Eu escrevo e te conto o que eu vi
Um blog sobre tudo e sobre nada.
Quem sou eu
- Nome: Creco
- Local: São Paulo, SP, Brazil
Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.
segunda-feira, julho 28, 2008
SÃO PAULO (deve ser algum mal-entendido) - Tem coisas que só acontecem comigo. Sexta-feira vim para o trabalho vestindo uma camiseta polo amarela da equipe Renault de F1. Depois de um dia intenso de trabalho, volto pra minha casa, para os braços de minha amada e prendada esposa (não antes de um belo banho).
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Usava eu uma mochila azul escura - que ganhei da CVC no pacote da lua-de-mel - de uma alça só. Entro no elevador, que sai do subsolo e pára no térreo. Entra um senhor de idade. Era por volta de 20 horas. Ele mede este pobre, magro e mequetrefe escriba de cima em baixo. E lança a pergunta:
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- Essa greve ferrou vocês né? Tão entregando carta até agora!
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Senti um sarcasmo no velho. Em outras palavras, ele queria dizer "se fodeu, petista! haha!".
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Juro que pensei numa resposta. Mas não veio a tempo antes que o elevador parasse no quarto andar. E até agora, não consegui elaborar uma.
quinta-feira, julho 24, 2008
Dercy é imortal, porra
SÃO PAULO (piiiiiiiiiiiiii!) - Dercy Gonçalves morreu. Todo mundo sabe, só o atrasado aqui tá escrevendo mais tarde sobre isso. Mas Dercy é imortal, porra. Ela faz parte de um grupo de pessoas que, creio, já nasceram velhas. Coloca aí a Glória Maria, Zagallo, Léo Batista, Cid Moreira, Glória Menezes, Raul Cortez (esse já foi, mas nasceu velho), Sílvio Santos, Keith Richards, BB King, e por aí vai.
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Parteira de Matusalém, Dercy apresentou seu amigo Adão à parceira Eva. E, à boca pequena, dizem que foi Dercy quem os introduziu ao pecado original. "É só uma maçã, porra!", teria dito.
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Dercy vivenciou a abertura do Mar Vermelho e teria gritado aos hebreus do Egito "Corre, putada!". Dizem que a música de Raul Seixas "Eu nasci há 10 mil anos atrás" seria inspirada na vida da atriz.
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Afinal, ela viu todos os papas, presenciou as duas guerras mundiais; viu o nascimento do futebol e o Brasil ser campeão mundial cinco vezes; estava lá quando do surgimento e da cura de várias doenças; sobreviveu à Peste. Mas... Sempre tem um porém: Dercy não viu o Corinthians ser campeão da Libertadores.
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No início era o verbo, veio Dercy e inaugurou o palavrão.
segunda-feira, julho 21, 2008
sexta-feira, julho 18, 2008
BuRRocracia
SÃO PAULO (telefone inútil!) - Odeio papelada. Odeio. De morte. Não consigo entender contadores e advogados na escolha pela profissão. Cara, como pode?! Tive que abrir empresa pra prestar serviços no meu atual trampo. Até aí tudo bem, porque tudo foi feito pelo contador de confiança do meu pai, um semi-parente que faz isso pra gente há muito tempo.
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Aí os caras da empresa me avisam que tenho de abrir uma conta jurídica. Puta merda. Mais essa. Logo eu, que ADORO papelada. Vou no Banco do Brasil, que é praticamente do lado da TV, aproveitar essa proximidade. Porque outra coisa que eu odeio é estacionar carro pra ir em banco.
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Aí vou ao banco. O cara me pede um monte de papelada. Trago tudo, cópias autenticadas. Tudo numa pasta, organizadinho da silva. No que o gerente vem e me diz:
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- Tem que ser original e cópia.
- Amigo, é cópia autenticada.
- Mas precisa do original.
- Mas amigo, se é cópia autenticada, é porque o tabelião do cartório tá confirmando que isso aqui é original.
- Mas tem que ser original porque eu autentico aqui.
(o tom de voz se altera)
- Você é tabelião? Você tem cartório?
- Mas é o procedimento do banco.
- Então amigo, foda-se o seu banco, sua autenticação e o seu procedimento. Vou abrir em outro banco.
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Porque eu ando sem saco e não levo mais desaforo pra casa.
quinta-feira, julho 17, 2008
1 ano
SÃO PAULO (muito há de ser feito) - Hoje faz um ano daquele acidente horrível com o Airbus A320 da TAM no aeroporto de Congonhas. Uma tristeza só. Foi um dia bem ruim, aquele. Era o meu último dia de trabalho na assessoria do SporTV, lá na Alameda Jaú, e desempregado a partir dali, voltava pra casa.
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Passei pelo local dez minutos antes do acidente. Chegando em casa, minha mãe me liga, desesperada, dizendo que tinha caído um avião em Congonhas.
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- Deve ter sido em Guarulhos, mãe, porque eu acabei de passar pelo aeroporto de Congonhas e não tinha nada!
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Aí ela entrou em desespero, e eu dizendo pra ela que era mentira, que nada daquilo tinha acontecido, até eu ligar a TV e cair sentado no sofá. Na hora liguei pra Cleber, em missão por Piracicaba, e avisei do acidente. "Bota na CBN, bicho! Caiu um avião em Congonhas!".
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E ele teve de seguir para o local do acidente. Passou 27 horas initerruputas lá, cobrindo a tragédia e acompanhando o governador do Estado. Fui buscá-lo no dia seguinte: o cheiro de seu paletó foi a coisa mais horrível que já senti na vida.
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Um ano depois, o que mudou? O prédio que não está mais no local, algumas poucas melhorias no sistema aéreo brasileiro, e as causas que ainda não foram completamente esclarecidas. Enquanto isso, as famílias esperam. Um ano depois, há corpos que sequer foram identificados.
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Fruto da ganância das empresas aéreas, do crescimento desordenado e do sistema em crise.
quarta-feira, julho 16, 2008
"Piguiça"
SÃO PAULO (será?) - O blog tem sido porcamente atualizado. Tenho trabalhado demais na semana anterior às corridas da GT3 e Fórmula 3. Além disso, chego em casa acabado, louco por uma boa janta sempre preparada por Viviane, a Doce Patroa, e louco para me esticar em meu confortabilíssimo sofá.
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Cabeça pra texto, ultimamente, tem me faltado. Aconteceram coisas muito legais nos últimos dias, como o teste que fiz num Porsche de corrida, o curso de pilotagem que comecei ontem, os projetos aqui na RaceTV, e por aí vai.
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Mas uma hora coloco tudo aqui. Afinal, esse blog serve pra eu escrever e contar o que vi.
quarta-feira, julho 09, 2008
terça-feira, julho 01, 2008
7 de Junho
SÃO PAULO (Bittersweet Symphony) - Os convidados cumprimentavam, os padrinhos conversavam, o cerimonial organizava, enquanto eu bebericava uma pequena dose de Ballantine's Finest 12 anos sem gelo e levava à boca alguns tic-tacs de cereja. Os padrinhos entraram, eu entrei e esperei.
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Então, ela apareceu. E tudo ficou em câmera lenta. Não enxergava mais nada, não ouvia mais nada. Só via a moça de branco. Engoli os tic-tacs e fui ao encontro dela. Maravilhosa, brilhava. Os detalhes do vestido, a tiara, os olhos, o sorriso.
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O pastor proporcionou a todos no salão meia hora de um lindo discruso de como deve ser o amor entre marido e esposa. Assinamos os papéis.
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Oficialmente casados.
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Um beijão na noiva, e era hora dos padrinhos cumprimentarem. Lágrimas. Ah, e foram tantas! Adriano, Luciano, meu irmão, meus pais, meus sogros... Lavei os olhos. A festança começou e eu ainda admirado com a beleza da noiva, agora minha mulher. Ficava bobo com o sorriso dela, o brilho que ela emanava pelo salão. Parecia até que tinha treinado pra isso.
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E dançamos. Ah, e como dançamos! Mas só até meus amigos me tomarem pela gravata e sairmos para arrecadar um dinheirinho. Só gente querida, que se alegrava com o nosso júbilo. São momentos que revivo todos os dias.
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Pena que festas acabam cedo.