Eu escrevo e te conto o que eu vi

Um blog sobre tudo e sobre nada.

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Local: São Paulo, SP, Brazil

Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

sexta-feira, março 31, 2006

Jack Bauer é meu pastor, e chumbo não me faltará!

AMERICANA (paulera, paulera!) - Depois de Chuck Norris, agora Jack Bauer, daquele seriado 24 Horas, aparece como o novo fodão do pedaço. Engraçado, eles realmente têm nomes de gente dura na queda. John Milles, por exemplo, não é um nome fodão. Cleber Bernuci, muito menos. Já pensou em algo como "Leonardo Di Caprio não mata. Trucida". Não, não... Só Jack Bauer rima com Black Power!

Então, acharam um site para o cara: www.jackbauerfacts.com. Algumas frases são novas, outras, usurpadas do Chuck Norris facts (www.chucknorrisfacts.com). Estão todas em inglês, mas me darei ao trabalho - em pleno expediente - de trazduzir algumas a este pequeno e seleto grupo que lê estas mal traçadas.

1-) Se todos em "24 Horas" seguissem as ordens de Jack Bauer, o seriado se chamaria "12 Horas";

2-) Jack Bauer uma vez esqueceu onde ele tinha deixado suas chaves. Ele passou meia hora se torturando até que ele obtivesse essas informações;

3-) Quando Kim Bauer, sua filha, perdeu a virgindade, Jack Bauer foi atrás, achou-a e colocou-a de volta;

4-) Se você está segurando uma arma para a cabeça de Jack Bauer, não conte até 3 para atirar. Conte até 10. Isso vai lhe dar mais 7 segundos de vida;

5-) Depois de ouvir que Jack Bauer era interpretado por Kiefer Sutherland, Jack Bauer matou Kiefer. Ninguém comanda Jack Bauer;

6-) Se você acordar de manhã, é porque Jack Bauer poupou sua vida;

7-) Não adianta chorar pelo leite derramado. A não ser que o leite era do Jack Bauer. Aí você está ferrado;

8-) 1 bilhão e meio de chineses estão nervosos com Jack Bauer. Parece uma briga justa;

9-) Quando o Google não pode achar alguma coisa, ele pede ajuda para Jack Bauer;

10-) "Procurando Nemo" seria bem mais excitante se Jack Bauer estivesse procurando por ele;

11-) Jack Bauer uma vez tirou queda de braço com o Superman. O combinado era que o perdedor teria que usar a cueca sobre as calças;

12-) Jack Bauer conseguiu escapar da ilha de "Lost" em 24 horas;

13-) Jack Bauer já esteve em Marte. Por isso não há vida naquele planeta;

14-) Jack Bauer não tem amigos. Quando criança, ele brincava de polícia e ladrão, e quem era o ladrão era interrogado e morto;

15-) Após ficar sem munição, Jack Bauer ficou na linha de fogo, levou três tiros no peito e usou as balas para recarregar sua arma. E matar a todos;

16-) Jack Bauer nunca erra. Se ele não te acertou um tiro, é porque ele queria acertar um terrorista que estava a quilômetros de você;

17-) Quando garoto, Jack Bauer interrogou seus pais na Páscoa. Ele descobriu onde estava cada ovo escondido e o que continham;

18-) Jack Bauer dorme com uma arma sob o travesseiro. Mas ele pode te matar somente com o travesseiro;

19-) Matar Jack Bauer não faz dele um morto. Só aumenta sua ira;

20-) Nunca ouviu falar de Jack Bauer? Talvez você o conheça por seu apelido: Deus;

21-) Quando Chuck Norris e Jack Bauer estiveram juntos em uma sala com 100 pessoas, o evento foi denominado "O Holocausto";

22-) Jack Bauer não teme a morte. A morte teme Jack Bauer;

23-) Popeye come o espinafre e joga a lata fora. Jack Bauer joga o espinafre fora e come a lata;

24-) Jack Bauer escalou o Everest vestindo camiseta e uma bermuda. No inverno.

quarta-feira, março 29, 2006

Acerca do decote (ou dentro dele)

AMERICANA (eu comemoro quando acaba a luz) - Perguntaram-me uma vez: qual é a primeira parte que você olha em uma mulher? Quem diz cabelo, o olhar, as mãos, o rosto, é hipócrita. Mentiroso deslavado. Levem-no à forca, ao pelotão de fuzilamento. São dois os lugares primordiais do destino dos olhos de um homo sapiens (ou erectus), do espécime macho: 1-) a bunda; 2-) o decote.

Sim, o decote. A bunda é a preferência nacional. Mas eu prefiro um decote. Não precisa ser peituda, mas também não pode não ter nada. Decote é poder. Mede-se muito da atitude de uma mulher, seu poder, pelo seu decote. Diga-me o tamanho do teu decote, e eu te direi quem és, criatura.

Um ímã para os olhos masculinos. Mas não pode encarar. É muito descaramento. Tem gente que não conversa com a mulher, conversa com o decote. Isso é feio, uma situação constrangedora para ambos. Se a mulher bota a mão na frente do decote, é porque você, seu descarado, não tira os olhos dos peitos da donna. Calma aí, cara pálida, controle-se.

Tem mulher que deixa um decotão escandaloso. Eles variam com o tamanho dos seios. Tem os empinados, os comportados, os espalhafatosos, os santos... Gosto mais dos comportados, com um quê de promiscuidade. É a medida ideal, independente do tamanho dos, digamos, peitos.

Enfim, como decote também é cultura, segue abaixo um histórico deste artifício tão embelezador. Material da revista TPM, que li hoje à noite. Decote, repito, é cultura, mas que às vezes dá vontade de meter o dedão ali no meio... Ah, isso dá. Há que se conter.


Por Ariane Abdallah e Debora Rocha

Nem sempre a conotação do decote foi a que entendemos hoje. O primeiro da história surgiu em Creta, antiga Grécia. Totalmente funcional, deixava os seios à mostra para facilitar a amamentação. Ao longo dos séculos, foi e voltou em diferentes formas, refletindo contextos socioeconômicos mundiais. Entenda a trajetória e as influências do polêmico recorte nos últimos cem anos.

Década de 10 Na belle époque as mulheres freqüentam, além de teatros e óperas, cinematógrafos, e a moda se inspira nas estrelas hollywoodianas. O decote, usado apenas à noite, se acentua e sensualiza. Há um surto de sífilis no Brasil e mulheres contaminadas preferem a gola para esconder as marcas na pele, um dos sintomas da doença.

Década de 20 Com os homens na guerra até o fim da década anterior, a mulher ingressa no mercado de trabalho e assume essa independência. Sem conotação erótica e por influência do movimento art déco, a maioria dos decotes é quadrada. As roupas em geral não valorizam as curvas femininas (achatam os seios, por exemplo).

Década de 30 Com a crise mundial causada pela queda da Bolsa de Valores de Nova York, não ocorrem mudanças drásticas na moda. Mas há a negação do que estava em vigência, o decote passa para as costas e a mulher volta a valorizar suas formas.

Década de 40 Iniciada a Segunda Guerra Mundial, o decote praticamente inexiste. As roupas seguem linha militar, são sérias e masculinas.

Década de 50 Com o fim da guerra, o “new look”, lançado por Christian Dior em 47, inspira a feminilidade e entra na moda o decote romântico nos formatos princesa, arredondado, V, e, principalmente, tomara-que-caia.

Década de 60 Essa foi a década da emancipação jovem e da negação do envelhecimento, representada pelo rock’n’roll e por movimentos de contracultura. É a vez do vestido tubinho e do decote quadrado e redondo.

Década de 70 A moda reflete o movimento hippie e a liberação sexual. Os decotes migram novamente para as costas e surge a frente única.

Década de 80 A mulher começa a competir com o homem no mercado de trabalho. O decote acentuado em V aparece nos paletós de tailleur.Décadas de 90 e 00 Decotes de todos os tipos (V, redondos, quadrados, tomara-que-caia, frente única etc.) refletem a sociedade permissiva em que vivemos, que prega direitos iguais entre homens e mulheres. Valoriza-se a customização e a releitura de modas passadas. A novidade é a tecnologia têxtil.

Fonte: João Braga, professor de história da moda da FAAP

segunda-feira, março 27, 2006

Um instante de tédio

AMERICANA (back to reality) - Estou com tédio hoje. Tédio com T maiúsculo. Não sei, parece que as coisas voltaram à normalidade. Uma normalidade surda. Eu tô cansado, na realidade. Eu queria tanta coisa, mas também fiz muita coisa que quis. Eu tenho muita coisa. Acho que até demais, às vezes. E tudo que é demais enjoa. Por isso, vi esses versinhos toscos, achei a cara deste blog e resolvi colocá-los neste espaço.

O peito em chamas
O coração em coma
Quem mandou amar tanto
Agora segura a onda
Agora segura o pranto
Esquece teu lado ateu
E sei lá...
Ora, quem sabe
Ora que melhora
Pede a Deus um amor só teu
Mas não sei se vai dar tempo
A vida tem muita pressa
A vida te dá e te tira muito depressa
A vida faz isso à beça
A vida trapaceia
Põe uma pedra no teu caminho
Você não vê
E tropeça

domingo, março 26, 2006

Ai, como eu queria...

CURITIBA (PR) (outro Jack-Cola, p-l-e-a-s-e) - Eu queria muito, muito mesmo, tirar da cabeça a tristeza nostálgica das coisas que não deram certo, porque o destino não quis, ou porque errei, ou porque eu não quis antes e agora quero de volta. Eu queria abrir um pub com meus amigos mais chegados, eu queria muito falar francês decentemente, eu queria um Stilo Schumacher, eu queria fazer um treininho que fosse com um carro de Fórmula 3, eu queria meu kart de volta.

Eu queria meus CDs do Los Hermanos, eu queria que o Senna estivesse vivo e que os Mamonas ainda estivessem na estrada. Eu queria passear com a minha Akita, eu queria um colchão de molas (ou d'água!), uma cama de casal, a coleção de DVD dos seriados Friends, ER e Sienfield, eu queria um paletó risca de giz, eu queria ganhar três gravatas e um celular com MP3. Eu queria me arrepender só das coisas que eu não fiz.

Eu queria o colo da minha avó que mora longe, eu queria ficar falando de jornalismo com o meu primo que é professor e também mora longe. Eu queria morar longe pra talvez ficar perto desse povo todo. Eu queria passar frio em Rosário. Eu queria ouvir um bolero triste sentado numa cadeira velha lendo Gabriel García Marquez.

Eu queria um amor que me fizesse dormir com cafunés ou massagem nos pés. Eu queria um amor pra que eu levasse o café na cama. Eu queria um amor pra me esfregar as costas no banho. Eu queria caber esticado em uma banheira. Eu queria jogar tênis bem melhor do que jogo. Eu queria aprender a sacar. Eu queria aprender a não ser tão transparente. Eu queria falar devagar e agir rápido.

Eu queria te beijar na boca bem devagarinho lambendo os lábios primeiro, depois dar uma mordidinha leve, pra depois cheirar suavemente o teu pescoço.

Eu queria saber fazer todos os solos de guitarra do Oasis. Eu queria tocar gaita. Eu queria não ter astigmatismo. Eu queria fazer sexo a noite inteira sem me preocupar com nada. Eu queria não ter preguiça, eu queria estar na oitava série de novo, eu queria conhecer meu bisavô que não esperou mais quatro meses para que eu viesse ao mundo. Eu queria ter o que necessito, não o que quero.

Eu queria ver neve, fazer bolas e jogar na cara de alguém, fazer um boneco. Eu queria construir um castelo na areia, um carro de corrida. Eu queria que minha sobrinha fosse ainda mais grudenta comigo. Eu queria ter mais massa muscular. Eu queria que meu pai emagrecesse, porque já começou a ter problemas na coluna. Eu queria cobrir um mundial de Fórmula 1. Eu queria cobrir uma guerra.

Se alguém aí tiver alguma coisa que quero, por favor, me procure.

Do resto, tenho tudo que quero.

Boas companhias ajudam

CURITIBA (PR) (me vê um Jack-Cola, por favor?) - Tudo corria bem até as 13 horas de sábado.

Aí choveu.

A corrida de sábado foi cancelada, aí fomos embora pro hotel. Curitiba está com os hotéis lotados. Está havendo um festival internacional de teatro e parece que tem uma galera da ONU na cidade também. Por isso, minha condição no hotel em que estou é, digamos, clandestina.

Assim que cheguei, na sexta, me deparei com uma cama - se assim pode ser chamada - feita no chão, com uma almofada fina e dois cobertores dobrados um sobre o outro. Demorei a pegar no sono. Seis horas e já tava todo mundo de pé pra ir ao autódromo.

Jantamos, e tal. Meu amigo Bruno, de Americana, mora aqui com a namorada Jose, uma moça muito bonita e gente fina, por sinal. Como já estou acostumado a servir de bobo-da-corte para casais (sou o único solteiro na minha turma), foi uma ótima companhia o ilustrado casal.

Fomos a um bar mexicano daqui, muito bom. Ela tinha acabado de chegar da Alemanha e tava cheia de novidade pra contar. Foi legal o papo com eles. Comi uma costeleta de porco com molho barbecue que estava de lamber os dedos (eu já tinha jantado no hotel, filézão de abadejo).

Ali, naquele bar, eu tomei quatro Jack-Cola (pra quem não sabe, é uísque Jack Daniels com Coca-Cola... Excelente pedida). Fui embora normal (tinha muito gelo). Bebi pra esquecer onde eu teria que dormir... Aí foi chegar no quarto, tirar a roupa e cair em cima do amontoado que fizeram para mim.

Dormi o sono dos justos.

sábado, março 25, 2006

Ê Paranazão...

CURITIBA (PR) (castanha, côco ou frutas?) - Sim, senhoras e senhores, estou de volta ao maravilhoso mundo das corridas. Curitiba, Paraná, cidade bonita, planejada, limpa, onde os motoboys param atrás dos carros no semáforo e tem loira de tudo quanto é lado. Tempo nublado, meio doido, chove, esquenta, chove, abre, fecha, e a gente aqui criando mofo...

Curitiba, Paraná, cidade pra onde eu quero me mudar quando ficar de saco cheio de tudo e de todos, ou quando ficar velho. Pode ser Porto Alegre também, mas Curitiba tem um algo a mais, sei lá. Enfim, vim de avião. Gol. Acho que só peguei TAM três vezes na vida. É bom que tem um lanchinho sarado. De Gol não. É tudo light. Vem o serviço de bordo e a moça (sempre bonita) oferece: "castanha, côco ou frutas?". Broxante, admito. Barra de cereal, meu?! Pô!

Ainda bem que tinha um amendoinzinho... Mas sem cerveja. Guaraná e gelo na veia.

Engraçada foi a cena na sala de embarque. O avião atrasou em uma hora, e já tinha gente dando piti com os funcionários da empresa. É sempre o mesmo naipe de perua: roupas de patricinha, jaquetinha clara, calça jeans com penduricalhos e uma bota de couro (combinando com a jaquetinha) e um salto DESSE tamanho. Engraçado que é sempre morena baixinha com cabelo alisado pela chapinha, ou pela escova japonesa. Nada contra morenas baixas (meu primo até tinha uma tara por esse tipo, mas gosto é gosto), que fique claro aqui.

Brincão de argola e a voz esgarniçada. Irritante. E sempre com o namorado bolha do lado, sem abrir a boca e cara de trouxa, com a mão no ombro dela (mão no ombro da mulher é pose de corno. Se você faz isso com sua respectiva, pare já. Ainda dá tempo de ninguém perceber).

Enfim, passei perto de uma funcionária da Gol, que já tava meio puta com a mulher com voz de taquara rachada. Passei ao lado da funcionária e cochichei: "manda ela ir de Viação Cometa". Ela começou a rir e aí que a morena perua ficou mais emputecida...

Bom, é isso. O hotel é bom, mas isso eu falo depois, porque já deu uma merda logo que entrei no quarto... Esse fim de semana vai ser assim: posts novos a todo momento, sempre narrando as peripécias curitibanas. Vão lendo acima que vou colocando mais bobagens.

Inté.

quinta-feira, março 23, 2006

Um grito no vácuo

AMERICANA (what the hell is going on?) - Pô galera! Cadê todo mundo? Vamo comentá, ô da poltrona! A alegria do blogueiro é o comentário.

Então, pípol, p-l-e-a-s-e. My ego needs air...

Vamos combinar que este blog já viu dias melhores. Tudo bem, minha culpa, total. Talvez por preguiça ou quem sabe porque as coisas que povoam a minha cabeça são íntimas demais para o escrutínio público. Eu sei, vocês já são de casa, não teria porque eu usar a palavra "escrutínio".
Enfim, eu tenho pensado muitas coisas.

Aquela angústia profuuuuuuuuuuuunda, sabe? Aquele vazio existencial, aquela distância, aquele exílio sentimental, aquela superficialidade revestida de palavras bonitas. Eu cansei disto tudo.
Pode ser que a hipocrisia sintomática que acomete este país esteja me drenando as esperanças, cansando a beleza mesmo. Se é que algum dia eu tive uma.

Pode ser (e isto é teoria de muita gente) que eu esteja precisando de - perdoem o baixo calão - uma boa trepada para deixar de pensar besteira. Ou simplesmente (poupando o baixo calão) de uma boa noite de sono. Pode ser, e eu não duvido nada, que a minha cabeça esteja sempre no lado oposto da fronteira e de lá eu só observe, sem nunca cruzar a linha.

Pode ser.

Na hora em que estou trabalhando, meus amigos vêem DVD na casa da namorada ou tomam cerveja em um alegre happy-hour. Felizes os que passam o cartão com a tarde ainda a raiar, pois deles será o reino da boemia. Já disse isso no outro blog.

Tô cansado, estressado, tomando um café horrível aqui na redação, com fome, ouvindo um jogo do Parmera. O ar-condicionado está fraco, estou com calor, mal-humorado, com dor no joelho direito, um par de olheiras m-e-d-o-n-h-o e sonhando com minha caminha com dois travesseiros e o edredozinho azul-calcinha surrado.

Trocando em miúdos. Tô de saco cheio. Só isso.

The radio plays...

AMERICANA (do you want to?) - ...

When I woke up tonight I said I
I'm gonna make somebody love me
I'm gonna make somebody love me
Now I know, now I know, now I know
I know that it's you...
You're lucky lucky, you're so lucky!
Well do ya, do ya, do you wanna?

quarta-feira, março 22, 2006

Reflita

AMERICANA (quase gol do Tigres!) - Duas frases que li num blog (depois que passei a escrever em um, comecei a ler vários. E tem muita gente boa. Cada texto!) que achei reais e engraçadas. O que nos leva a concluir que real + engraçado = sarcástico. Meu estilo predileto.

Seguem abaixo:

Comédias românticas são perigosas. Nos fazem acreditar em coisas que não existem.

O amor só convém aos que não são capazes de suportar a pressão psíquica. Pois amar é nadar contra uma correnteza de mijo com dois barris cheios de merda amarrados nas costas.

Realmente. Amar é como andar sobre uma extensa camada de estrume. Bêbado.

Por isso que é bom.

Putz...

AMERICANA (são as águas de março fechando o verão) - Um cavalo derrubou o Christopher Reeve - o Superman - e o deixou tetraplégico, respirando com dificuldades, se alimentando com dificuldades, falando com dificuldades. Acabou morrendo dez anos depois.

Hoje fui obrigado a ver um jogo do Curíntia aqui no jornal. Galvão Bueno narrando.

Mas a culpa não é do pobre (?!) narrador, É DO CAVALO QUE NÃO DERRUBOU DIREITO!

Merda, nem o Superman sobreviveu! Será que o Galvão tem um pacto com o tinhoso?

Como diz minha mãe, vaso ruim não quebra, meu filho.

Nada como a sabedoria materna...

segunda-feira, março 20, 2006

Como é bom...

AMERICANA (ai meus ombros) - Fim de semana. Francês cedo, almoço ao meio-dia, trampo à tarde. Passar o cartão para ter decretada a diversão do fim de sábado. Banho, barba feita, perfuminho no pescoço, mala pronta, carro com pressa.

Aventura à meia-noite. Um bote, seis pessoas descendo um rio lotado de pedras e corredeiras sob a luz da lua cheia. Companhia agradável. Ela meio que se achando louca de estar ali. Eu com a certeza dela ser louca de estar ali. Todo mundo molhado e deslumbrado com o visual que a imensa bola branca pendurada no céu confere refletida no rio.

A lua cheia é dos apaixonados. Mas dos aventureiros também. Um lanche, duas cervejas, sítio, casinha bonitinha. Chuveiro quente, cama aconchegante. Quatro travesseiros, edredonzão fofo, móveis coloniais. Dois criados-mudos. E surdos. Candelabro com vela de um lado, incenso do outro. Lights off, candles on. Good night. Noite boa. Lua cheia.

Manhã preguiçosa, banho demorado, café da manhã colonial reforçado e eu esfomeado. Quedas, cachoeiras, jardins, florzinhas laranjas na beira do caminho. Estrada, vidro aberto, ventão na cara, mão dada, música boa, braço pra fora e ray-ban na cara.

Eu precisava desse fim de semana. E quero mais.

sábado, março 18, 2006

Um imigrante da subjetividade

AMERICANA (eu tinha que fazer isso) - Até o sono passou. Tô morto, cambada. Porra, sabadão, e eu aqui na Redação. Ontem foi foda. Entrei às 10 da matina e saí à 1 da matina. Acordei às 7h pra ir na aula de francês e ficar ouvindo o Phill Colins fazer biquinho na trilha sonora do Tarzan. Foda. Mas legal.

Almocei. Na verdade, comi como um padre. Um padre oriental, diga-se. Entopido de sushi, sashimi, salmão, rolinhos primavera e coisas do gênero. E vim pro jornal. Tenho dois jogos para cobrir hoje, mais uma outra matéria do esporte. E tô caindo pelas tabelas.

Eis que a editora plantonista me dá uma pauta, escrito de caneta rosa CLEBER - FAÇA ESSA PAUTA + OS JOGOS. Tá bom. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Olho a bagaça, que se segue:

EVENTO ARTÍSTICO SOBRE A QUESTÃO DA MULHER

Santo absorvente, Batman! Que questão da mulher? QUE QUESTÃO?! Existe coisa mais vaga e subjetiva? Tudo bem, deve ter artes no meio, senão não seria artístico. Mas, puta merda, vamo colaborá, ô da poltrona!. Estão tão atrasadas que ainda estão comemorando o Dia da Mulher!

Falei com a editora:

- Que raios é isso de questão da mulher? Que coisa mais vaga!
- Pois é, mas você entende do universo feminino.
- Ãhn?
- É.
- É o quê?
- Você entende do universo feminino.
- De novo. Ãhn?
- Você não sabe, mas eu leio o teu blog.
- E o que tem de tão especial?
- Teve o artigo da casa da sua avó e vejo o que você escreve sobre mulheres.
- Ãããhn... Mas eu só coloco baboseira, às vezes o que acho e o que sinto.
- Ótimo. Tô te dando a oportunidade de colocar isso no jornal.
- Ãããhn...

Vou lá. Deixa eu chamar o fotógrafo e pegar meus óculos.

sexta-feira, março 17, 2006

Fuck Ronald!

AMERICANA (comi pra caramba. E não foi McDonald's) - Cada uma que a gente tem que ler. Ronald McDonald estava em um hospital escocês animando as crianças doentes. Pô, puta iniciativa legal, né mesmo? Só que o cara foi expulso do hospital. Por quê? Leia na matéria logo abaixo. O texto veio do Invertia, do Terra.

Ronald McDonald, personagem-símbolo da rede de fast food McDonald's, foi expulso de um hospital da Escócia onde trabalhava para alegrar crianças doentes internadas na instituição.

O Raigmore Hospital, localizado em Inverness, considerou que era "inapropriada" a distribuição de tickets de vale-lanche aos doentes. "Parecia que o hospital estava promovendo esse tipo de alimentação nada saudável, enquanto nós médicos tentamos justamente combater os efeitos desses hábitos", afirmou a pediatra Eleanor Scott. "Distribuir esses tickets é tornar a bomba da obesidade ainda mais explosiva", completou.

"Eu aprecio a iniciativa do McDonalds de gratificar as crianças que muitas vezes estão passando por muita dor e por procedimentos médicos dolorosos", afirmou Garry Coutts, diretor do hospital. "Mas há outros meios de se fazer o mesmo", endossou.

The Gig

AMERICANA (sexta-feira. Eba!) - Quarta-feira realizei um sonho. Vi um show do Oasis. Todo mundo fica aí pagando pau pro U2 e o bom-caratismo-politicamente-correto de Bono Vox e sua turpe e se esquece que o negócio é rock'n roll. Tá bom, o som dos caras também é ducaralh..., mas como disse certa vez Noel Gallagher, "se eu tivesse de ser responsável, eu seria padre, não líder de uma banda de rock. Aliás, um padre que faria boas músicas". Ou enfiava logo o pé na jaca, como Liam, dando de ombros com um I don't give a shit.

Enfim, rock'n roll. Começou tudo no horário previsto, mas antes, eu queria descrever a epopéia que eu, Ganso, Ana, Talita e Matheus nos submetemos até chegar ao estacionamento do Credicard Hall, em Sumpaulo.

13h30 - Entrei no jornal, riscando o cartão no mesmo horário de sempre. Só que com muuuuuuuita pressa, pra acabar rápido e chispar pro show.

15h - Tô na rua com o fotógrafo cumprindo três pautas. Liga repórter daqui, de lá, tudo precisando do cara ou pedindo pra passar em tal lugar só pra fazer uma foto. Eu atendia o celular dele e dizia: "Na boa, hoje não dá, eu tenho que sair dessa merda até no máximo as 17h30. Se fosse qualquer outro dia, eu faria com prazer". Quando tô com pressa, eu viro um monstro.

16h - Terminando de apurar treinos, fazendo ligações, escrevendo algumas coisas e deletando e-mails do tipo "aumente sua performance sexual".

16h30 - Reunião de pauta: checagem de andamento da coisa. Nada demais. Só meia hora pra me atrasar mais ainda.

17h30 - Ganso me liga:
- Tá acabando?
- Tô escrevendo uma e faltam duas.
- Olôco!!!
- Não, cara. É só escrever, já tá tudo apuradinho.
- Então acelera, bicho.
- Adeus.

18h30 - Consegui sair do jornal.

Aí choveu.

Saí debaixo de um belo toró em direção à casa do Ganso. Eu ia com o meu carro e ele, com o do pai dele, um Vectra. Na estrada, indo pra casa da namorada dele, eu estava a 80 por hora e abria distância. Pensei: "cacete, esse filho da mãe não tá com pressa?". E liguei no celular dele pra dar aquele esporro. "Cara, o carro tá falhando, tá acendendo a luz da injeção eletrônica!".

"Ainda bem que é um Vectra!", ironizei. Aos trancos e barrancos, chegamos à casa de Ana e eles pegaram o carro do irmão dela. A chuva parou e pisamos fundo pela Bandeirantes rumo a Sumpaulo. Marginal Pinheiros ok, trânsito flui devagar, mas flui, ok.

Ponte do Morumbi. Parou tudo. A bagaça começava às 21 horas, achávamos. Conseguimos estacionar às 20h45. Ignoramos a fila, cortamos bonito (com a desculpa de sermos do interiorrrr. Nóis semo do interiorrr, mais nóis não semo trôxa! hehehe) e entramos no Credicard Hall exatamente às 21 horas. Sem fila nem nada. E de pensar que tinha trouxa na fila do bagulho desde às 7 da manhã...

22 horas, apagam as luzes e começa Fucking In The Bushes, a galera grita e os caras entram no palco. E já embalam com Turn Up The Sun pra galera pular. Todo mundo extasiado, babando nos acordes de Noel. O cara destrói na guitarra.

Aí choveu.

Bem na segunda música, Lyla. Mas foi ótimo, foi pra lavar a alma. Depois, outras que não me lembro a ordem. Algumas épicas, como Masterplan, Champagne Supernova. E as que eu mais esperava por ser rock'n roll puro: Cigarettes And Alcohol, Rock'n Roll Star e o cover do The Who, My Generation.

Uma observação sobre Cigarettes And Alcohol. Jamais notei desvantagem alguma em ser alto. Tenho 1,90m, só que nesse show, muita gente tirou proveito da minha altura. Vira e mexe alguém me cutucava: "Moço, você me levanta?". E eu, tontão, levantava a mulherada. E nessa música, foi a primeira guria que eu levantei e era a música que eu mais queria pular. A mina quase ficou doida lá em cima, e eu pulando com a mina no meu ombro.

No bis, Supersonic, Don't Look Back In Anger, e My Generation, pra acabar com tudo. Muito loco. Fomos embora de alma lavada.

Puta show galera, puta show.

quinta-feira, março 16, 2006

Definições da TPM

AMERICANA (depois falo do show) - Para quem se relaciona constantemente e intimamente com o sexo feminino sabe que existem dias do mês em que basta um homem abrir a boca para ficar com sua vida por um fio. Esse é um guia útil, seguro, e que deveria estar sempre à mão, na carteira de todos os maridos, namorados, amantes, ficantes, amigos coloridos e coisas do gênero.

Memorize. É para sua própria segurança.

FRASES E PROCEDIMENTOS PARA SOBREVIVER A UMA MULHER COM TPM:

PERIGOSO: O que tem pro jantar?
SEGURO: Posso te ajudar com o jantar?
SEGURÍSSIMO: Onde você quer ir pra jantar?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Você vai vestir ISSO?
SEGURO: Nossa, você fica bem de marrom!
SEGURÍSSIMO: Uau! Tá uma gata!
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Tá nervosa por quê?
SEGURO: Será que não estamos exagerando?
SEGURÍSSIMO: Vem, deixa eu te fazer um carinho.
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Será que você devia comer isso?
SEGURO: Sabe, ainda tem bastante maçã.
SEGURÍSSIMO: Quer um copo de vinho pra acompanhar?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: O que você fez o dia todo?
SEGURO: Espero que você não tenha trabalhado demais hoje.
SEGURÍSSIMO: Adoro quando você usa esse robe!
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.


Considerações e algumas definições para TPM:
- Todos os Problemas Misturados;
- Tendências a Pontapés e Murros;
- Temporada Proibida para Machos;
- Tocou, Perguntou, Morreu;
- Tente no Próximo Mês;
- Tendência Para Matar.

Tenha-o sempre à mão. E boa sorte com a mocréia.

terça-feira, março 14, 2006

Só pra constar...

AMERICANA (tô contente pra burro!) - Ontem, enquanto eu escrevia sobre minhas manias, eu tentava me lembrar de duas que eram o principal motivo daquele post. E acabaram no ostracismo, porque o burro aqui esqueceu mesmo. Eis que me lembrei, hoje, tomando uma Coca-Cola choca. Pra quem não sabe, Coca choca é o refri que já tá sem gás há um tempão. Eu simplesmente A-D-O-R-O-!

Sempre tive inveja da incrível capacidade de arrotar dos meus amigos. Eu não sei, eu não consigo arrotar. Não sobe (o arroto!). Até quando eu namorava, passava vergonha. A guria soltava cada um de deixar a gente roxo. Podem chamá-la de porca. Eu me divertia e achava aquilo o máximo. Só que ficava aquela imagem do namoradinho-sensível-boyzinho-bichinha-filhinho-da-mamãe-que-não-sabe-arrotar.

(Um parêntese: alguém disse que mulher não pode arrotar? Tudo bem, não no primeiro encontro. Mas depois de alguns anos de convivência, não há o que esconder. Se gosta, gosta. Se não gosta, vai embora. Simples assim. Fecha o parêntese)

E, como não arrotava, o gás ficava preso. E dava aquelas dores de barriga horríveis. Obivamente, saía por outro lugar. E às vezes é melhor aturar o cheiro da jaula do urso de um arroto (ou "a geladeira aberta"). Nunca fui muito fã de refrigerante. Sempre gostei mais de suco. E garapa (caldo de cana). E olha que meu pai vive de vender refri. Em casa de ferreiro, o espeto é de pau. Só topo o refrigerante misturado com alguma coisa alcoólica. Coca com Rum e limão, essas coisas...

Então, o que faço quando me deparo com um copão de Coca-Cola? Simples. Parece até criança, mas tem gente que já disse que fofo!: eu pego um garfo e mexo o conteúdo até sair todo o gás. Fica T-O-T-O-S-O-! Se tem muita gente, é um evento formal, eu dou um H, coloco gelo, vou só balançando o copo, ou despejo o refrigerante bem devagar no copo, que é pro gás sair.

Outra coisa: nunca fui de usar agenda, apesar de todo ano ter uma para preencher nome, endereço, RG, tipo sangüíneo e o telefone de quem chamar caso te encontrem morto. Na escola eu não usava. Os dias de prova eu tinha tudo marcadinho na memória. Na cuca, não no computador. Até porque a escola obrigava a gente a comprar uma que era vendida lá, e era horrorosa.

E todo ano eu começo usando a agenda com uma religiosidade xiita. Mas logo largo. A minha deste ano morreu no dia 15 de fevereiro.

Ano passado, usei minha agenda como caderno de anotação de entrevistas e matérias. Era meu bloquinho, em resumo. A deste ano ainda não teve esse fim. E não quero que tenha. Poxa, a coisa tá feia. Ando atarefado até as ventas. Muita coisa pra fazer. Muita. Então, vou ter que tirar a poeira dela e começar a usar de novo, porque a idade vem chegando e já começo a me perder.

Antes eu conseguia guardar tudo na caxola, agora não tá dando não...

segunda-feira, março 13, 2006

Pitacos esportivos...

AMERICANA (e o calor se dissipa...) - Como já disse, a Fórmula 1 voltou e me tirou dessa secura que já durava quatro meses. Tudo bem que nesse meio tempo me diverti vendo rali, Stock Car, Fórmula 3, Fórmula Renault e até corri de kart. Legal. Mas não tem nada como a F-1. Então, hoje venho, através, deste, dar minha opinião (que não conta nada) sobre o final de semana.

1. Gostei da abertura da temporada, um novo e bom sistema de treino classificatório. Foda foi o Schumacher igualar a marca de Ayrton Senna nas pole-positions. Entretanto, um adendo: Senna marcou 65 pole-positions em dez anos de carreira na F-1. Schummi está lá há 15 temporadas.

2. Juvenil a rodada de Felipe Massa ao tentar passar Fernando Alonso. Mas o moleque já mostrou a que veio. Outra coisa interessante: ele teve o azar de ficar 46 segundos parado no box com um problema na roda. Se fosse o Rubinho naquele carro, neguinho já ia dizer "começou a sacanagem"...

3. Falando em Rubinho. Coitado, o cara ficou sem a terceira marcha e camelou a corrida toda. Só que foi inteligente o bastante pra continuar e entender melhor o carro. Na próxima vai estar melhor, com certeza.

2. Hahahaha, São Paulo 2 x 1 Corinthians. Rogério Ceni ainda catou um pênalti. Chuuuuuuuuuuuuuuuuupa curingão!!!

3. Em toda história, é o 14º técnico que o Tricolor derruba após vencer o Corinthians. Antônio Lopes foi a última estatística. Foram quatro treinadores em cinco anos. Que venha o próximo clássico e a próxima demissão. A verdade é, filhinhos, que o meu tricampeão mundial ganhou mais um TRI: Triturador de técnicos corintianos.

4. Sabe o que eu achei de toda essa história? Achei foi pouco! Hahaha!!!

5. Onde o Ronaldinho Gaúcho viu o Larson pra enfiar aquele passe?! O cara tinha os volantes à frente e ainda a zaga pra dar sapatada caso passasse. Mandou uma bolinha rasteira na medida pro atacante do Barça fazer o gol de honra.

6. Sebástien Loeb, o Schumacher do Mundial de Rali, venceu no México. O cara está de equipe independente, sem respaldo de montadora. Ainda assim, deixa o restante comendo poeira... Allez Loeb!!!

7. O meu Rio Branco, aqui de Americana, foi lá em São José do Rio Preto e meteu uma sapatada do todo-empolgadinho América (que tinha colocado 4 a 1 no Palmeiras em pleno Palestra Itália, né Ganso?). 2 a 0, fora o show de bola.

8. Meu primo é louco. Todo sábado, religiosamente, ele se junta a outros de sua estirpe e fazem 150 quilômetros de bike. Todo santo sábado. Vá ter disposição assim a 150 quilômetros daqui...

9. Saindo um pouco do esporte: um cara na Noruega reclamou que da torneira da pia dele começou a sair cerveja em vez de água! Foi um rolo de um encanamento perto de uma cervejaria, acho. Só ouvi o buxixo aqui na Redação, não li a matéria. Deus bate à porta das pessoas e elas não se ligam mesmo!

10. Morreu o Slobodan Milosevic, né? Aquele ditador sanguinário e genocida da ex-Iugoslávia. Morreu envenenado. Irônico o fato de Milosevic e Saddam Hussein estarem sendo julgados com George W. Bush, um maníaco até pior que ambos, à solta. Bom, para o bem de todos, foi-se outro genocida. Tomara que tenha morrido d-e-v-a-g-a-r-i-n-h-o. Agora, vai tomar uns conhaques com Hitler. Que arda no fogo eterno do inferno.

sexta-feira, março 10, 2006

Chuck Norris facts...

AMERICANA (esse cara é foda) - Outro dia eu estava em São Paulo, no apê do Cabeça, e ficamos dando boas risadas vendo o site Chuck Norris Facts (www.chucknorrisfacts.com), que tem uma série de frases dizendo o quão foda é o cara. Realmente. Chuck Norris é o cara. E não se atreva a mexer com ele, porque ele sempre estará preparado para lhe dar um roundhouse kick no meio da sua cara. Chuck Norris é a morte, e está a sua espreita. Hehehe... Segue a lista de frases:

01 - As lágrimas do Chuck Norris curam câncer. O problema é que ele não chora nunca. Nunca!

02 - Chuck Norris não dorme. Ele espera.

03 - Chuck Norris está atualmente processando a NBC. Ele alega que "Lei e Ordem" são os nomes patenteados para suas pernas ("Lei" a esquerda, "Ordem" a direita).

04 - Se você pode ver Chuck Norris, ele pode ver você. Se não pode ver Chuck Norris, você pode estar perto da morte.

05 - Chuck Norris contou até o infinito. Duas vezes.

06 - A última página do Guiness (livro dos recordes) diz em letras miúdas: "Todos os recordes do mundo pertencem a Chuck Norris. Nós apenas nos damos o trabalho de listar os segundos colocados em cada categoria."

07 - A Grande Muralha da China foi originalmente construída pra impedir a entrada de Chuck Norris naquele país. Ela falhou miseravelmente.

08 - Se você perguntar ao Chuck Norris que horas são, ele sempre dirá, "Dois segundos até..." Depois de você perguntar "Dois segundos até o quê?" ele dará um roundhouse kick na sua cara.

09 - Chuck Norris vendeu sua alma ao diabo para ter seu visual bacana e suas habilidades incomparáveis de artes marciais. Pouco tempo depois da transação terminar, Chuck Norris deu um roundhouse kick na cara do diabo e pegou sua alma de volta. O diabo, que aprecia ironia, não conseguiu ficar bravo e admitiu que deveria ter previsto isso. Eles agora jogam poker todas as segundas quartas-feiras de cada mês.

10 - Chuck Norris uma vez comeu 72 Kg de carne em uma hora. Ele passou os primeiros 45 minutos fazendo sexo com a garçonete.

11 - Quando Chuck Norris recebe os impostos, ele manda de volta folhas brancas com uma foto dele agachado, pronto para atacar. Chuck Norris não teve que pagar impostos nunca. Nunca!

12 - Chuck Norris era um dos personagens originais do jogo "Street Fighter II". Ele só foi removido porque todos os botões faziam ele dar um roundhouse kick. Quando perguntaram sobre essa falha do jogo, Chuck Norris respondeu: "Que falha do jogo?"

13 - Chuck Norris tem duas velocidades: Andar e Matar.

14 - Uma vez Chuck Norris comeu um bolo inteiro antes que seus amigos pudessem lhe contar que havia uma stripper dentro.

15 - Wilt Chamberlein declarou já ter dormido com mais de 20.000 mulheres em toda sua vida. Chuck Norris chama isso de uma "terça-feira monótona".

16 - Quando Deus disse "Que se faça a luz!", Chuck Norris falou "Diga 'por favor'."

17 - São três as principais causas de morte nos Estados Unidos: 1-) doenças cardíacas; 2-) Chuck Norris; 3-) câncer.

18 - Chuck Norris não lê livros, ele os encara até conseguir toda a informação que precisa.

19 - Chuck Norris jogou roleta russa com um revólver totalmente carregado. E venceu.

20 - Chuck Norris não tem um forno ou microondas, pois, como todo mundo sabe, "a vingança é um prato que se come frio."

21 - Chuck Norris pediu um Big Mac no Burger King. E foi atendido.

22 - Algumas pessoas usam uniforme do Superman. Já o Superman usa uniforme de Chuck Norris.

23 - Não existe queixo por trás da barba de Chuck Norris, apenas outro punho.

24 - Chuck Norris só passa as noites com a luz acesa. Não, Chuck Norris não tem medo do escuro. Mas o escuro teme Chuck Norris.

25 - Certa vez Chuck Norris deu um roundhouse kick tão rápido que quebrou a velocidade da luz, voltou no tempo e atingiu um navio chamado Titanic.

26 - Uma vez Chuck Norris desafiou o ciclista Lance Armstrong para ver quem tinha mais testículos. Chuck Norris ganhou por cinco.

27 - Armas não matam. Chuck Norris mata.

28 - Certa vez, Chuck Norris ingeriu uma caixa de medicamentos para dormir. A quantidade de remédios apenas o fez piscar.

29 - When Chuck Norris gets into the water, he doen't get wet. Water gets Chuck Norris.

30 - A Teoria da Evolução não existe. É apenas uma lista de animais que Chuck Norris permite viver.

quinta-feira, março 09, 2006

Sexta-feira 3. Mas poderia ser 13...

AMERICANA (idéias pululam!) - Foi semana passada. Uma sexta-feira que duvido haver-me outra reservada no porvir. Engraçado que a gente acorda com todo o roteiro desenhadinho de nossa doce rotina. Porém, não faz idéia do que vai ver pela frente. Ou por trás, nunca se sabe.

Era uma sexta-feira, dia 3 de março. Um dia ensolarado, que pela manhã fiquei a bater papo com os amigos atarefados no MSN (só eu fico vagabundeando na internet essas horas. O resto trabalha). Aí fui pra academia, voltei, tomei banho, me recusei a fazer a barba por pura preguiça, almocei, assisti ER, taquei uma calça jeans, uma camiseta furreca e um par de tênis de sola grossa. Botei a viola no saco e fui trabalhar.

Passei o cartão no mesmo horário de sempre, às 13h30. Eu sabia que o dia ia ser foda, mas não tanto. Eu tinha nada menos que oito matérias para entregar. Cinco para serem publicadas no sábado e três para domingo. Cheguei mandando pau (óbvio que depois daquele cafezinho lendo a pauta) e já deixei duas adiantadas na mesa do editor e ia pra rua cumprir mais pautas.

Peguei o carro do jornal, e fiquei puto com o cara do almoxarifado que tinha-o usado e deixou o tanque na reserva. Bastardo, custava abastecer, puta merda? Eu numa baita pressa: ia ao estádio fazer o treino do Rio Branco e ir ao Centro Cívico entrevistar um cabra daqui de Americana que é integrante da equipe brasileira de bobsled (estava nas Olimpíadas de Inverno em Turim). Essa entrevista era para o domingo.

Abasteci o carro, fui ao estádio e segui para a entrevista. O carro que eu usava não tinha os adesivos do jornal. Era branquinho de tudo, misto de barro. Tranquei, fechei os vidros e segui, de bloquinho e caneta na mão e perguntas na cabeça.

Entrevistei o cidadão, gente finíssima, por sinal, e meia hora depois, quando volto para pegar o carro, cadê? Furtaram o carro do jornal.

É engraçado quando isso acontece. Você se pergunta se deixou mesmo o carro ali ou não estacionou em outro lugar. E eu, que sou meio doido-esquecido, era bem provável que tivesse estacionado em outra praça. Aí o bonitão aqui liga pro jornal, com cara de trouxa-incrédulo-que-ri-de-qualquer-degraça-que-lhe-acontece. Sintoma de maníaco:

- Cara, tem como alguém vir me buscar no Centro Cívico?
- Porra, mas você não tá com o carro?
- Eu tava. Só que furtaram.
- FURTARAM?
- É. Furtaram. Cagada, hein?
- Hahaha!!! Segura aí que o fotógrafo tá indo.

O "tá indo" dele durou uma hora e meia. Aí liguei pro meu irmão e pro meu amigo Ganso pra rir da situação. Outro sintoma da mania. Ainda bem que eu tinha um livro comigo e fiquei lendo enquanto o infeliz não chegava. Crime e Castigo, Dostoiévski. Serviu-me de lição.

Volto pro jornal com cara de tacho sorridente e todo mundo na Redação com cara de quem viu um homem parir uma mula. Parecia o presidente entrando na sala. Todo mundo com cara de "o que aconteceu?".

Entreguei as chaves para o editor-chefe que, cascando o bico, me perguntou?

- Como foi?
- Não sei, foi furto. Se eu soubesse, seria roubo.
- Foda, né? Como se sentiu?
- Largo pra caralho. Mas na boa, não fiquei puto.
- Como não? Furtaram o carro!
- E daí? Não é meu... E tem seguro. E outra, se acharem, vai ter cem reais no porta-luvas. O cara vai ficar com pena da gente, da situação que tava o carro. Ele só vai furtar a gasolina, porque o carro não presta mais.
- Hahaha...!!!

Engraçado. Todo mundo me perguntava do desespero de se ter o carro furtado. Eu não tive o carro furtado. O jornal teve. Só que o pobre-diabo que guiava a porcaria era eu. Foi diferente ir na delegacia. Quando eu fiz boletins de ocorrência, foi só por causa de acidentes. Ou ia à delegacia quando era repórter de Polícia.

Voltei à Redação e fiz as outras matérias. E tinha um jogo de basquete para cobrir à noite. Onde?

- Chefe, parece piada, mas preciso de outro carro pra ir no Centro Cívico.
- Hahahaha! Não.
- Como não? Tem jogo pra cobrir!
- Puta merda. Então vai com o bandeirado.

O bandeirado é o carro com os adesivos do jornal e a indefectível inscrição Reportagem no capô. Fui, cobri, mas não nego que ao apontar na porta do lugar para pegar o carro, me deu um friozinho na barriga...

Voltei, escrevi a crônica do jogo e faltavam então duas matérias para eu dar o fora da Redação para o aconchego do meu lar. Tinha que dormir bem, afinal, às 8 da madrugada de sábado tinha aula de francês. Tinha.

Pontualmente, às 23h30, toca o telefone. O infeliz aqui atende.

- Redação, Cleber falando.
- Cleber, é o Rubinho do DAE. Beleza?
- Maravilha. O que manda?
- Cara, aconteceu uma cagada aqui na ETE.
- Vish. O que foi?
- Um tanque de tratamento de esgoto se rompeu, arrastou uma casa... Tá mó merdeiro aqui.
- Caralho!
- Então a gente tá avisando a turma da imprensa.
- A concorrência sabe?
- Já vieram aqui.
- Merda!
- Merda você vai ver aqui.
- Agüenta aí. Tô indo.

Peguei o carro (bandeirado) e tive que buscar o fotógrafo, que já desfrutava da companhia de sua família no sofá, do outro lado da cidade. Ligamos pro pobre coitado e fui buscá-lo, dirigindo como um insano. Fomos até Santa Bárbara, onde aconteceu o rebosteio todo, e chegamos à estação.

O fato foi o seguinte: um tanque de areação (que joga oxigênio no esgoto, para tratamento) de 60 metros de comprimento por 18 de largura e seis de altura se rompeu (engraçado que o lugar não estava fedendo. Foi feder depois, com o raiar do sol). E como fica num elevado, mais de 6,3 milhões de litros de esgoto (bosta, vai) desceram barranco abaixo, derrubaram árvores, entortou postes e arrastaram uma casa e um carro. Havia três pessoas no hospital, mas feridas sem gravidade. Ficaram em observação para evitar riscos de infecção.

Aí vai pra hospital, fala com diretor, com vítima, faz foto, faz isso, aquilo, o escambau e voltamos pra Redação à 1h45. Escrevi a matéria e a chamada (foi manchete) e fui levar o fotógrafo embora. Engraçado quando a merda não acontece com a gente. Entramos na Redação bradando aos altos pulmões: PAREM AS MÁQUINAS! TSUNAMI DE MERDA EM SANTA BÁRBARA!!

Sim, sou sarcástico no úrtimo.

Voltei, escrevi as duas últimas matéria que me restavam e fui embora. Passei o cartão às 3h30, comi um lanche (óbvio que lavei as mãos antes, apesar de não ter pegado na merda), tomei uma cervejinha (porque eu mereço) e fui-me embora.

Vocês não imaginam como minha mãe ficou contente ao ver meu par de tênis.

Até parece que fui no francês.

Literalmente, foi uma sexta-feira de merda.

Merde!

Os divertidos "erramos"

AMERICANA (que povo mais besteirento!) - Disseram por aí que o Museu da Chácara do Céu, de onde roubaram quadros valiosíssimos de pintores célebres, era vigiado por seguranças desarmados. Repito: seguranças desarmados. Ao ler os detalhes desse verdadeiro espetáculo de donzelice, fiquei pasmo com a mesma cara de otário do Andrea Matarazzo quando lhe arrancaram do pulso o Rolex de ouro.

Considerados, vigia sem arma não é vigia de coisa alguma. Bandido só respeita o vigia que, armado de carabina calibre 12, possa decapitá-lo com um tiro sensacional no meio das ventas; o resto é veadagem desses cretinos politicamente corretos que andam a infestar a Nação.

Sem a carabina calibre 12 não se vigia nem a própria bunda.

Na Folha - Revelador Erramos da Folha de S.Paulo: "Diferentemente do que foi publicado no texto 'Artistas periféricos passam despercebidos', à pág. 5-3 da edição de ontem da Ilustrada, Jesus Cristo não foi enforcado, mas crucificado". (fevereiro de 1995).

Vesgos de incredulidade, podem balbuciar qualquer puta que pariu.

Afinal, ler um negócio desses faz até bem pra alma, apesar do pecado mortal (literalmente) do escrito. Agora posso errar mais aliviado.

F-I-N-A-L-M-E-N-T-E-!-!-!

AMERICANA (quer ver como vocês são besteirentos?) - O fim de semana promete. Meus pais vão viajar, a casa estará livre. Já está tudo certo, tudo acertado. Até com horário. A cama está feita, vou deixar o café da manhã bem preparado. Vou fazer a barba e até tirar aqueles pelinhos que ficam entre as duas sobrancelhas.

Preparei-me muito para este momento, que para mim vai marcar o início de uma nova época. Não tem escapatória, agora sim, vai acontecer. Finalmente. Sinto um fervor no peito e uma ligeira tremedeira nas pernas. São momentos de emoção, expectativa e que, espero, durem por bastante tempo. Minhas manhãs se cercearão de um novo raiar, uma nova e deliciosa rotina.

Vou sair de uma seca que já dura quatro meses.

É que vai começar a temporada da Fórmula 1.

terça-feira, março 07, 2006

Puto, puto, puuuuto!!!

É sacanagem.

Só pode ser. É contra as leis de mercado. A gente aprendeu na faculdade, e com as aulas sobre teorias capitalistas, Karl Marx, Frederich Engels, o escambau, que quanto maior a procura, menor o preço. Mas não é o que acontece nesse país de merda.

Em abril de 2003, apavorado com os preços da gasolina, comprei um Gol Total Flex. Roda tanto com álcool quanto com gasolina. O derivado da cana, na época, custava R$ 0,70, e a gasosa, quase R$ 2,00. Lembro-me que enchi o tanque (estava na reserva) com R$ 32,00. Não acreditei. Era o melhor negócio que havia feito na vida! Era.

Carros bicombustíveis representam 72,3% da venda nacional de veículos no Brasil. E, coincidência ou não (claro, óbvio, ululante, escancarado e evidente que não), o preço do álcool não pára de subir desde então. Ah, é a entressafra. O cacete! Não honram o acordo que fizeram com esse governo borra-botas, e já começa a compensar andar com gasolina, que também está uma facada.

Duas coisas me revoltam quando leio jornais: "bancos registram lucro recorde" (a cada ano que passa é assim) e "combustíveis podem (e vão) subir". Nada além disso me deixa mais puto. Meu Deus do céu, tem mais cana que água nesse país de m...! A oferta é gigantesca, a procura idem, e as exportações ainda mais! Por que diabos esses caras aumentam a porra do preço?!

Vou começar a ir aos postos (os coitados não têm nada a ver com isso, eu sei) com um nariz de palhaço. E no meio de tanta revolta, ouço um comentário sagaz-sarcástico: "Pode aumentar o álcool, contanto que não aumentem o preço da cerveja...".

Brasilzinho de... deixa pra lá.

A Casa do Oscar

Poemas, testemunhos, cartas - 2000

A casa do Oscar era o sonho da família. Havia o terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar.

Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira.Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e sai batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar!

Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguazes, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquale casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe.

Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar.Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando a minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim.
Música do Tom, na minha cabeça, é a casa do Oscar.

A costela

Adão devia achar o mundo muito chato antes de Eva ser feita de sua costela.

Bendito pecado. Bendita maçã.

Mulheres, mulheres... Inevitável e delicioso clichê. Como conseguem despertar tanta atenção, tanto desejo, tanto amor? Como elas nos deixam tão mudados? A essencial e repetitiva pergunta: o que seria de nós, homens, sem elas? Ou sem o amor delas?

Existem quatro mulheres pelas quais eu morro de amores: minhas duas avós, minha mãe e minha sobrinha de quase dois anos. A pequenina é uma fofura. Estão sempre ali, uma mais longe, uma na casa ao lado, outra na cozinha me chamando de longe e a menorzinha, que só precisa atravessar a rua pra chegar em casa.

Tive a sorte de conhecer mulheres incríveis. Minhas amigas são incríveis. É a elas que recorro na dor e na felicidade, enquanto não tenho ninguém pra dividir um edredon numa noite de inverno com pipocas e vídeo-cassete. Por telefone mesmo, por computador, ou tomando um café num domingo à tarde qualquer, em uma esquina qualquer, falando sobre bobagens quaisquer.

Minhas amigas são espetaculares. De personalidade intocável - algumas até com coração que é mais uma rocha (porque elas precisam se defender) - uma determinação ímpar e uma beleza angustiante. Levam ao céu e ao inferno. Dizem a verdade, por mais dolorida que seja. Umas somem para nunca mais, outras reaparecem depois de um longo intervalo, e outras que estão sempre ali pra te ouvir ou só pra te dizer um alô.

Mulher tem suas manias, suas vaidades, suas neuras. Seus muxoxos quando acordam. Não há música melhor numa manhã preguiçosa. A espreguiçada remelenta, descabelada, desmaquiada e encantadora. As brigas com a balança, o espelho e o guarda-roupa. Quando a gente fala "tá linda, não te preocupa" é porque está charmosa mesmo. Afinal, a beleza não está nos olhos, nem nas curvas, nem na cor dos cabelos, mas no que sentimos.

Não há nada mais gracioso que o riso escandaloso e tímido de uma fêmea. Mulher tem que fazer cócegas, provocar, dizer que a gente é péssimo no futebol, que dirige mal, que nosso cabelo está feio. Nos incentivam a melhorar para elas e para nós mesmos.

Sábio Nelson Rodrigues: Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada não há amor possível.


* Uma pequena homenagem adiantada deste pobre, magro e mequetrefe escriba às mulheres pela burocracia de seu dia. Porque, afinal, elas fazem nossos dias mais temperados.

segunda-feira, março 06, 2006

Voltei

Bom, é uma maldição que me persegue: meus blogs sempre dão pau.

O primeiro eu abandonei. Não tinha mais espaço. E olha que eu pagava aquela merda. Mas ele ainda tá lá, pra quem quiser ler minhas bobagens. É o http://bernuci.blog.uol.com.br

Aí tinha esse, que começou a mostrar umas mensagens estranhas, estranhíssimas, e não conseguia abrir mais nada. No entanto, não há prejuízo. Eu excluí esse último e o recriei, com o mesmo nome, o mesmo endereço e vou colocar os poucos textos que haviam por aqui.

Enfim, este é só um teste. Cruzem os dedos pra que nada aconteça desta vez.

É isso.