Eu escrevo e te conto o que eu vi

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Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

The Worst Race Ever

SÃO PAULO (the worst, so far...) - Corrida de kart na Granja Viana, ontem à noite. Certamente, foi a pior apresentação deste pobre, ex-magro e mequetrefe escriba. Lamentável. Pífia. Ridícula. Maldita garoa que caiu dez minutos antes. Uma vergonha.
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Devia mesmo ter ido ao Morumbi ver o jogo do São Paulo.

terça-feira, janeiro 29, 2008

4 anos, já

SÃO PAULO (dançando a valsa) - Dia 29 de janeiro, completam-se quatro anos da minha formatura da faculdade. Demorei pra postar a lembrança da data porque procurava por uma foto no meu computador velho. Mas eu não tenho mais fotos da minha formatura no computador velho. Trocentas formatações e backups foram feitos. Só resta mesmo o álbum. E a preguiça de escanear alguma coisa.
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Um pouco de saudade sim. Mas alegria ao ver que, em todo esse tempo que voôu, tanta coisa mudou. E pra melhor.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Gentleman, start your engines!


Pódio na Aldeia da Serra: Eu em terceiro, com a lata de Mad Croc


SÃO PAULO (rumo à profissionalização, haha) - Semana passada teve corrida da FIAk, a Federação Internacional dos Andadores de Kart, o campeonato de kart dos jornalistas que trabalham no automobilismo. Até que fui bem. Larguei em quarto, perdi duas posições na largada, perdi mais quatro numa confusão na primeira volta, mas fui me recuperando e ainda cheguei em terceiro, como ilustra a foto do pódio.
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Abaixo, o release oficial da FIAk.
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FIAk encerra temporada com Prova do Milão
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Ricardo Lopes vence na Aldeia da Serra e é o sétimo vencedor diferente em sete provas. Final na Granja Viana inclui quatro pilotos lutando pelo título em prova que terá premiação mil-onária.
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Jornalistas antecipam novidades. Desta vez, eles farão isso na própria pista mesmo. Enquanto a Copa Nextel Stock Car anuncia a criação da “Prova do Milhão” neste ano, a FIAk (Federação Internacional dos Andadores de Kart) disputará a final de sua sexta temporada com um atrativo de fazer inveja a qualquer piloto profissional do planeta: um prêmio mil-onário.
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“Sei que muita gente fala da prova do milhão. Terá transmissão ao vivo de uma televisão cuja marca meu diretor não me permite citar por questões de reciprocidade. OK, mas minha prova será meses antes. E com o mesmo prêmio, mudando apenas uma letrinha, um H, que nem tem pronúncia na língua portuguesa”, explicou Rodrigo Ecclestone em entrevista coletiva realizada ontem, após a disputa da sexta etapa, no Kartódromo Aldeia da Serra.
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A diferença entre a prova fiakiana e a da Stock Car é que, ao invés do milhão (de dólares), a premiação será de um milão de reais. “O real já mostrou ser uma moeda forte mesmo nesta época de turbulência do mercado”, disse Ecclestone. Questionado sobre o quanto entendia do mercado, o dirigente preferiu não responder, dizendo que já visitou o lugar algumas vezes.
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“Até provei aquele sanduíche de mortadela”, comentou o sobrinho-neto não-reconhecido de Bernie. Não se sabe ainda quem patrocinará o evento. “É uma enorme quantia de dinheiro, não se arruma assim da noite para o dia. São muitas divisas, é preciso até comunicar a Receita”, diz o dirigente. “Possíveis parcerias serão estudadas. Podemos até envolver o futebol, inclusive com aquele clube italiano, o Inter de Milão, que tem tudo a ver com o projeto”.
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Ecclestone admite: pensou em fazer uma prova valendo um milhão. “Mas não ia pegar bem fazer uma prova valendo um milhão na Granja, né? Os trocadilhos iam ser muito infames”, resumiu. Além da farta premiação em dinheiro, a final da FIAk terá uma disputa recorde pelo título da temporada. Serão quatro pilotos com chances: Rodrigo França, líder do campeonato, com 40 pontos, Luiz Vicente (35), Bruno Terena (33) e Ricardo Lopes (31), que se manteve na briga após vencer com facilidade a prova de ontem, na Aldeia da Serra.
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Lopes, que já acumula um título na FIAk, não vinha bem nesta temporada, com apenas dois terceiros lugares. A reação não poderia ser mais avassaladora: pole, liderança de ponta a ponta e melhor volta, quase 1s5 mais rápido que o segundo colocado. “Que kart melhor que nada. Foi tudo no braço. E um pouco na barba também”, disse o piloto, cultivando um ar semi-terrorista. Ele negou qualquer participação com o cancelamento do Dakar neste ano. “O máximo que fiz foi passar umas informações sobre pontos estratégicos para um pessoal muito gente boa que usa barba comprida de um grupo chamado Talismã, ou algo assim”, afirmou.
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Luiz Vicente foi o segundo colocado e agora é o segundo também na luta pelo título. O piloto, no entanto, descarta 2 pontos e assim precisa vencer e torcer para França não chegar entre os cinco primeiros. “Não quero saber de Descartes. Nem de Voltaire, Rosseau, enfim, qualquer um que remeta à França, porque isso pode favorecer meu rival na luta pelo título”, explicou.
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Terena também tem 33 pontos válidos e está na mesma situação de Luiz. Na sétima etapa, ele chegou em quinto e se manteve na briga. “Tri, jamais”, disse à imprensa, referindo-se ao possível terceiro título de França. Ironicamente, seu Messenger ostentava a mensagem “À espera de um milagre”. Sua assessoria de imprensa negou pessimismo por parte do piloto da Jaceguava Racing. “É que ele gosta muito deste filme, especialmente da atuação do Tom Hanks”, explicou Bruno Vicaria.
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França mantém o discurso otimista em relação à conquista do título. Ontem, ele largou na última fila ao trocar de kart, mas mesmo assim chegou em quarto, o suficiente para mantê-lo na ponta. O piloto voltou a negar rumores de aposentadoria caso conquiste o terceiro título. Na imprensa francesa, há quem aponte que a F-1 poderia ser um caminho: o piloto foi visto em Paris recentemente. “Fui comprar um boné na Renault, custa 10 euros mais barato lá”, comentou. “Além disso, ou fico na FIAk, ou paro de vez. Nem penso em F-1. Não há porque dar um passo para trás na carreira depois dos 30 anos”, disse.
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A sétima etapa também foi marcada pela boa atuação de Cleber Bernucci (Kilométrica 2 Cores), o terceiro colocado, e pelos primeiros pontos de Ricardo Franca, em sexto. O piloto de Americana pode perder seu pódio porque seu kart estava 2 quilos mais leve. Seus rivais também apontam que era Sebastien Bourdais, da Toro Rosso, o piloto a representá-lo nesta etapa. “Somos separados no nascimento”, disse.
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Já Franca foi franco. “Francamente, França é fraco”, disse. Os jornalistas quiseram então, ouvir França, que foi enfático. “Não falo sobre pessoas sem cedilha no sobrenome”. Cássio Cortes foi o sétimo colocado, após trocar de kart. “Cara, correr na Aldeia é programa de índio”, foi tudo o que conseguia dizer. A direção de prova rebateu as acusações e registrou o piloto como Tássio. “Tássiachando o cara”, disse um fiscal, que preferiu não se identificar.
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Pandini fechou a zona de pontuação com o oitavo lugar. Foi uma de suas melhores provas no ano, chegando a ocupar a 3ª colocação. “Fui jogado para fora. Ninguém respeita os pandas. É por isso que penso em alguma categoria ecologicamente correta”, comentou Pandini.
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Alexander Grunwald e Osvaldo Grunfriend bateram... na trave na luta por um pontinho. “Quero ver quem é o campeão, quem é...”, repetia Grun, no ritmo do slogan do canal Sportv. Rogério Artoni chegou em 11º, batendo o último colocado por incríveis sete voltas. É que Tiago Mendonça, outrora um vencedor na FIAk, não resistiu às dores pançagudas e abandonou a prova na 18ª volta. “Tiago está fooooooora de forma”, resumiu, com o tom característico dos narradores.
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Grid de largada – 7ª etapa, 2007, Aldeia da Serra

1. Ricardo Lopes, 53s22
2. Tiago Mendonça, 54s42
3. Luiz Vicente, 54s55
4. Cleber Bernucci, 55s09
5. Luiz Alberto Pandini, 55s92
6. Bruno Terena, 56s24
7. Osvaldo Grunfriend, 57s08
8. Ricardo Franca, 57s20
9. Alexander Grunwald, 57s47
10. Rogério Artoni, 57s76
11. Rodrigo França, 55s23 (5º, punido após troca de kart)
12. Cássio Cortes, 56s29 (8º, punido após troca de kart)
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Sétima etapa – FIAk 2007, Aldeia da Serra
1. Ricardo Lopes, 27 voltas. 52s39
2. Luiz Vicente, a 21s69. 53s76
3. Cleber Bernucci, a 42s41. 53s85
4. Rodrigo França, 1 volta. 53s75
5. Bruno Terena, a 4s79. 54s26
6. Ricardo Franca, a 5s79. 54s05
7. Cássio Cortes, a 23s47. 55s09
8. Luiz Alberto Pandini, a 23s77. 54s1
9. Alexander Grunwald, 2 voltas. 56s58
10. Osvaldo Grunfriend, a 25s43. 54s60
11. Rogério Artoni, a 31s98. 57s22
12. Tiago Mendonça, abandono (excesso de glicose região anal). 53s74
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Campeonato FIAk 2007 (após 7 etapas):

1. Rodrigo França, 40
2. Luiz Vicente, 35 (33)
3. Bruno Terena, 33
4. Ricardo Lopes, 31 (29)
5. Cassio Cortes, 25
6. Tiago Mendonça, 24
7. Leonardo Murgel, 18
8. Cleber Bernuci, 11
Alexander Grünwald, 11
10. Adriano Griecco, 10
11. Luiz Alberto Pandini, 9
12. Roberto Miranda, 5
13. Fabricio Lima 4
14. Rafael Durante, 3
Bruno Vicaria, 3
Ricardo Franca, 3
17. Rogério Artoni, 2
Victor Martins, 2
Rafael Valesi, 2
20. Carsten Horst, 1
21. Betto D\'Elboux, 0
Felix Bernuci, 0
João Anacleto, 0
Luis Fernando Ramos, 0
Rogério Reseke, 0
Anderson Marsili, 0
Rafael Lopes, 0
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terça-feira, janeiro 22, 2008

Travis - Writing to reach you

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Pra se pensar

SÃO PAULO (olha o retrovisor!) - Coluna de José Simão, hoje na Folha:
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"Em vez de tirar as motos das marginais não seria melhor tirar os marginais das motos?"
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Bem pensado. Mas não poderia fazer os dois?

Gogó maldito

SÃO PAULO (agora cem por cento) - Voltava eu do supermercado, onde pagava o aluguel, e peguei o elevador rumo ao trêzimo andar. Comigo, entra uma mulher com uma criança de colo de, no máximo, dois anos. A garotinha parecia meio chorosa.
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Eu, de cabeça raspada, cara de poucos amigos e me recuperando de uma virose, olho para ela. No que o choro da pobre coitadinha tomou proporções bíblicas. Perdeu um pouco de fôlego (ou será que estava abastecendo as cordas vocais?) e quando soltou o berro, meu amigo... Que gogó dos infernos!
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Tapei os ouvidos na hora. Quem ouvisse de fora, ia pensar que eu estava no mínimo enforcando a criança. Cristo! Ainda bem que ela desceu com a mãe no segundo andar. Claro que ela não foi com a cara deste que vos fala. Como bem disse o Ganso, essa minha cara de astraloptecus não é lá um chamariz de simpatia às crianças.
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Eu sou o bicho papão.

Nem tudo são flores na Disney

SÃO PAULO (chamem o Mickey!) - Leio matéria do jornal "O Liberal", que foi a minha casa por quase três bons anos. Um rapaz matou a ex-sogra, atirou na ex-mulher e em seguida cometeu suicídio. Um crime passional. Mas o que mais chamou a atenção, além de todo o banho de sangue, foi o nome do rapaz: Walt Disney Montini, 39 anos.
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Com um nome desses, eu também me mataria.

quinta-feira, janeiro 17, 2008

A febre me consome

SÃO PAULO (um médico, por favor) - Sexta-feira passada, tomei vacina contra a Febre Amarela. Como cidades para as quais viajarei este ano, a exemplo de Brasília, Goiânia, e Santa Rita d'Oeste, onde mora a minha avó, estão na lista de lugares de risco, resolvi tomar a agulhada.
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A moça que me aplicou a vacina disse que talvez eu tivesse febre. "Ué, mas é contra febre!". Ela respondeu com um "pois é...". Seis dias depois, aqui estou eu, podre. Eu sabia que isso ia acontecer. Tem gente que toma a vacina e não tem nada. Mas não eu, um podre au concours.
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Vou deixar a porta do apê destrancada. Pra não terem o trabalho de derrubar e me encontrarem em avançado estado de decomposição.

terça-feira, janeiro 15, 2008

O ócio me consome

SÃO PAULO (target engaged, nice shot) - Mexer com corridas dá nisso. Janeiro e fevereiro no dolce far niente. Que de dolce não tem nada. Já tô ficando desesperado. Um contatinho aqui, outro ali, mas nada pra fazer me mexer. E não adianta vir com sugestões e conselhos pra eu correr, jogar tênis, futebol, passear no shopping, que eu vou ficar socado em casa cozinhando e jogando videogame.
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Agora dá licença que eu tô matando alemães na Segunda Guerra.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Do 12o andar...

SÃO PAULO (nós somos dois sem-vergonha, em matéria de amar) - Duas e vinte e cinco da madrugada. Após um belo jantar numa churrascaria da Capital, patrocinada por Budão, tenho dificuldades para dormir. Vou para a cama por volta das duas horas. Ligo minha luminária e permaneço lendo "Às Margens do Sena", de Reali Jr.
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Quando começo a ouvir uma gritaria no bloco ao lado. No 12o andar, de frente pra minha janela, que fica no famoso trêzimo.
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- Sua pinguça! Vagabunda! Sai daqui! Vai embora senão eu te mato!!!
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Isso seguido de uns barulhos de pancadas e uma mulher chorando. Indaguei "que porra é essa?". A contenda se seguiu pelos vinte minutos conseguintes. Puto, abri a janela e mandei um "shhhhhh!". Claro que não adiantou. Liguei na portaria do bloco 5, já meio enfurecido.
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- Ow, que porra é essa de gritaria aí, meu? Eu quero dormir!
- Você é o quinto que liga. É um casal do 12o andar que briga sempre.
- Mas nunca nesse tom! Liga lá e manda parar, bicho!
- Nem rola. Em briga de marido e mulher, não se mete a colher.
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Eu meteria a espingarda.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

A baranga voltou



SÃO PAULO (ah, como é bela a arte) - Estava sem nada pra fazer em casa à noite e Cleber, o jornalista magrelo alto que tem um Polo, trabalhou no Jornal de Nova Odessa, fala rápido e não sou eu, me chamou pra ir com ele na coletiva lá no Deic. Recuperaram as duas obras furtadas no Masp.
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Chegamos lá e estavam os dois quadros expostos e os fotógrafos disparando seus flashes. Achei estranho. No museu você não pode tirar fotos porque o flash, segundo os seguranças, pode ser nocivo às obras, avaliadas em R$ 100 milhões. Mas os fotógrafos continuavam metralhando.
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Quando chegou o pessoal do Masp e viram os quadros, os rostos de admiração desse pessoal ligado à arte me lembrou a cara do meu irmão quando vê uma Ferrari de perto. Parecia o Santo Graal. "É um filho que volta à casa", disse uma curadora. Oh.
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O que eu não entendo. Fizeram tanto bafafá por causa dessa baranga do quadro?
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Arte. Vai entender.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Back from hell

SÃO PAULO (ah, São Paulo...) - Antes o ar poluído, mas frio, de São Paulo, do que o (pouco) puro e tórrido ar de Americana. Taqueopariu. Que calor. Nenhuma noite dormida por completo, não sei quantas chuveiradas de madrugada, não sei quantos litros de água gelada e cubos de gelo à noite, toalhas molhadas nas costas e, creiam, uma noite dormindo no quintal. Dentro de casa não dava.
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Agora, de volta à capital. Ah, São Paulo. Ruim é estar sem a Vivi por aqui.
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Mas apesar disso, vou dormir gostoso.