Eu escrevo e te conto o que eu vi
Um blog sobre tudo e sobre nada.
Quem sou eu
- Nome: Creco
- Local: São Paulo, SP, Brazil
Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.
quarta-feira, novembro 29, 2006
AMERICANA (tô de volta, puta chuva!) - Hoje foi um dia em que eu não via a hora de guardar meu carro na garagem de casa, em Americana, e ficar quietinho no meu canto. Eu estava um pouco trágico hoje. Não por ser exagerado, ó ceus, ó vida, ó azar, mas sim porque eu estava a atrair tragédias neste dia.
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Só do meu lado, foram três.
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A primeira foi ainda em São Paulo. Fiz um simulado do percurso que vou fazer todo santo dia para trabalhar. Até aí, tudo bem. O problema foi a volta. Estava eu pela Alameda Santos, tranquilo, ouvindo um puta cd bom do Faith No More, pela faixa da esquerda, quando ouço um "cataploft!" do meu lado direito.
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No que olho, um Corolla preto acertou uma mulher desavisada que tentou atravessar a rua na pressa! Por mil vassourinhas mágicas, Batman! Eu não parei. Primeiro porque não fui eu quem atropelei, segundo porque o atropelante (existe essa palavra?) parou e era médico, pelo que vi, e terceiro, porque o cronômetro estava rolando e eu precisava saber exatamente quanto tempo eu levaria para voltar até minha casa.
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Horas depois, voltando para Americana, no trevo, uma baita chuva, ultrapasso um gajo de moto, que do meu lado, cai. Assim, como um abacate maduro. A frente escapou e o mané foi pro chão.
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Cheguei em Americana, fui ver namorada no trampo. Paro no semáforo na faixa da direita. Na esquerda, ao meu lado, para um Escort e atrás, um Kadett. Eis que, atrás deste último, vem uma Ipanema e paft! no Kadett, que bate no Escort. E eu ali, do lado.
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Eu só queria chegar em casa, guardar o carro na garagem e tomar um banho de sal grosso.
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Ah, e esqueci meu chinelo em São Paulo. Bosta...
sexta-feira, novembro 24, 2006
Moving day
SANTA BÁRBARA (como coça!) - Semana agitada. Receber seguro desemprego, fundo de garantia, homologação de demissão. Mudança, leva cama, cômoda, colchão, lençol, edredom, guarda-roupa, quadros, roupas, panelas, liqüidificador, facas, bebidas... Tudo no caminhãozinho. Meu irmão meteu a testa na janela tentando ver, desesperadamente, um avião que passava por cima de nossas cabeças (é pertinho de Congonhas), tomamos umas cervejas, enfim. Não foi nada complicado. A última vez (e a primeira) que participei de uma mudança foi em 1988, para a casa onde moro até a semana que vem e na qual só dormirei agora nos finais de semana.
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Vai ser bom. 25 anos completos, trabalho novo, casa nova.
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Só na expectativa.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Ah, céu nublado...
SANTA BÁRBARA (sem pêlos no peito, mas ainda vivo) - Segunda-feira de temperatura celestial, depois de um fim de semana na sucursal do inferno. Sim, tava quente pra burro. Imagina pra gente. Ainda que tive o desprazer de, um dia antes da viagem, submeter-me a um teste cardiológico, o famoso teste ergométrico, no qual, para que fosse possível colocar os eletrodos por meu corpo, eu tive que me livrar dos pêlos do tórax e abdômen.
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Sim. Maquininha antes. Depois, gilette. Engraçado como algumas marcas viram substantivo, né. Eu poderia muito bem ter dito "lâmina de barbear" ou "barbeador", mas gilette é mais rápido, e mais fácil de digitar. Enfim, peito raspado, puta coisa feia.
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No exame, a enfermeira ainda tem a delicadeza de me esfregar no peito uma gaze cheia de álcool. Quase urrei. Como também quase urrei quando tiraram os eletrodos. O teste, creio, foi bem. Enfim, à viagem.
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Na sexta à noite. Mulher dormindo do lado e eu com som alto, janela aberta pra tomar ar na cara e três latinhas de energético na cabeça. Cinco horas e meia, ou 530 quilômetros depois, estávamos em Santa Rita d'Oeste, que fica a 40 quilômetros para frente da conhecida Jales, 200 de São José do Rio Preto, ou ainda, a 20 quilômetros da divisa com o Mato Grosso do Sul, tendo como porta de entrada a mítica cidade de Aparecida do Taboado.
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Bodas de Ouro dos avós maternos. Show de bola, a festa. Primaiada da minha mãe é uma turma animadíssima. Os tios também. Tudo com cara de carrancudo, mas que se revelam verdadeiros piadistas. Umas figuras. Mas tava quente. Como costumo dizer, dava pra fritar ovo na calçada.
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Bom é que amanhã eu começo a mudança pra São Paulo. Trouxe algumas coisas do sítio, como um colchão de casal zero quilômetro. Uma TV 20 polegadas, umas panelas, um liqüidificador, facas, uma submetralhadora, um canhão par derrubar avião...
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Calma, as duas últimas são de brinquedo.
sexta-feira, novembro 17, 2006
Não tente em casa
SANTA BÁRBARA (pé na estrada, lá vamos nós) - Saio de viagem, e por isso deixo para vocês um vídeo arrepiante, para quem gosta de carro ou para quem tem medo do amigo que pisa fundo no acelerador. Jamais tente fazer isso no caminho para sua chácara.
segunda-feira, novembro 13, 2006
Me deixa
SANTA BÁRBARA (que hoje eu tô de bobeira) - O povo aqui em casa não pode me ver parado. Autorizar exame para a avó. Limpar o quarto, arrumar o escritório, ir no banco, comprar velas, comprar massinha para a sobrinha, buscar não-sei-o-quê no mercado, tirar do guarda-roupa as camisas que não uso mais, pagar a internet, ir na psicóloga, trocar a camiseta que ficou muito grande, guardar as garrafas na caixa e levar de volta ao depósito. Tirar minhas tranqueiras trazidas do jornal. Ir no jornal reativar assinatura e levar grana da recisão. Ir no banco tirar grana da recisão. Marcar médico para a mãe, organizar a escrivaninha. Dar banho na cachorra. Tudo isso hoje, segunda-feira.
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Puta merda, vá ver se eu tô na esquina.
quinta-feira, novembro 09, 2006
Manhê, ganhei um videogame!
SANTA BÁRBARA (now this fells like a birthday) - Um pouco atrasado. A preguiça e o dolce far niente (adoro essa expressão) me impediram de passar muito tempo em frente ao computador. Mas a novidade será contada, agora. No meu aniversário ganhei perfume, camisa (pra usar com gravata), uma camiseta verde e uma calça jeans.
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Mas no dia seguinte - sem desmerecer os outros, claro - chegou o que eu queria.
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Um Playstation 2 (uuuuuuuuuooooooooohhhhhh!!!)!!!
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Mais: veio com dez jogos. Como joguei um lero dizendo que era meu aniversário, ganhei mais um! E meu irmão comprou outro pra mim, de rally. Sendo assim, dos 12 jogos que agora eu tenho para o Play2, como é chamado pelos íntimos, a disposição por assuntos é a seguinte: um da segunda guerra, um simulador de caça (aviões), um da Liga da Justiça, um do Matrix, e X-Men 3.
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O resto, macacada, é tudo carro de corrida.
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Minto. Tem um de moto também.
segunda-feira, novembro 06, 2006
Assoprando 25
SANTA BÁRBARA (numa segunda ninguém merece) - Hoje é meu aniversário. Nasci no dia 6 de novembro de 1981, na mesma cidade de Americana, exatamente à 1 hora e 50 minutos de uma sexta-feira quente na maternidade do Hospital São Francisco. Fazendo as contas, se não errei, hoje completo 25 anos.
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Bom pelo lado de ter saído dos 24. Um número que incomodava, sei lá. Gosto de números redondos. Vinte e cinco é metade de cinqüenta, que é a metade de cem. Sendo assim, passei hoje incólume (mas com muitas cicatrizes até aqui) pela linha que divide meu primeiro quarto de século.
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Tirando a matemática desnecessária, não sinto nada de especial. E confesso, não pensei que seria assim. Sim, as coisas estão mudando para melhor na minha vida, mas não é que a situação estava ruim. Foi a mera necessidade de mudança. Não posso reclamar de nada. 2006 foi um ano em que atingi todos os meus objetivos.
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Consegui uma cama de casal, arrumei um emprego novo, vou me mudar de cidade, conquistei uma namorada linda, encontrei amor verdadeiro, ganhei sete quilos de massa muscular (o que me tira da categoria de magrelo e passa para a de magro), aprendi outro idioma. Sinto-me, enfim, um adulto.
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E vou ganhar um Playstation.
quarta-feira, novembro 01, 2006
O que me acalma
AMERICANA (pela última vez, direto da redação) - Tem gente que se acalma ouvindo ópera, ouvindo MPB, sons da natureza, Enya, ou até mesmo rock'n roll. Eu sou um dos que se acalmam no caos. Recentemente, descobri que a doce melodia emanada de um motor de um carro de corridas é sim, música para os meus ouvidos. Fico calmo ouvindo.
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Faz tempo, ganhei do meu irmão um CD com o som de motores de várias categorias: Fórmula 1, Fórmula Indy, Nascar, Kart, coisas do tipo. Claro que o de F-1 é o melhor. Lembro perfeitamente de estar em um congestionamento em São Paulo e, sem querer, coloquei o som. Ouvir o v-12 da Ferrari de 1995 rasgando uma reta me trouxe uma calmaria... Melhor que ouvir passarinhos e nascentes.
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Então, segue abaixo uma pequena mostra. Claro, as imagens também são boas, mas tente fazer outra coisa ouvindo esse som. Talvez você discorde. Mas para mim, bielas, cabeçotes, pistões e válvulas compõem, sim, uma orquestra sinfônica. E o maestro é o pé direito.
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A mais emocionante
SANTA BÁRBARA (this is the last time / that I´ll show my face) - Não foi nenhuma das 41 vitórias de Senna (nem mesmo aquela, dramática, de Interlagos em 1991), nem a do Massa esse ano no Brasil. Pra mim, a vitória mais emocionante que já vi de um piloto na Fórmula 1 foi essa aí embaixo:
A primeira do Rubinho, na Alemanha, em 2000. O cara largou em 18o, andou na chuva com pneus pra pista seca. E levou. Não teve quem não chorou naquele dia.