorenta. A notícia se espalhava e nem mesmo corretores de imóveis locais retornavam as ligações. Finalmente, eles tiveram de fazer um grande empréstimo do banco para comprar uma casa nova.
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A ex-esposa ligou para o marido e perguntou como andavam as coisas. Ele contou a ela o martírio da casa podre. Ela escutou pacientemente e disse que sentia muitas saudades da casa antiga e que estaria disposta a reduzir a parte que lhe caberia do acordo de separação dos bens em troca da casa...
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Sabendo que a ex-mulher não tinha idéia de como estava o fedor, ele concordou com um preço que era cerca de 10% do que valeria a casa...
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Mas só se ela assinasse os papéis naquele dia mesmo. Ela concordou e em menos de uma hora, os advogados deles entregavam os documentos. Uma semana depois, o homem e sua namorada assistiam, com um sorriso malicioso, os homens da mudança empacotando tudo para levar para a sua nova casa...
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Incluindo os varões das cortinas…

quarta-feira, agosto 09, 2006

Sem perder a ternura

AMERICANA (mas olhem para a lua, que é bela) - Aprendi que para amar não é necessário estar apaixonado, dormir babando, olhar para o céu, para a lua, imaginando a amada, a andar com os olhos rasos, com cara de tonto, andar suspirando por pouca coisa, não se preocupando. De ficar ligando só pra dizer oi, que estava pensando nela, de ficar lembrando a ela que você existe. Mas, como na paixão, é preciso arriscar, é preciso um pouco de falta de juízo e, principalmente, é necessário demonstrar coragem.
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Não é recompensa, não é remédio para a dor. Não amar por conveniência, mas amar por maturidade. De se desdobrar só pra ver o sorriso no rosto da amada, que compensa o maior dos sacrifícios. É ouvir suas lamúrias ao telefone e dizer que está ao lado para o que der e vier, que quando precisar, vai correndo dar um abraço apertado e um cheiro no pescoço.
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É segurar na mão da amada enquanto ela faz uma tatuagem. É passar tranqüilidade, é não ficar dando pitacos e julgando os atos da sogra. Ela é sua sogra, mas é, em primeiro lugar, a mãe dela. E tem que ser respeitada da mesma maneira que você respeita sua amada.
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Dar risada, pensar junto, dar aquelas piscadelas quando entendemos o recado subliminar. É quando ela se apóia no seu peito depois que saem do jantar regado a vinho e ela diz que está alterada e deseja você se aproveite dela toda se jogando sobre você, fazendo o tipo ‘devora-me’.
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As visitas inesperadas com uma barrinha de chocolate ou um bombom de cereja. Conversar enquanto faz a barba. A conversa no banheiro é uma das melhores. Fazer um roteiro sacana. Variar. É lembrar-se, de repente, que hoje é sexta-feira. Chamar os amigos para um jantar em casa, um fondue. É quando na volta da viagem ela fica toda espreguiçada no banco do passageiro no carro, descalça, com as pernas cruzadas ou com os pés encostados no pára-brisas, à vontade, de ray-ban e cabelo esvoaçante da janela aberta... Quando ela escolhe os CDs, quando a gente divide uma garrafa d’água e um pacote de bolacha.
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Os olhos azuis não são nada perto dos seus amendoados.
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É manter amizade. É ter paz e aconchego contra o resto do mundo. É manter silêncio quando não se pode dizer nada. É respeitar o silêncio às vezes, porque quando tentamos quebrá-lo, só pioramos a situação. Homem é assim, não sabe calar a boca. É ouvir, ouvir, ouvir, e ouvir. E não falar. Expresse-se com um abraço ou um beijo na bochecha.
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Não tem nada como aquele estalinho.

The mamata is over

SANTA BÁRBARA (dores de barriga me preocupam) - E a vida volta ao normal, senhoras e senhores. Voltei a não ter tempo pra coisíssima nenhuma anymore. Ainda mais agora, numa semana especialmente agitada: correria com inscrição e hospedagem pra uma corrida de aventura que vou fazer dia 20 em Atibaia; correr atrás de tirar passaporte, matéria das assessorias, receber deles, matérias no jornal (vááááárias), aulas de francês, academia, psicóloga, blog, responder e-mails, scraps no orkut, massagem na namorada, e por aí vai.
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E criatividade que é bom pra escrever aqui, nada. Como Ms. Von Claire, colorada que só ela (mas tem uma cara de gremista...), me sugeriu, vou esperar o apito final do primeiro jogo da final da Libertadores de hoje pra escrever algo mais, mais... Mais... Criativo. Espero que seja, pelo menos.
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Entonces, estamos de volta. Trabalho, trabalho, mãe na orelha, pai no pé, irmão no bolso... Tudo que é bom dura pouco, né... E com as férias, não poderia deixar de ser diferente.
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Merda.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Quase no fim

SANTA BÁRBARA (eu queria mais férias) - Mas enfim, rotina também faz bem. É um mal necessário. Segunda-feira volto à labuta, saudade da redação. E é de lá (não sei, aquele lugar me dá alguma inspiração, não sei) que saem os textos que gosto mais. Vou poder me dedicar mais a este espaço. Muitos - que pretensão, a minha -, digo, poucos cobraram uma maior atuação aqui, mas como eu mesmo escrevi outro dia (e pus a plaquinha), eu estava de férias e só escreveria quando me desse na telha. Com obrigação não sai nada.
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Mas enfim, volto pro jornal. Não tava muito afim, mas também não tô afim de gastar mais com viagens. Porque, afinal, se eu fico em casa, aí sim vou precisar de férias. Aqui o povo não pode me ver parado. É incrível.
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Mas enfim, São Paulo e Inter na final da Libertadores, hein... É, dona Dita (www.filhasdodono.blogspot.com), prepara o ouvido que eu vou cornetar.
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Mas enfim, enfim lavei meu carro. Tava dando dó e nojo do Golzinho, popularmente conhecido como Flecha de Prata. Agora sim, ficou em ponto de bala. São seus últimos meses comigo ao seu controle.
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Mas enfim, hoje vou pra Barretos. Passar mais um pouco de calor por aí. Segunda-feira, como já disse, tem trampo de novo. Grazie Dio.
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Mas enfim, é o fim. Deste post.

quarta-feira, agosto 02, 2006

A tênue diferença entre V e F

SANTA FÉ DO SUL (férias acabando) - Começo a pensar que sou um rapaz caloroso. No sentido literal da coisa. Pra onde eu vou, faz calor. Mesmo no inverno. Fui pra Porto Alegre, e passei muito pouco frio lá. Quando tava começando a esfriar, fui embora. E chegando em São Paulo, advinha? Quente. E quando começou a esfriar, me escafedi para a distante Santa Rita d'Oeste, praticamente na divisa com o Mato Grosso do Sul. E advinha? Muuuuito quente.
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Amanhã volto pra Americana. E advinha a previsão do tempo? Vai fazer calor.
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Esse inverno tá me saindo bem infernal...
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Pffffffffff....