Eu escrevo e te conto o que eu vi

Um blog sobre tudo e sobre nada.

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Local: São Paulo, SP, Brazil

Um gajo deveras apaixonado pelo que faz. Jornalista, magro, pobre e feio. Tio da Carolina e da Gabriela, marido da Viviane. Repórter de esportes e motor, sãopaulino consciente, assessor de imprensa, fanático por automobilismo e esportes de aventura, e também freelancer, porque ninguém é de ferro.

terça-feira, outubro 31, 2006

Toma essa (2)

Agora, o que ele fez. Notem que outro brasileiro, um moleque de 21 anos, também fez um corridaço.

Toma essa então

SANTA BÁRBARA (amazing opening lap!) - Schumacher pra cá, Schumacher pra lá. Aproveitando a onda do "nosso" Felipe Massa (agora agüenta a Globo com o sentimento nacionalista barato), e aproveitando também que aprendi a postar vídeos no blog, mostro-lhes, pequenos gafanhotos, a primeira volta do GP da Europa de 1993, em Donnington Park, na Inglaterra. Chovia. Ayrton Senna largava em quarto, caiu para quinto, e fez o rapa na turma toda ainda na primeira volta. Primeiro, ele explica o que fez. No post acima, bom, vejam e comentem.
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Creco, o alienígena

AMERICANA (cortinas se fechando) - Senti-me um alienígena, hoje. De manhã, estava de boa, a selecionar roupas para a viagem do feriadão. São José do Rio Preto, formatura de medicina de um amigaço. Ah, inclusive ontem eu e o Ganso compramos uma garrafa do líquido mais sagrado que a Suécia pode nos oferecer: Vodka Absolut. Uhhh!
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Voltemos ao foco, pois. Estava sem muitas obrigações de manhã, e propus a ajudar namorada. Ela tinha consulta marcada no médico, aquele em que só as mulheres vão. Entro com ela no consultório, fazendo pose de namoradão-parceiro-que-tá-junto-pro-que-der-e-vier. Pois bem. Entramos e a mocinha da recepção já tasca a primeira pergunta:
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- A senhorita está grávida?
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Como assim, Bial? Grávida? Tá loco! É regra estar grávida? Eu não estou grávido!
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Diante da negativa, fomos à sala de espera. Gravidez não é regra, mas que ajuda a priorizar o atendimento, isso sim. E percebo que só tinha EU de homem no recinto. Além do médico, claro. Mulheres grávidas, grávidas mulheres. Mulheres com problemas mil, que minha curiosidade não se atém em saciar, urgh.
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No que entro com ela, todo mundo na sala se vira e olha pra mim. Até parei. Namorada pára, olha rindo pra minha cara, me pega pela mão e me leva até o sofá. Ela compreendia a situação. Ela era a única com o cônjuge a acompanhá-la. Senti-me um ET ao entrar ali, com todo mundo me olhando. Aquela coisa do tipo "o que esse HOMEM tá fazendo aqui?". Como se fosse território proibido.
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Duas horas depois, um jornal todo lido, mais algumas revistas femininas (claro que não ia ter nenhuma QuatroRodas num consultório daquele tipo), Marie Claire, Nova, Cláudia, essas coisas. Acho importante para o homem ler esse tipo de revista. Claro que eu pulo a parte dos abdômes masculinos sarados, até porque o meu não é. Vou pra partes mais interessantes. É bom saber o que elas pensam.
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O médico chama. Ela vai indo devagar, meio que querendo pegar minha mão, pra eu entrar junto.
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- Na-na-ni-na-não.
- O que?
- Não vou entrar não.
- Por quê?
- Pra não ficar traumatizado.
- Tá bom.
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Era só o que me faltava. Ver a guria sofrendo lá dentro. Pior, ver um cidadão enfiar a cabeça em baixo dum pano pra ver o que tem lá dentro. Eu, hein?! Não, não se trata de ciúme. Longe disso. Só não quero perder o encanto da coisa.
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Certos mistérios devem permanecer como estão.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Teste

É, agora tá postando.

sábado, outubro 28, 2006

Atchim e Espirro

AMERICANA (saúde!) - O esquema de plantões de sábado aqui no jornal é composto de três repórteres, um fotógrafo e dois editores. Pois bem, por volta das onze horas, estava eu procurando saber do resultado da primeira corrida da Fórmula 3 na Argentina (era pra eu estar lá, que ódio!), quando por alguma alergia eu desencadeei uma bela seqüência de três espirros. E confesso, nada discretos.
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Meio minuto depois, surge na redação a dona do jornal, assustada. "Quem tava gritando aqui?". Respondi que ninguém gritou, mas que eu havia espirrado. "Tá loco, eu já tava chamando a polícia, achei que fosse assalto".
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Mas será que foi tão alto assim??

sexta-feira, outubro 27, 2006

Sobre o amor

AMERICANA (divagações, apenas divagações) - Minha amiga Giselle, lá de Florianópolis, a terra encantada, ilha dos sonhos de qualquer pobre mortal paulista, enfim voltou a postar no blog dela, o www.malabaristadaspalavras.blogspot.com, e como sempre, voltou com tudo. Um texto lindíssimo. Aí fui comentar, meio que discordando de um trecho, onde ela diz que no amor sempre se sabe o desfecho. Aí, como os mais chegados sabem, me baixou o Chico Xavier: abaixei a cabeça e desembestei a martelar o teclado. Saiu isso:
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Se o final é previsível, então não é amor. O amor não sabe onde vai dar. O amor, diz o senso comum, é cego. Digo mais: é um caminho cego e tortuoso, no qual você encontra o rumo depois de ir se enroscando nas curvas, batendo a cara nas árvores e nos muros à beira da estrada. O amor não tem explicação. O amor tem um ato: amar.
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Como disse Drummont, amar é um verbo intransitivo.

Quem você chutaria?

AMERICANA (são tantos...) - Tem muita gente em quem eu queria dar um chute na costela. Recebi a intimação de dona Lili (www.filhasdodono.blogspot.com), para eu listar cinco pessoas em quem eu desejo desferir um chutaço sensacional no meio das costelas. É difícil. Escolher, não chutar. Embora eu conheça a dor, porque já quebrei uma num tombo de moto. Vou apelar para pessoas conhecidas, porque se for pelas pessoas que só eu conheço, eu seria processado por causa do blog. Mas que dá vontade, isso dá.
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Vou na contagem regressiva.
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10º lugar: Armandinho, e vou dizer pra ele "quando Deus te desenhou, eu já tava te chutando";
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9º lugar: Bruna Surfistinha, que pensa que ser puta é chic;
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8º lugar: Gugu Liberato;
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7º lugar: Aquele louco que segurou o Vanderlei Cordeiro de Lima na maratona olímpica;
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6º lugar: Joe Sharkey, jornalista do NYT, que estava no Legacy que derrubou o 1907 da Gol;
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5º lugar: Eurico Miranda, presidente do Vasco;
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4º lugar: Chorão, do Charlie Brown Jr.;
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3º lugar: Carlitos Tevez, argentino feio e asqueroso;
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2º lugar: George W. Bush, só pra dar a ele "a piece of my mind";
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1º lugar: Marcelinho Carioca.
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É isso. Passo a bola pro Victor Martins (http://victal.zip.net/) e pro Rodrigo Borges (www.estadodecirco.net).

quinta-feira, outubro 26, 2006

Somewhere over the rainbow

Veja isso. E tenha um bom dia.

terça-feira, outubro 24, 2006

Felipe Massa ofusca campeões e vence em casa

FÓRMULA 1 Brasileiro é o primeiro a vencer em Interlagos desde Ayrton Senna
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SÃO PAULO - Felipe Massa estava prestes a completar 12 anos quando Ayrton Senna venceu pela última vez o GP do Brasil de Fórmula 1 em Interlagos, em 1993. Nunca aquele pré-adolescente teria imaginado que, aos 25, ele seria o primeiro depois do ídolo a levantar a torcida com uma vitória brasileira em solo nacional.
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Em sua primeira chance com um carro de ponta, a última com Michael Schumacher na pista, o brasileiro Felipe Massa levantou os 70 mil torcedores que lotaram as arquibancadas de Interlagos, domingo, e venceu sua segunda corrida na Fórmula 1, no encerramento da temporada, ofuscando a despedida do heptacampeão e companheiro de equipe e, principalmente a conquista do bicampeonato de Fernando Alonso, da Renault.
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Demonstrando concentração, velocidade e regularidade, Massa demonstrou aos 25 anos uma maturidade de campeão ao encarar a vitória com naturalidade, como tem que ser feito. Para quem a vitória é a regra, não a exceção.
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Felipe dominou o fim de semana. Foi o mais rápido nos treinos livres do sábado e marcou a pole position, num final de treino marcado pelo azar de Schumacher, com um problema na bomba de combustível, que o fez largar em décimo.
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Para Massa, o resultado da corrida foi decidido na primeira curva, o S do Senna. Ao fazer a curva na liderança, ele não seria mais alcançado. Nem mesmo quando entrou o safety-car, na segunda volta, após o forte acidente de Nico Rosberg, da Williams. Na relargada, abriu vantagem e viu, novamente, Schumacher dando azar, numa ultrapassagem sobre Giancarlo Fisichella que furou seu pneu, jogando-o para a última posição e dando-lhe a oportunidade de dar seu último show de pilotagem, fazer 13 ultrapassagens e terminar na quarta posição.
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Fernando Alonso, o mais jovem bicampeão da história, aos 25 anos, chegou em segundo lugar, 18 segundos atrás do brasileiro. Jenson Button, outro que deu show ao largar em 14º, fechou o pódio no terceiro lugar.
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O macacão verde-amarelo deu o tom da festa. Após a bandeirada final, o par de luvas vermelhas agarrou com força uma bandeira do Brasil entregue por um fiscal de pista. E na Reta Oposta, desfilando com flâmula em punho, lembrou Senna em 93. Felipe não cabia dentro de si. Preso ao cinto de seis pontos dentro do apertado cockpit de sua Ferrari, o brasileiro parecia dar pulos, o que acabou fazendo ao descer do carro, “indo para a galera”, pulando sobre os mecânicos da equipe e comemorando sobre o muro, voltado para as arquibancadas.
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Encerrando sua primeira temporada na equipe italiana, deu esperanças à torcida brasileira para a próxima temporada, a primeira sem Schumacher. Bastante diferentes das que foram dadas por Barrichello (7º com a Honda, após largar em quinto) nos seis anos pilotando o carro vermelho.
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Texto e foto: CLEBER BERNUCI. Reportagem publicada no jornal "O Liberal", de Americana (SP), na edição de 24/10/2006.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Soy loco por ti, Interlagos

AMERICANA (good news, folks) - Como a maioria sabe, ou pelo menos imaginou, eu estive, sim, no Autódromo Municipal José Carlos Pace, em São Paulo. Local mais conhecido como Autódromo Internacional de Interlagos. Claro, estava no GP do Brasil de Fórmula 1. Claro, como torcedor, não como jornalista. É impossível pegar credencial. Impossível. Mas um dia eu chego lá.
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Fomos eu, meu irmão, o amigo dele, Ursão (que não é peludo), seu irmão César (que estudou o primário comigo), e meu primo Everaldo, estreante na F-1. Foi minha 11ª participação ali na arquibancada. De 1995 pra cá, só não fui em 1997.
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Toda vez teve empolgação. Toda vez, Barrichello fez um corridaço, mas tinha o porém. Rodava, quebrava, tinha problema hidráulico, problema na suspensão, motor estourava, ou na vez mais revoltante, em 2003, pane seca, quando o bicho tava em primeiro e fazendo uma corrida pra botar inveja no Schumacher.
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Já tava acostumado a ir embora puto, um exercício de auto-punição e uma forma de exercitar a perseverança, de todo ano estar lá. E como mandou o protocolo, estávamos nós lá de novo. Nem vou ficar falando da corrida. Vou falar sim, que os souvenirs das equipes tinham preços que beiravam o absurdo dos absurdos. Vou falar que só tinha um lanche de pernil sem-vergonha à venda, daqueles que você bate o olho e tem a certeza que vai passar mal se comer aquele troço.
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Vou falar que a cerveja era Nova Schin, a três contos a lata. Que a água não tava tão gelada, que o sol tava quente de rachar o coco, que tive insolação mesmo usando protetor solar fator 50 de hora em hora. Que comprei um potinho de sorvete que custava OITO REAIS. Que os Bis que levei no bolso derretaram todos, todos.
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Mas tudo vale a pena. Ver Felipe Massa cruzando a linha de chegada em primeiro, vê-lo empunhando a bandeira do Brasil comemorando com a galera, o Hino Nacional no pódio, a loucura nas arquibancadas. Muito loco. Muito loco. E no fim, sempre vem o "momento Mastercard":
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Cerveja, três reais. Lanche de pernil que não comi, seis reais. Potinho sem-vergonha de sorvete, oito reais. Ingresso, 370 reais (o segundo mais barato).
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Ver meu irmão de 29 anos (e pai de uma menina de quase três) chorando copiosamente, gritando "onze anos, onze anos! Foi o que eu esperei pra ver um brasileiro ganhar aqui! Finalmente o ingresso valeu, caralho! Buááááá!"... Ah bicho, isso não tem preço.
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Não mesmo.

sexta-feira, outubro 20, 2006

O que me espera

AMERICANA (o triste fim de Policarpo Quaresma) - Excerto retirado do excelente blog Focaleando (www.focaleando.blogspot.com), do colega Bruno Ferrari. Sabe como é, estou indo para São Paulo, trabalhar com assessoria de imprensa, morar sozinho, trabalhar, acordar, cozinhar, lavar, passar, dormir mal, comer mal, olheiras, estresse, esporros, saudades e coisas do tipo. Minha vida, creio eu, vai ser assim. Preciso de uma revolução para ter uma boa qualidade de vida. Então, abre alas, ops, aspas:
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-Oi, tudo bem?
-Oi Doutor. Tudo indo...
-Conte-me, o que ocorre com você.
-Eu não sei muito bem. Sinto-me cansado, sem vontade de levantar da cama de manhã. Às vezes tenho uma idéia fixa e brigo com todo mundo bancando essa minha posição. Passa um tempo e eu me sinto um maior imbecil do mundo porque tudo o que eu pensei que era a verdade absoluta na realidade era um montão de besteiras.
-Sei...
-E daí eu não consigo organizar as idéias, escrever uma linha, às vezes tenho dificuldade até para falar. Tenho repentinos ataques de choro de 10 segundos a qualquer hora do dia. Tento pensar no meu futuro e não consigo enxergar muita coisa além de continuar a viver essa vida de merda.
-Mas o que mais tem te feito mal?
-A grana é pouco e o trabalho é exaustivo. Não sobra tempo para estudar, para ler, ou mesmo para escrever no meu Blog. Eu prefiro ficar enchendo a cara num bar até as tantas do que ir para a casa ver um bom filme. Não tenho férias há quatro anos e nem tenho perspectiva de quando tirarei. Feriados em que todo mundo enforca e você passa a sexta-feira ali, de plantão para que nada demais aconteça. Não tem mais paciência pra nada. Desconto na minha família, na minha namorada, até minha cachorra eu acabo tratando mal.
-Tudo bem, senhor. Mas a minha pergunta é por que você está num Pronto Socorro de Hospital?
-Eu não sei. Mas tenho dor no peito.
-Deixa eu ouvir seu coração... Dessa vez com o estetoscópio.
-Qual a minha doença doutor? É coração, é anemia?
-Não, querido, a sua doença é o jornalismo.

Fim de semana, né

AMERICANA (vai ser foda) - Porque quando tem tanta coisa boa acontecendo, elas acontecem TODAS de uma só vez? Vejam só. Neste final de semana tem a última etapa do Caloi Adventure Camp, aquelas corridas de aventura malucas que de vez em quando eu corro. Vai ser em Caraguatatuba, Litoral, parece que vai rolar até natação na prova, coisa que não teve nas outras. Poxa, tava afinzão de ir. Mas sabe porque não vou?
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Porque domingo tem o GP do Brasil de Fórmula 1 em Interlagos. E eu não me perdoaria de não estar nas arquibancadas nesta que será a última corrida de Michael Schumacher na categoria. Tudo bem, é a 11ª vez que vou, mas cada vez é única. Preferia estar lá para cobrir a prova, lá dentro, com credencial e tudo, mas...
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Só que também este seria um final de semana ideal para eu ficar em casa de boa. Sabem por quê? Porque meus pais viajaram e só voltam na segunda-feira de manhã. E não vou poder aproveitar bem a sexta à noite porque sábado acordo cedinho para entregar uns jornais em São Paulo (agora virei jornaleiro, também tem mais essa), e no domingo vou acordar de madrugada para pegar fila em Interlagos.
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Bom final de semana pra você também. Humpf.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Suspeitei desde o princípio

SÃO PAULO (I know someone who knows someone) - Furo de reportagem aqui no "Eu escrevo e te conto o que eu vi". Detonando mitos. Trabalho feito a quatro mãos (não posso revelar de quem são as outras duas). Aquela suspeita do suposto namoro da espetacular Karina Bacchi com o Baixinho da Kaiser é, de fato, jogada de marketing. No início, era para ser a Luana Piovani, mas a louraça (que também é chata pra dedéu) não quis levar os R$ 300 mil para entrar na brincadeira.
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Teve quem quis, obviamente. Por 300 mangos, até eu beijaria o baixinho bigodudo e barrigudo que, segundo o meu pai, fala, sim. Outra: o baixinho espanhol que fala é casado. Luana Piovani não aceitou e Karina Bacchi entrou na jogada. Claro que o do bigode também levou uns trocados.
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A matéria, que foi capa da revista Caras (veja uns posts mais abaixo), foi paga pela Kaiser, ou pela empresa que a comprou. A própria propaganda da empresa falava em "surpresas" nos próximos meses. Eis uma delas. Colocar o Baixinho de volta na mídia, para que as novas propagandas a serem veiculadas ganhem os grandes veículos, horários nobres e, conseqüentemente, mais clientes.
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Ou seja, aquele papinho furado de "a felicidade pode estar com quem você menos espera" é balela pura. Balela, não. É marketing.

quarta-feira, outubro 18, 2006

Vou-me embora deste lugar

AMERICANA (foi de mau gosto, admito e peço perdão) - Uso o espaço deste modesto e pouco visitado blog para anunciar que em breve, ir-me-ei embora de Americana, senhoras e senhores. Sim, estou de mudança. Vou para São Paulo, a terra das oportunidades, e a que me foi dada é a de pastar um pouco para aprender a virar gente.
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Vou trabalhar numa assessoria de imprensa, numa região bem legal, e morar com um grande camarada em outro bairro bem legal também. Então, dentro em breve, começarão a chover aqui posts sobre as dificuldades de quem mora longe dos pais.
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Ficam, a saudade da família, do irmão, da sobrinha, da cachorra, e principalmente da namorada e dos amigos, de todos que sempre estiveram por perto quando eu precisei. Vou ficar mais forte. Não terei a quem pedir arrego instantâneo, e por isso, tornar-me-ei um ser mais humano e consciente das dificuldades.
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No fim de novembro, eu vazo daqui. Pra virar gente.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Advertisement

Ainda bem que ele não usa aparelho fixo.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Picolé de Chuchu

SANTA BÁRBARA (não vou votar mesmo) - Como eu não estarei aqui para votar, posso descer o sarrafo nos dois do segundo turno. Vi um vídeo interessante sobre Picolé de Chuchu, a quem tive a oportunidade de entrevistar uns meses atrás. E na entrevista, não respondeu a nenhuma pergunta feita. Aproveitava as palavras do entrevistador como um gancho para tecer ataques ao governo atual. Não se discutiu nada.
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Agora, vi esse vídeo de uma TV australiana sobre o PCC.
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Vejam, nesse link:
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Como ele tira o dele da reta.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Não pode ser - take 2

AMERICANA (por Nossa Senhora, meu sertão querido) - Num feriadão chuvoso, este pobre, magro e feliz escriba trabalha, enquanto poderia muito bem estar sob um lençol com a namorada devorando um pote de Hägen Daas de chocolate belga assistindo a uma temporada inteira de Friends.
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Pois bem que, novamente, vem à tona a história da tal da Karina Bacchi com o Baixinho da Kaiser. Ela confirma e diz que não é armação de marketing coisíssima nenhuma, senhoras e senhores. Mas custa a acreditar uma loira cavalar daquelas com um baixinho gordinho e de bigode. Custa muito.
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Meu pai falou que já esteve com o Baixinho, numa convenção de bebidas, uns dois anos atrás. E perguntou pra ele: "Você fala?".
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Meu pai é genial.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Não pode ser


AMERICANA (parem o mundo agora. Eu quero descer!) - Certos fatos nos fazem concluir com a óbvia frase "depois disso, não duvido de mais nada". Hoje foi uma das raras vezes que eu acessei a seção de fofocas de um site noticioso. Mas o fato era, em si, deveras espantoso. Abre aspas:
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A atriz Karina Bacchi, 30 anos, foi fotografada, no último dia 4, aos beijos com o ator José Valien, 59, o Baixinho da Kaiser. As fotos estampam a capa da revista Caras dessa semana. "Desejo a felicidade e esta pode estar com quem a gente menos espera", disse Karina à revista, sem assumir o novo romance. Os dois jantaram juntos em um restaurante japonês na capital paulista. Depois do jantar, Valien, que é espanhol, seguiu a atriz até a casa dela e se despediu da loira com beijos e carícias.
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Pode uma coisa dessas? Seria a boina? Seria o sotaque espanhol? Seria a cerveja no bigode?
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Espero que seja uma jogada de marketing. Tomara.

De volta

SANTA BÁRBARA (por pouco tempo) - Depois de três dias no Rio de Janeiro e um em São Paulo, estou eu de volta ao aconchego do meu lar. Semana corrida, trabalho no feriado, tô sem criatividade nenhuma e coisas boas estão por vir, como o meu aniversário, por exemplo.
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Então, como estou sem nada para escrever, nada de interessante para dizer ao mundo nestas magras linhas, despeço-me aqui por hoje, a não ser que subitamente um raio de inspiração caia sobre minha cabeça.

sábado, outubro 07, 2006

de Janeiro, Fevereiro e Março

RIO DE JANEIRO (quase fui no Maracanã) - Resolvi quebrar o silêncio que acomete este blog aos finais de semana porque, simplesmente, estou no Rio de Janeiro. E vocês não imaginam como foi difícil chegar aqui. Começou que o trampo enrolou e cheguei no aeroporto de Campinas dez minutos antes da decolagem. O check-in fecha meia hora antes e fui impedido de embarcar.
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Fiquei louco da vida.
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Transferi a passagem para Guarulhos, no vôo que saía às duas horas da manhã. Meu irmão foi comigo pra trazer o carro de volta. Pegamos um mega-congestionamento em São Paulo e eu comecei a pensar que, de novo, eu ia perder o avião. Mas no fim deu tudo certo, mesmo com o atraso no vôo.
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Não dormi quase nada. Fui pro curso (aliás, excelente) e cheguei agora.
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Então, dêem-me licença, pois vou tomar uma Brahma. Porque sou jornalista, filho de Deus e também mereço me esbaldar um pouco.

sexta-feira, outubro 06, 2006

De Gol eu vou

CAMPINAS (e não é o meu TotalFlex) - Dentro de poucos minutos embarco em um Boeing 737 da Gol rumo ao aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Sim, vou com a Gol, que é mais barato e não é a zona que é a TAM. Espero alguns amigos blogueiros no Rio de Janeiro, Fevereiro e Março.
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Segunda ou terça-feira eu volto a postar.
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Beijo do Creco.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Topicozinhos

# Alguém aí pode mandar trazer de volta o jornalista do New York Times pro Brasil? Esse babaca (Joe Sharkey é o nome da figura) tá dando entrevista pra todo mundo na "América" falando que o controle de tráfego aéreo no Brasil é uma bosta. E escreveu um artigo ridículo, recheado de humor negro. Tragam-no de volta e confisquem o passaporte dele. Ou alguém aí nos EUA, façam-no calar aquela boca murcha.
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# Esses caras acham que, quando estão fora dos Estados Unidos, estão em terra de ninguém e podem fazer o que quiserem. Fizeram cagada. Fiquei com mais raiva ainda ao receber, por e-mail, algumas fotos dos corpos. E esse jornalista nojento fica escrevendo bobagens.
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# Amanhã embarco para o Rio de Janeiro. Vou fazer um curso. E vou com a Gol. Do ponto de vista jornalístico, vai ser interessante para ver como está o clima na empresa. O clima dentro do avião, com os comissários e passageiros. E se farão alguma oração antes de subir. Que nenhum imbecil de Legacy cruze nosso caminho, por Deus pai eu lhe peço. Amém.
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# Falando no Rio. E o São Paulo, hein... 5 a 1 no Vaxxxxxco. Qualquer castigo pro Eurico Miranda eu acho pouco.
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# No Rio, garantias de ser muito bem recebido e mimado. Por isso é bom ter amigos "all over the country". A gente não paga hospedagem.
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# Boas perspectivas chegando. Pensamento positivo.
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# Ouçam Miracle Drug, do U2.

terça-feira, outubro 03, 2006

Tá na hora, tá na hora...

SANTA BÁRBARA (I want to, to take me out!) - Venho percebendo, de umas semanas pra cá, algo que há muito eu desejo: está na hora de sair de casa. Não, não tenho 14 anos e não estou louco para cair na balada para chegar a hora que bem entender, com ou sem o consentimento dos pais. Eu quero sair de casa. Morar sozinho.
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O termômetro disso tudo é o meu pai. Não, nada disso, não é nenhuma divergência com o velho. Muito pelo contrário. Mesmo contrariado às vezes, ele me apóia e me incentiva. Não posso reclamar dele. Em nada. Meu pai é gente boa. Meio fechadão, mas é gente finíssima.
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Sou um gajo que aprecia seus momentos sozinho em casa. Fazer rango sozinho, acordar sem perguntas, não ficar ouvindo "tem isso pra janta, tem isso pro almoço, que horas você vai trabalhar, que horas você chega, onde você vai hoje, não chega tarde, não bebe, não fuma, não corre, usa camisinha", esse tipo de coisa.
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Então, quando meus pais viajam, eu comemoro. Gosto de ficar sozinho. Mas não é uma satisfação completa. Porque a casa não é minha. Não é o meu canto, o meu refúgio. Eu não posso pintar as paredes do meu quarto da cor que bem entender. Minha mãe pode. Tanto pode como fez, quando pintou meu quarto num azul-calcinha de dar náusea. E não precisava pintar.
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Enfim, eu quero um cantinho, meu apartamento. Vejo isso toda vez que eles voltam de viagem. Não sou de deixar a casa zoneada, zuada. Mas esses dias eu dei uma riscada no carro do meu pai. Sem querer, obviamente. Uma barbeiragem que acontece com qualquer um. Aí ouvi a lamuriação que soou como um alarme na minha cabeça, para minha alegria: "parece que não sou dono de mais nada aqui", reclamou Bernuci Sênior.
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Ou seja: "cai fora, guri, você já é bem grandinho. Eu estou de saco cheio, você já está criado e tenho uma neta pra mimar. Então, rá, ré, rí, ró, rua!". Dou toda razão pra ele. Já tô com quase 25 nas costas, ganho meu suado dinheirinho do mês, pago minhas contas, ganho cesta básica (que entrego na igreja), tenho plano de saúde e um carro que é meu, não foi papai que deu.
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O problema é a mama. "Filho meu só sai de casa casado". Rá! É aí que te enganas, mulher.
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Está decidido. Em janeiro, caio fora. Pode até não ser sozinho. E pode até ser uma solução provisória que, infelizmente (porque eu adoro contrariar a minha mãe), dê certo para a previsão doutrinária dela. Então, tá na hora, tá na hora, de pensar em cair fora.
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No mais, quem se importa? O bom é que eu vou sair de casa. Isso é fato. Já passou da hora.

segunda-feira, outubro 02, 2006

Boooooua!!!

da série Frases que Circulam na Internet:
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"Fica estabelecido que, de agora em diante, o corno vai ser o PENÚLTIMO a saber, já que o último é sempre o presidente Lula."
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Nessa eu assino embaixo.

Eleitor nota zero

AMERICANA (os melhores ficaram para trás) - Votei ontem. Mas foi minha passagem mais murcha por uma urna eletrônica. Votei por votar, em quem eu acreditava que poderia fazer deste país de m... um lugar melhor. Como disse o meu pai, quem deveria ter ido ao segundo turno ficou em terceiro e quarto lugar na corrida presidencial. Um lixo de país, em suma.
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Se já votei sem esperança, mais ainda fiquei desesperançoso ao saber, na manhã seguinte, que muita gente envolvida no mensalão e no esquema dos sanguessugas foram reeleitos. Valdemar Costa Neto, José Mentor, Vadão Gomes e mais um monte por aí, reconquistaram suas cadeiras no Congresso. Puta merda, até o Collor! Paulo Maluf, Deus do céu! Serviu de muito pouco consolo o fato de Delfim Neto, Severino Cavalcante, ACM e outros cânceres da política brasileira terem ficado de fora. Vão continuar extoirquindo de uma forma ou de outra. Escolhemos quem terá a oportunidade de enriquecer às nossas custas.
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Depois dessas me perguntam se acredito no brasileiro. Não, não acredito. Acredito na capacidade de ludibriar um pobre coitado nos cafundós do Judas com um saco de arroz ou uma cesta básica, ou pior, uma notinha de cinqüenta reais. É nisso que eu não acredito. O desespero é grande e qualquer ajuda é bem-vinda. Aí votam nesses crápulas. Por isso que as regiões mais pobres do país não saem da merda em que estão. Porque é lá que os safados conseguem a maioria de seus votos, e a baixo custo. Aproveitam-se da miséria, desespero e ignorância dos eleitores. E depois somem. Assim, ninguém vai sair da merda. Nunca.
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Sim, é uma segunda-feira indignada. Não porque a minha sogra está na cidade, de jeito nenhum. Ela é um doce. Minha namorada é a cara dela, então é natural eu nutrir simpatia pela mãe de minha companheira. Foda é ver os candidatos bizarros sendo eleitos. Clodovil, Frank Aguiar (au!), Enéas e outros imbecis. Imbecil também é quem vota nesse tipo de gente.
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Não acredito num país que ouve os depoimentos dos americanos do Legacy, cujo piloto desviou a rota e desligou o radar para o controle de vôo não ver, derruba um Boeing, prestam um depoimento e vão embora pra terra do Tio Sam. Se fosse o contrário, tropas de Bush invadiriam a América do Sul em busca do nosso petróleo, nossa água e nossas florestas. Ia estourar a terceira guerra mundial. Mas aqui não, aqui só ouvem o piloto e deixam ir embora.
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E nossa é o escambau. Eu não tenho nada nesse país de merda.